Natal fantasma
Natal, já não é o que era
Já lá foi o tempo de criança
Já lá foi o tempo de crença
Que “Eu” adorava na infância
Agora vivemos o fantasma do Natal
Aquele, que “Eu” não acredito
Passou a uma época Artificial
Para qualquer pequenito
Palavra Natal, para quê?
Se esta é uma realidade branca
Os adultos sabem porquê
Aquilo que sente uma criança
São tempos que lá foram
E o Natal ficou sem sentido
O povo está revoltado
E o Mundo está perdido
Hoje em dia, Natal funciona
Com o comércio das prendas
Os estabelecimentos abarrotam
Com tantas encomendas
No seio da família, então
Pouco ou nada funciona decerto
No Natal vai um p’ra cada lado
E as nossas casas, ficam um deserto
Na ceia de Natal, enfim
A abundância da luxúria é evidente
Poucos se lembram de ti e de mim
Muito menos do amigo ou familiar doente
Para uns há muita fartura
Que no fim muito sobra
Tomaram sobras, os mendigos
E os pobres por esse Mundo fora
Pão-de-ló no meu bloco - Escrevi
Bolo-rei também - Encomendei
Rabanadas bastante - Comi
Batata nem vê-las - Enjoei
Bacalhau bastante - Encheu
Couve penca pouco - Sobra
Polvo comi, comeste - Comeu
Cabrito era tanto que até deitei – Fora
E é a fartura e, o perímetro que escrevi, que, me fazem chegar a esta conclusão…
Autor: Quelhas
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