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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A realidade oculta da KESB na Suíça: crianças portuguesas retiradas injustamente aos pais

A realidade oculta da KESB na Suíça: crianças portuguesas retiradas injustamente aos pais

 


Na Suíça, um dos países mais desenvolvidos do mundo, as instituições sociais como a KESB (Autoridade de Proteção de Menores e Adultos) têm sido alvo de críticas severas. Famílias portuguesas a residir neste país enfrentam um problema crescente e preocupante: a retirada forçada dos filhos, alegadamente para “proteger os menores”, mas que, em muitos casos, esconde práticas abusivas e interesses questionáveis.

 

Intervenção sem critérios claros

As decisões da KESB têm como base supostas denúncias feitas por familiares, vizinhos ou escolas. Estas denúncias, frequentemente feitas com intenções maliciosas ou por simples conflitos pessoais, são aceites sem uma investigação profunda e imparcial. O resultado é devastador: crianças são retiradas dos pais biológicos e colocadas sob a guarda do Estado ou de famílias adotivas, mesmo quando há familiares próximos capazes e dispostos a assumir a responsabilidade.

 

Segundo relatos recolhidos pela Repórter X Editora Schweiz, várias mães e pais portugueses acusam a KESB de manipular as avaliações psicológicas e sociais para justificar as suas decisões. Em vez de atuarem para o bem-estar da criança, estas autoridades favorecem soluções rápidas e extremas, ignorando completamente os laços afetivos e culturais.

 

O sistema que ignora a família

Nos casos de violência doméstica ou negligência grave, a intervenção social é justificável e necessária. Contudo, muitos casos envolvendo famílias portuguesas revelam situações completamente distintas. Em vez de procurarem soluções dentro da própria família alargada – como avós, tios ou o progenitor mais estável – a KESB opta por afastar as crianças, entregando-as a outras entidades ou famílias.

 

Esta prática levanta questões sérias:

  • Porque é que não são consideradas as famílias biológicas mais próximas e capazes?
  • Porque é que os relatórios psicológicos e sociais são manipulados para descredibilizar os pais?
  • Quem beneficia realmente destas decisões?

 

A retirada forçada de crianças sem provas sólidas de negligência ou perigo coloca em causa não só os direitos das famílias, mas também o próprio sistema de proteção infantil.

 

Denúncias de manipulação e negligência

Mães portuguesas entrevistadas relatam episódios chocantes. Algumas descrevem visitas “vigiadas” aos filhos, onde são obrigadas a interagir sob a presença constante de assistentes sociais, com tempos limitados e condições humilhantes. Outras denunciam que as crianças são colocadas em lares onde sofrem maus-tratos físicos e psicológicos.

 

Uma mãe relatou:

“O meu filho foi retirado sem aviso prévio. Alegaram que eu não era emocionalmente estável, mas nem sequer investigaram a minha situação familiar. Tenho os meus pais e irmãos dispostos a ajudar. Porque é que não nos deram essa oportunidade?”

 

A confidencialidade invocada pela KESB para proteger os menores apenas serve, em muitos casos, para esconder práticas questionáveis. Pais e familiares sentem-se impotentes perante um sistema que age como juiz e carrasco, sem possibilidade de defesa justa.

 

Um sistema que favorece interesses económicos?

Há também suspeitas sérias de que a retirada de crianças é parte de um sistema lucrativo. O acolhimento de menores em instituições ou famílias de acolhimento gera subsídios financeiros significativos, criando incentivos perversos para a intervenção desnecessária da KESB.

 

Os relatos das famílias apontam que, em vez de apoiar os pais com medidas reais de apoio social, financeiro ou psicológico, a solução imediata é a retirada dos menores. A rapidez e a falta de transparência com que estas decisões são tomadas só aumentam as suspeitas de que o bem-estar da criança não é o verdadeiro objetivo.

 

O impacto nas crianças e nas famílias

O impacto destas decisões é irreparável. As crianças retiradas são sujeitas a traumas psicológicos profundos, ao serem afastadas bruscamente do seu ambiente familiar e cultural. Muitas vezes, perdem contacto com os irmãos, avós e outros familiares, crescendo num sistema que as trata como números e não como seres humanos.

 

As famílias, por sua vez, vivem anos de angústia e luta judicial, muitas vezes sem sucesso. Sentem-se discriminadas, desrespeitadas e ignoradas pelas autoridades suíças.

 

Perguntas sem resposta

  1. Porque é que o Estado suíço não investe em medidas de apoio à família em vez de optar pela retirada das crianças?
  2. Que mecanismos existem para garantir a imparcialidade das decisões da KESB?
  3. Qual é o destino final das crianças retiradas?
  4. Quem fiscaliza as instituições e as famílias de acolhimento?
  5.  

Um apelo à justiça e à transparência

A KESB deve ser responsabilizada pelas suas decisões e práticas. É urgente uma reforma profunda que assegure:

  • Investigações justas e imparciais antes de qualquer intervenção;
  • Priorização dos familiares biológicos no processo de guarda;
  • Transparência total nas decisões tomadas e nos critérios utilizados;
  • Monitorização independente das instituições e das famílias de acolhimento.

As famílias portuguesas que residem na Suíça merecem respeito, justiça e um sistema verdadeiramente focado no bem-estar das crianças. Não se pode permitir que estas práticas continuem a destruir lares e a comprometer o futuro dos mais pequenos.


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