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sábado, 21 de dezembro de 2024

A crítica das férias pandémicas e a mudança Pós-Covid nos dias de hoje:

A crítica das férias pandémicas e a mudança Pós-Covid nos dias de hoje:

 


Durante a pandemia, as férias no Algarve foram marcadas por um cenário peculiar e restritivo. O Airbus A320 partiu da Suíça, cruzando suavemente os céus de França e Espanha até aterrar em Faro, onde o panorama entre o céu, a terra e o mar era deslumbrante. Tanto o aeroporto de Zürich como o de Faro tinham um movimento reduzido, com as lojas e restaurantes a operar a meio gás devido às limitações impostas. Nas praias algarvias, desinfetantes estavam estrategicamente colocados nas entradas, enquanto nos supermercados longas filas se formavam devido ao acesso controlado com seguranças à porta. O uso de máscara era obrigatório em praticamente todo o lado, menos na via pública, mas nos restaurantes o “põe e tira” da máscara a cada movimento era um exagero que gerava desconforto.

 

Apesar das restrições, locais como Quarteira, Vilamoura, Albufeira e Guia continuavam a destacar-se pela qualidade do peixe grelhado, reflexo da proximidade com o mar. O Zoomarine cresceu durante esse período, com a adição de atrações como dinossauros, mas os golfinhos no mar de Albufeira tornaram-se cada vez mais raros, vítimas da quantidade de plástico que o homem despeja no oceano. Em Quarteira, a exposição “Lixo X Arte” reutilizava criativamente o lixo marinho, mas a via pública era uma verdadeira catástrofe: passeios desnivelados, obstáculos, buracos e perigos constantes dificultavam a circulação. Por fim, encontrei Cláudio Alegre, ex-concorrente da Casa dos Segredos, que celebrava a paternidade ao lado de Cristiana, também figura do programa televisivo.

O tempo passou e, com o fim da pandemia, as mudanças não foram tão positivas quanto se esperava. Os aviões continuaram a levantar voo e a aterrar, mas agora sob o peso do Inverno e das suas várias densas camadas de nuvens, se não aterrarem é mau sinal. O mar algarvio, antes calmo, apresentava-se mais agitado, até os tufões o visitaram, tal como a economia, que ficou devastada no pós-Covid. As lojas operavam com dificuldades e hoje muitas fecharam, os restaurantes tentavam manter-se à tona enquanto os cartões de crédito não chegavam ao limite de valor, assim está a economia e a ausência das máscaras, hoje apenas vistas no Carnaval ou em casos de extrema necessidade, já não ocultava o verdadeiro sufoco que ficou para trás.

 

O Zoomarine, que outrora cresceu, já não recebia tantas visitas. Os golfinhos no mar de Albufeira continuaram a rarear, quase como uma memória distante, enquanto o lixo nos oceanos se acumulava. A exposição “Lixo X Arte” poderia ser maior, mas talvez os golfinhos já tivessem roído o lixo antes de chegar às mãos dos artistas.

 

Entretanto, as ruas de Quarteira mantinham-se num estado vergonhoso: os mesmos obstáculos nos passeios, buracos perigosos e superfícies desniveladas que permaneciam ignoradas. O tempo passou, mas os problemas continuaram ali, firmes e inalterados.

 

E Cláudio Alegre? Figura tão comentada durante a pandemia, acabou por se perder na memória colectiva. Hoje, a pergunta ressoa vazia: Quem é o Cláudio? Sabemos quem é o Leomarte e nada aprendemos com os acontecimentos da vida actual, pelo menos sabemos que a Síria pode definitivamente ter paz!?



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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