Águas de Valongo.
Águas de Valongo: invasão e ameaças por parte de um grupo Cigano, cujo as
autoridades nada fazem
Boa tarde,
- Mãe; De momento,
estou em Famalicão para que a minha filha possa passar alguns dias com a avó.
Graças a Deus e à vossa revista, pela publicação e entrevista que concederam,
alertando para a verdade, o Chefe da PJ do Porto contactou-vos e confirmou a
nossa versão, o que deu credibilidade ao vosso trabalho. Conseguimos vencer no
tribunal, e o caso foi arquivado.
Vou, posteriormente,
escrever um texto de agradecimento à vossa revista e a todos os envolvidos, com
eterna gratidão. Sem a vossa ajuda e a revolução que causaram, eu e a minha
filha não teríamos conseguido. É reconfortante saber que ainda há pessoas na comunicação
social a defender os portugueses, especialmente aqueles que precisam de um
pequeno empurrão para fazer valer os seus direitos perante a justiça.
No entanto, após
sairmos de um grande problema, estamos agora envolvidas noutro problema ainda
maior. Um grupo de etnia Cigana ocuparam ilegalmente um espaço ao pé de nós e
estão a gastar grandes quantidades de água, ligada e roubada do meu contador,
somando centenas de euros que a Câmara me quer fazer pagar, mesmo sabendo que
não sou eu e que não é possível ter consumido tanto.
Infelizmente, não
conseguimos encontrar nada longe dali para fugirmos à criminalidade e tentarmos
viver uma vida tranquila, mas não encontramos nada por menos de 800€.
Precisamos de algo numa região acessível e barata, desde que tenha escola
secundária e serviços nas proximidades, seria excelente. A casa onde estamos
actualmente não pertence à Segurança Social nem é de um bairro social. Porém, a
situação agravou-se: o rés-do-chão e a cave foram invadidos por pessoas
problemáticas, e o senhorio, que foi ameaçado, não faz nada por medo.
A lei não permite que
crianças vivam em quartos ou hotéis; elas são imediatamente retiradas e eu num
caso anterior lutei muito por ela. Apesar de termos uma casa com contracto
vitalício, pagando apenas 250€ e recebendo ajuda para a renda, a situação está-nos
a forçar a sair daqui por culpa dos Ciganos. Nada contra os Ciganos em geral e
sim contra esta família que se veio intrometer na minha vida.
Mais
uma vez, o Estado falha connosco e estamos a ser empurradas para os tribunais,
algo que detestamos. Embora eu esteja disposta a dar uma nova entrevista como
agradecimento, não estamos em condições de o fazer no imediato. Caso seja
necessário denunciar esta nova situação por vídeo entrevista Web, estamos
dispostas a colaborar para dar impacto à Comunicação Social, para que todos
juntos possamos denunciar e não recair só sobre nós que estamos a dar o corpo à
`bala´. A Junta de Freguesia e estes órgãos têm muito receio da comunicação
social, presumo que chamadas e que saibam que é comunicação social podem ajudar
a intervir. Eu também pretendo processar o senhorio por permitir que pessoas
vivam ilegalmente na casa, sem contrato, e roubem da minha água e luz dos
postes.
Na noite de Sábado,
fomos ameaçadas de morte. Ligámos imediatamente para a PSP, mas disseram-nos
que estavam a lidar com um caso de violência contra um agente em Valongo e não
nos poderiam socorrer. A PSP de Ermesinde aconselhou-me a tomar um calmante e
descansar, pois não tinham ninguém disponível para vir cá. Perguntei ao agente
se ele dormiria caso fosse ameaçado, e acabámos por fugir para Matosinhos, onde
ficámos até conseguir apresentar queixa na esquadra de Águas Santas na
Segunda-feira seguinte. O processo passou, então, para o Ministério Público. A
situação de roubo de electricidade mantém-se: os invasores continuam a roubar a
luz directamente do poste, e nada foi feito para resolver esta ilegalidade.
Pretendemos começar
uma nova vida, longe de gente problemática. Eu sou reformada e trabalho online,
com poucas reuniões presenciais. A minha filha e eu estamos a ser
constantemente ameaçadas, e temo que um dia sejamos notícia de televisão por
causa destas circunstâncias. Se algo nos acontecer, os principais responsáveis
serão aqueles que recusaram ajuda quando mais precisávamos.
- Filha; A minha mãe
e eu pedimos ajuda para nos mudarmos para a Póvoa de Lanhoso. Escolhemos esta
localidade por ser um concelho bonito e pacato, onde desejamos recomeçar a
nossa vida sem sermos reconhecidas, longe de toda esta situação criminosa. A
minha mãe, cantora profissional, viu a sua carreira arruinada devido a uma
série de problemas pessoais, incluindo um contencioso com o meu Pai, seu
ex-marido, um agente prisional que lutou pela minha guarda, entre outros
problemas graves que enfrentámos ao longo dos anos. Agora que estou a crescer,
quero a minha liberdade, quero estudar e ajudar a minha Mãe, queremos tentar
reerguer-nos e refazer a vida num ambiente tranquilo, onde a minha Mãe possa,
quem sabe, voltar a cantar e retomar a sua carreira na música.
- Mãe; Anexei quatro
facturas das Águas de Valongo, o comprovativo de solicitação de advogado, e um
e-mail enviado à Dra. Vanessa Paiva da Câmara de Valongo, responsável pela
habitação social. Estou também a preparar um extenso dossiê de troca de e-mails
com a Dra. Manuela Fernandes, directora das Águas de Valongo, e com a Sra.
Sandra Roque, gestora de clientes.
O Presidente da
Junta, Miguel Oliveira, não se mostra disponível para reuniões, alegando que o
assunto não é da competência da junta. O Tesoureiro, Dr. Bruno de Ascensão,
esteve reunido comigo durante duas horas, ficou com as cópias das facturas, mas
desde então não voltou a atender. A assistente social da Junta, Dra. Elisabete,
também não pode ajudar, sugerindo apenas que solicitássemos apoio a rendas, que
apenas cobre dois meses.
A maior bandeira de
Portugal em Ermesinde está velha e rota, o que simboliza o estado actual da
cidade. Apenas se vangloriam pela maior árvore de Natal e a bandeira, mas não
fazem nada pelos cidadãos.
A minha psicóloga,
Dra. Teresa, da intervenção rápida do apoio à vítima, reuniu-se com a equipa
técnica da habitação social da Câmara de Valongo, mas continuam a afirmar que
não têm habitações disponíveis para nós. O anterior presidente da junta, Dr.
Morgado, ex-inspector da PJ, também nos atendeu telefonicamente durante um
episódio de ameaças.
Tentámos uma solução
alternativa, mudando-nos para Paços de Ferreira, onde conseguimos uma
transferência escolar de emergência para a minha filha. Contratámos mudanças,
tudo estava pronto, mas à última hora a casa foi cancelada, obrigando-nos a
anular tudo, o que nos causou imenso constrangimento.
Neste momento, temo
pela segurança da minha filha. Estamos expostas a um ambiente hostil e
criminoso, com invasores que roubam água e electricidade, e não vejo saída. A
polícia sabe de tudo, mas nada é feito. Recentemente, um homem saiu da cadeia e
esfaqueou uma mulher em plena luz do dia, sem ser detido. Outro homem, que
rouba electricidade do Estado, está há três anos com pulseira electrónica e
aguarda julgamento.
O senhorio não
quer saber e não se mete (pois foi ameaçado de morte, tal como nós) e tem medo.
No rés-do-chão e na
cave moravam outras pessoas. No rés-do-chão, vivia um jovem toxicodependente,
com algumas patologias psíquicas, que foi violentamente espancado,
aproveitando-se da sua fragilidade. O jovem fugiu, e os agressores
apoderaram-se da habitação. Na cave vivia um casal, nossos amigos, com três
filhos, que passaram pela mesma situação. Foram subornados, aceitaram o
dinheiro, e também foram agredidos. Depois disso, os invasores tomaram posse
das casas, ocupando-as no dia seguinte. No dia seguinte, todos nós, os vizinhos
e o senhorio (que foi imediatamente contactado), fomos apanhados de surpresa.
Ninguém se apercebeu da entrada dos invasores, e o senhorio nem conhecia estas
pessoas, muito menos aceitaria invasões clandestinas. O senhorio veio cá para
confrontar a situação. Com pena dos invasores, que alegavam não ter habitação,
afirmou que não negava casa a ninguém, mas não lhes deu contrato. Desde então,
até Agosto de 2023, os invasores roubaram água às Águas de Valongo. Em Agosto,
fomos todos ameaçados de morte, pois acreditavam que fomos nós que os
denunciámos. Eles usam e abusam do espaço, que agora está repleto de lixo por
eles mesmos acumulado. O pátio anexo às casas parece um verdadeiro aterro
sanitário, colocando em risco a saúde pública.
Vivemos num terror
constante. Música alta, ameaças de morte, e um ambiente criminoso são o nosso
dia-a-dia. Já relatei todos estes acontecimentos à polícia e às autoridades
competentes, mas ninguém nos ajuda. A Câmara de Valongo tem conhecimento das
ameaças desde 2023, mas não toma qualquer acção.
Se houver algo que
possa ser feito, por favor, ajudem-nos. Estamos exaustas e sem forças para
lidar com mais tribunais ou processos legais. Precisamos de segurança e paz
para reconstruir as nossas vidas.
Com os melhores
cumprimentos,
(Assinatura omitida)
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