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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Natal fantasma

Natal fantasma

 


Natal, já não é o que era

Já lá foi o tempo de criança

Já lá foi o tempo de crença

Que “Eu” adorava na infância

 

Agora vivemos o fantasma do Natal

Aquele, que “Eu” não acredito

Passou a uma época Artificial

Para qualquer pequenito

 

Palavra Natal, para quê?

Se esta é uma realidade branca

Os adultos sabem porquê

Aquilo que sente uma criança

 

São tempos que lá foram

E o Natal ficou sem sentido

O povo está revoltado

E o Mundo está perdido

 

Hoje em dia, Natal funciona

Com o comércio das prendas

Os estabelecimentos abarrotam

Com tantas encomendas

 

No seio da família, então

Pouco ou nada funciona decerto

No Natal vai um p’ra cada lado

E as nossas casas, ficam um deserto

 

Na ceia de Natal, enfim

A abundância da luxúria é evidente

Poucos se lembram de ti e de mim

Muito menos do amigo ou familiar doente

 

Para uns há muita fartura

Que no fim muito sobra

Tomaram sobras, os mendigos

E os pobres por esse Mundo fora

 

Pão-de-ló no meu bloco - Escrevi

Bolo-rei também - Encomendei

Rabanadas bastante - Comi

Batata nem vê-las - Enjoei

 

Bacalhau bastante - Encheu

Couve penca pouco - Sobra

Polvo comi, comeste - Comeu

Cabrito era tanto que até deitei – Fora

 

E é a fartura e, o perímetro que escrevi, que, me fazem chegar a esta conclusão…

 

Autor: Quelhas

 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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