A realidade oculta da KESB na Suíça: crianças portuguesas retiradas injustamente aos pais
Na Suíça, um dos países mais desenvolvidos do mundo, as instituições
sociais como a KESB (Autoridade de Proteção de Menores e Adultos) têm
sido alvo de críticas severas. Famílias portuguesas a residir neste país
enfrentam um problema crescente e preocupante: a retirada forçada dos filhos,
alegadamente para “proteger os menores”, mas que, em muitos casos, esconde
práticas abusivas e interesses questionáveis.
Intervenção sem critérios claros
As decisões da KESB têm como base supostas denúncias feitas por
familiares, vizinhos ou escolas. Estas denúncias, frequentemente feitas com
intenções maliciosas ou por simples conflitos pessoais, são aceites sem uma
investigação profunda e imparcial. O resultado é devastador: crianças são
retiradas dos pais biológicos e colocadas sob a guarda do Estado ou de famílias
adotivas, mesmo quando há familiares próximos capazes e dispostos a assumir a
responsabilidade.
Segundo relatos recolhidos pela Repórter X Editora Schweiz, várias
mães e pais portugueses acusam a KESB de manipular as avaliações
psicológicas e sociais para justificar as suas decisões. Em vez de atuarem para
o bem-estar da criança, estas autoridades favorecem soluções rápidas e
extremas, ignorando completamente os laços afetivos e culturais.
O sistema que ignora a família
Nos casos de violência doméstica ou negligência grave, a intervenção social
é justificável e necessária. Contudo, muitos casos envolvendo famílias
portuguesas revelam situações completamente distintas. Em vez de procurarem
soluções dentro da própria família alargada – como avós, tios ou o progenitor
mais estável – a KESB opta por afastar as crianças, entregando-as a
outras entidades ou famílias.
Esta prática levanta questões sérias:
- Porque é
que não são consideradas as famílias biológicas mais próximas e capazes?
- Porque é
que os relatórios psicológicos e sociais são manipulados para
descredibilizar os pais?
- Quem
beneficia realmente destas decisões?
A retirada forçada de crianças sem provas sólidas de negligência ou perigo
coloca em causa não só os direitos das famílias, mas também o próprio sistema
de proteção infantil.
Denúncias de manipulação e negligência
Mães portuguesas entrevistadas relatam episódios chocantes. Algumas
descrevem visitas “vigiadas” aos filhos, onde são obrigadas a interagir sob a
presença constante de assistentes sociais, com tempos limitados e condições
humilhantes. Outras denunciam que as crianças são colocadas em lares onde
sofrem maus-tratos físicos e psicológicos.
Uma mãe relatou:
“O meu filho foi retirado sem aviso prévio. Alegaram que eu não era
emocionalmente estável, mas nem sequer investigaram a minha situação familiar.
Tenho os meus pais e irmãos dispostos a ajudar. Porque é que não nos deram essa
oportunidade?”
A confidencialidade invocada pela KESB para proteger os menores
apenas serve, em muitos casos, para esconder práticas questionáveis. Pais e
familiares sentem-se impotentes perante um sistema que age como juiz e
carrasco, sem possibilidade de defesa justa.
Um sistema que favorece interesses económicos?
Há também suspeitas sérias de que a retirada de crianças é parte de um
sistema lucrativo. O acolhimento de menores em instituições ou famílias de
acolhimento gera subsídios financeiros significativos, criando incentivos
perversos para a intervenção desnecessária da KESB.
Os relatos das famílias apontam que, em vez de apoiar os pais com medidas
reais de apoio social, financeiro ou psicológico, a solução imediata é a
retirada dos menores. A rapidez e a falta de transparência com que estas
decisões são tomadas só aumentam as suspeitas de que o bem-estar da criança não
é o verdadeiro objetivo.
O impacto nas crianças e nas famílias
O impacto destas decisões é irreparável. As crianças retiradas são sujeitas
a traumas psicológicos profundos, ao serem afastadas bruscamente do seu
ambiente familiar e cultural. Muitas vezes, perdem contacto com os irmãos, avós
e outros familiares, crescendo num sistema que as trata como números e não como
seres humanos.
As famílias, por sua vez, vivem anos de angústia e luta judicial, muitas
vezes sem sucesso. Sentem-se discriminadas, desrespeitadas e ignoradas pelas
autoridades suíças.
Perguntas sem resposta
- Porque é
que o Estado suíço não investe em medidas de apoio à família em vez de
optar pela retirada das crianças?
- Que
mecanismos existem para garantir a imparcialidade das decisões da KESB?
- Qual é o
destino final das crianças retiradas?
- Quem
fiscaliza as instituições e as famílias de acolhimento?
Um apelo à justiça e à transparência
A KESB deve ser responsabilizada pelas suas decisões e práticas. É
urgente uma reforma profunda que assegure:
- Investigações
justas e imparciais antes de qualquer intervenção;
- Priorização
dos familiares biológicos no processo de guarda;
- Transparência
total nas decisões tomadas e nos critérios utilizados;
- Monitorização independente das instituições e das famílias de acolhimento.
As famílias portuguesas que residem na Suíça merecem respeito, justiça e um
sistema verdadeiramente focado no bem-estar das crianças. Não se pode permitir
que estas práticas continuem a destruir lares e a comprometer o futuro dos mais
pequenos.
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