Conflito em Valongo: moradora luta contra consumo excessivo de água e ocupação Ilegal
A situação de uma moradora em Valongo continua a agravar-se, com novas
denúncias relacionadas ao elevado consumo de água e à ocupação ilegal de propriedades
por terceiros.
Segundo a moradora, foi notificado o senhorio acerca do consumo
excessivo de água, anexando-se as facturas e o auto de vistoria que comprova o
valor anormal da conta. A moradora sustenta que, uma vez que o senhorio é
responsável pela propriedade, ele deverá investigar a origem desse gasto
excessivo – seja por fuga ou por possível roubo de água – e tomar providências,
nomeadamente, através do tribunal, para despejar quem ocupa a propriedade de
forma ilegal. Acrescenta que, actualmente, são os ciganos que ocupam
ilegalmente a propriedade e terrenos, mas que, infelizmente, é ela quem
responde em tribunal pela água que não consumiu.
Além disso, foi comunicada a situação às Águas de Valongo, enviando-se
igualmente o comprovativo da notificação feita ao senhorio. No entanto, a
situação de distúrbios na propriedade ocupada agrava-se, com música alta
durante a noite, ruídos excessivos e até confrontos físicos entre os ocupantes,
forçando a moradora e a sua filha a passarem a noite em claro. A filha,
estudante, vai para a escola sem conseguir dormir, o que compromete o seu
rendimento e bem-estar.
As Águas de Valongo e a GNR deslocaram-se à propriedade para uma
vistoria detalhada, onde estiveram à conversa com a moradora, confirmando que
não houve consumo voluntário por parte da mesma. O auto de vistoria, juntamente
com o relatório pericial, dá razão à cliente, indicando que o consumo de
centenas de metros cúbicos de água não foi de sua responsabilidade. A moradora
insiste que as provas dos emails e o auto de vistoria são suficientes para
corroborar os factos e defende que as autoridades deveriam tomar medidas firmes
para solucionar o problema.
A moradora expressa gratidão à Revista Repórter X, que ajudou a dar
visibilidade ao caso, ao mesmo tempo que lamenta a ausência de soluções
adequadas. Em vez de providenciar uma casa para onde se possa mudar, as
autoridades sugeriram uma possível ida para uma casa de abrigo, situação que
ela encara com tristeza.
“Ninguém nos pode ajudar? Se não há outra solução, iremos para a
casa de abrigo, mas já não aguento mais com tanto descaso e sofrimento”,
desabafa a moradora, sem conter as emoções.
Outra mudança notada foi a substituição da bandeira rasgada – alvo de
críticas – por uma árvore de Natal, facto que a moradora considera como uma
reacção aos protestos feitos publicamente.
Contudo, a moradora lamenta a falta de resposta por parte das
autoridades e sublinha que, caso a situação não seja resolvida, planeia levar a
denúncia à comunicação social de maior alcance, como a CMTV, na tentativa de
encontrar uma resolução para o problema que já se arrasta há tempo demais.
Águas de Valongo: invasão e ameaças por parte de um grupo Cigano, cujo
as autoridades nada fazem
Boa tarde,
- Mãe; De momento, estou em Famalicão para que a minha filha possa
passar alguns dias com a avó. Graças a Deus e à vossa revista, pela publicação
e entrevista que concederam, alertando para a verdade, o Chefe da PJ do Porto
contactou-vos e confirmou a nossa versão, o que deu credibilidade ao vosso
trabalho. Conseguimos vencer no tribunal, e o caso foi arquivado.
Vou, posteriormente, escrever um texto de agradecimento à vossa revista
e a todos os envolvidos, com eterna gratidão. Sem a vossa ajuda e a revolução
que causaram, eu e a minha filha não teríamos conseguido. É reconfortante saber
que ainda há pessoas na comunicação social a defender os portugueses,
especialmente aqueles que precisam de um pequeno empurrão para fazer valer os
seus direitos perante a justiça.
No entanto, após sairmos de um grande problema, estamos agora
envolvidas noutro problema ainda maior. Um grupo de etnia Cigana ocuparam
ilegalmente um espaço ao pé de nós e estão a gastar grandes quantidades de
água, ligada e roubada do meu contador, somando centenas de euros que a Câmara
me quer fazer pagar, mesmo sabendo que não sou eu e que não é possível ter
consumido tanto.
Infelizmente, não conseguimos encontrar nada longe dali para fugirmos à
criminalidade e tentarmos viver uma vida tranquila, mas não encontramos nada
por menos de 800€. Precisamos de algo numa região acessível e barata, desde que
tenha escola secundária e serviços nas proximidades, seria excelente. A casa
onde estamos actualmente não pertence à Segurança Social nem é de um bairro
social. Porém, a situação agravou-se: o rés-do-chão e a cave foram invadidos
por pessoas problemáticas, e o senhorio, que foi ameaçado, não faz nada por
medo.
A lei não permite que crianças vivam em quartos ou hotéis; elas são
imediatamente retiradas e eu num caso anterior lutei muito por ela. Apesar de
termos uma casa com contracto vitalício, pagando apenas 250€ e recebendo ajuda
para a renda, a situação está-nos a forçar a sair daqui por culpa dos Ciganos.
Nada contra os Ciganos em geral e sim contra esta família que se veio
intrometer na minha vida.
Mais uma vez, o Estado falha connosco e estamos a ser empurradas para
os tribunais, algo que detestamos. Embora eu esteja disposta a dar uma nova
entrevista como agradecimento, não estamos em condições de o fazer no imediato.
Caso seja necessário denunciar esta nova situação por vídeo entrevista Web,
estamos dispostas a colaborar para dar impacto à Comunicação Social, para que
todos juntos possamos denunciar e não recair só sobre nós que estamos a dar o
corpo à `bala´. A Junta de Freguesia e estes órgãos têm muito receio da
comunicação social, presumo que chamadas e que saibam que é comunicação social
podem ajudar a intervir. Eu também pretendo processar o senhorio por permitir
que pessoas vivam ilegalmente na casa, sem contrato, e roubem da minha água e luz
dos postes.
Na noite de Sábado, fomos ameaçadas de morte. Ligámos imediatamente
para a PSP, mas disseram-nos que estavam a lidar com um caso de violência
contra um agente em Valongo e não nos poderiam socorrer. A PSP de Ermesinde
aconselhou-me a tomar um calmante e descansar, pois não tinham ninguém
disponível para vir cá. Perguntei ao agente se ele dormiria caso fosse
ameaçado, e acabámos por fugir para Matosinhos, onde ficámos até conseguir
apresentar queixa na esquadra de Águas Santas na Segunda-feira seguinte. O processo
passou, então, para o Ministério Público. A situação de roubo de electricidade
mantém-se: os invasores continuam a roubar a luz directamente do poste, e nada
foi feito para resolver esta ilegalidade.
Pretendemos começar uma nova vida, longe de gente problemática. Eu sou
reformada e trabalho online, com poucas reuniões presenciais. A minha filha e
eu estamos a ser constantemente ameaçadas, e temo que um dia sejamos notícia de
televisão por causa destas circunstâncias. Se algo nos acontecer, os principais
responsáveis serão aqueles que recusaram ajuda quando mais precisávamos.
- Filha; A minha mãe e eu pedimos ajuda para nos mudarmos para a Póvoa
de Lanhoso. Escolhemos esta localidade por ser um concelho bonito e pacato,
onde desejamos recomeçar a nossa vida sem sermos reconhecidas, longe de toda
esta situação criminosa. A minha mãe, cantora profissional, viu a sua carreira
arruinada devido a uma série de problemas pessoais, incluindo um contencioso
com o meu Pai, seu ex-marido, um agente prisional que lutou pela minha guarda,
entre outros problemas graves que enfrentámos ao longo dos anos. Agora que
estou a crescer, quero a minha liberdade, quero estudar e ajudar a minha Mãe,
queremos tentar reerguer-nos e refazer a vida num ambiente tranquilo, onde a
minha Mãe possa, quem sabe, voltar a cantar e retomar a sua carreira na música.
- Mãe; Anexei quatro facturas das Águas de Valongo, o comprovativo de
solicitação de advogado, e um e-mail enviado à Dra. Vanessa Paiva da Câmara de
Valongo, responsável pela habitação social. Estou também a preparar um extenso
dossiê de troca de e-mails com a Dra. Manuela Fernandes, directora das Águas de
Valongo, e com a Sra. Sandra Roque, gestora de clientes.
O Presidente da Junta, Miguel Oliveira, não se mostra disponível para
reuniões, alegando que o assunto não é da competência da junta. O Tesoureiro,
Dr. Bruno de Ascensão, esteve reunido comigo durante duas horas, ficou com as
cópias das facturas, mas desde então não voltou a atender. A assistente social
da Junta, Dra. Elisabete, também não pode ajudar, sugerindo apenas que
solicitássemos apoio a rendas, que apenas cobre dois meses.
A maior bandeira de Portugal em Ermesinde está velha e rota, o que
simboliza o estado actual da cidade. Apenas se vangloriam pela maior árvore de
Natal e a bandeira, mas não fazem nada pelos cidadãos.
A minha psicóloga, Dra. Teresa, da intervenção rápida do apoio à
vítima, reuniu-se com a equipa técnica da habitação social da Câmara de
Valongo, mas continuam a afirmar que não têm habitações disponíveis para nós. O
anterior presidente da junta, Dr. Morgado, ex-inspector da PJ, também nos
atendeu telefonicamente durante um episódio de ameaças.
Tentámos uma solução alternativa, mudando-nos para Paços de Ferreira,
onde conseguimos uma transferência escolar de emergência para a minha filha.
Contratámos mudanças, tudo estava pronto, mas à última hora a casa foi
cancelada, obrigando-nos a anular tudo, o que nos causou imenso
constrangimento.
Neste momento, temo pela segurança da minha filha. Estamos expostas a
um ambiente hostil e criminoso, com invasores que roubam água e electricidade,
e não vejo saída. A polícia sabe de tudo, mas nada é feito. Recentemente, um
homem saiu da cadeia e esfaqueou uma mulher em plena luz do dia, sem ser
detido. Outro homem, que rouba electricidade do Estado, está há três anos com
pulseira electrónica e aguarda julgamento.
O senhorio não quer saber e não se mete (pois foi ameaçado de morte, tal como nós) e tem medo.
No rés-do-chão e na cave moravam outras pessoas. No rés-do-chão, vivia
um jovem toxicodependente, com algumas patologias psíquicas, que foi
violentamente espancado, aproveitando-se da sua fragilidade. O jovem fugiu, e
os agressores apoderaram-se da habitação. Na cave vivia um casal, nossos
amigos, com três filhos, que passaram pela mesma situação. Foram subornados,
aceitaram o dinheiro, e também foram agredidos. Depois disso, os invasores
tomaram posse das casas, ocupando-as no dia seguinte. No dia seguinte, todos
nós, os vizinhos e o senhorio (que foi imediatamente contactado), fomos
apanhados de surpresa. Ninguém se apercebeu da entrada dos invasores, e o
senhorio nem conhecia estas pessoas, muito menos aceitaria invasões
clandestinas. O senhorio veio cá para confrontar a situação. Com pena dos
invasores, que alegavam não ter habitação, afirmou que não negava casa a
ninguém, mas não lhes deu contrato. Desde então, até Agosto de 2023, os
invasores roubaram água às Águas de Valongo. Em Agosto, fomos todos ameaçados
de morte, pois acreditavam que fomos nós que os denunciámos. Eles usam e abusam
do espaço, que agora está repleto de lixo por eles mesmos acumulado. O pátio
anexo às casas parece um verdadeiro aterro sanitário, colocando em risco a
saúde pública.
Vivemos num terror constante. Música alta, ameaças de morte, e um
ambiente criminoso são o nosso dia-a-dia. Já relatei todos estes acontecimentos
à polícia e às autoridades competentes, mas ninguém nos ajuda. A Câmara de
Valongo tem conhecimento das ameaças desde 2023, mas não toma qualquer acção.
Se houver algo que possa ser feito, por favor, ajudem-nos. Estamos
exaustas e sem forças para lidar com mais tribunais ou processos legais.
Precisamos de segurança e paz para reconstruir as nossas vidas.
Com os melhores cumprimentos,
(Assinatura omitida)
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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