João Carlos Veloso Gonçalves “Quelhas” não tem medo da verdade. A sua pena mergulha fundo na sua Alma de escritor para derramar muitas vezes palavras incómodas que, goste-se ou despreze-se, não deixam nenhum leitor indiferente. A sua escrita, destemida e sincera, r
evela os seus ideais, ou seja, a sua forma de pensamento. E é precisamente a sua coragem em brotar para o papel, sem artifícios, o que a sua mente Pensa e o que o seu coração Sente que tem despertado tantas críticas e polémicas em torno da sua pessoa.
“Filho” da Póvoa de Lanhoso, fez do mundo o seu palco de vida. O que a distância torna longe o coração aproxima; o que o Tempo faz esquecer a saudade relembra…
Este autor multifacetado, que se inspira nas coisas simples da vida, tem calcorreado incansavelmente as largas avenidas da experiência no sentido de ampliar a sua visão do mundo e do conhecimento. Ama inegavelmente a cultura e tem a clara percepção de que é fundamental proceder à sua promoção e divulgação, de forma a que esta não se esconda na poeira espessa do desconhecimento tornando-se assim invisível aos olhos ávidos dos que a amam e apreciam.
“Poeta, crítico, escritor, jornalista e repórter”, a sua imaginação e criatividade não tem limites, não se esconde por detrás do conforto castrador de um único género literário.
Nesta obra, o escritor “Quelhas” apresenta ao leitor as diferentes versões dos autores que se inspiraram na heroína que se impôs contra os enterramentos fora das igrejas, adros e claustros, uma providência higiénica recomendada pelo progresso científico e técnico da época. Esta é também uma obra que nos fala da lenda do povo e que não esquece as letras dos compositores em torno daquela figura “mítica”, ou não, que se impôs contra as Leis de Saúde e o lançamento de um novo sistema de impostos que agravaria ainda mais a carga fiscal que recaía sobre as populações do Portugal de outrora.
O autor defende que as diversas obras que têm surgido sobre a revolta que eclodiu na freguesia de Fonte Arcada, concelho da Póvoa de Lanhoso, mostram heterogeneidade embora a fonte de inspiração seja em todas elas a Maria da Fonte.
Apontam-se, essencialmente, sete nomes como possíveis Marias da Fonte… Mas qual delas terá sido a verdadeira mentora da Revolução, decorrida em 1846? Para o “Inspirador” é fácil a resolução do enigma relativamente à verdadeira identidade desta figura heróica…Ele defende que a heroína, que ousou desafiar o século ficando conhecida para sempre na História de Portugal pelo nome de Maria da Fonte, não foi apenas uma! Nem somente as sete apontadas…
Foram várias as mulheres que munidas de foices e outros instrumentos de labor agrícola fizeram “face aos Cabrais falsos à Nação”… Este foi assim um trabalho conjunto que mostrou a mentalidade da maioria da população, do século XIX, que exigia que o último sono fosse passado na casa de Deus. As crenças religiosas destas populações levou-as a não compreender os argumentos apresentados pela ciência, guiada pela luz da racionalidade, em prol da saúde do povo de antigamente. É compreensível que o rastilho para o conflito tenham sido as Leis de Saúde, medidas consideradas demasiado progressivas para a mentalidade da época, sobretudo nas comunidades camponesas, onde o apego à tradição e ao conservadorismo não conseguiu lidar de forma apaziguadora com a mudança e o progresso.
“Terra das (Marias) da Fonte ou fontanário, história com histórias…” é, sem sombra de dúvida, uma obra que nos permite reafirmar que o “Inspirador” não se escuda numa escrita que ofusca ou que esconde os seus ideais e os seus pensamentos com receio da crítica ou das polémicas que possam daí advir… Apreciador acérrimo das “críticas construtivas em forma de humor” sabe lidar de forma lúcida, sapiente e sem temores com idealismos contrários aos seus.
A Revolução do Minho de 1846, mais conhecida por Revolução da Maria da Fonte, é provavelmente um dos acontecimentos mais cativantes da História de Portugal do século XIX. O interesse que este tema despertou, desperta e, esperemos, que continue a despertar, nos tempos vindouros, deve-se ao mistério, às críticas e às polémicas que até à actualidade permanecem vivas… Esta obra, que o leitor tem nas suas mãos, aviva a memória da heroína ou heroínas que ousaram fazer face às medidas promulgadas pelo poder vigente da altura e reencendeia a polémica em torno desta figura ou figuras da História de Portugal…
A História é a memória dos homens de outrora, do seu tempo, enfim da época em que viveram… Portanto, caro leitor através de obras como esta que tendes em vossa posse a imortalidade da Maria ou das Marias da Fonte permanecerá viva e intocável… Enquanto a memória dos seus corajosos e destemidos feitos se conservar sobre a terra, ela ou, neste caso, elas viverão… E para o bem da História e da Maria ou das Marias da Fonte ainda bem que assim o é…
Ana Sofia Pinto
Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto, Professora, Licenciou-se em História na Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e é autora do livro: O Mistério da Maria da Fonte
evela os seus ideais, ou seja, a sua forma de pensamento. E é precisamente a sua coragem em brotar para o papel, sem artifícios, o que a sua mente Pensa e o que o seu coração Sente que tem despertado tantas críticas e polémicas em torno da sua pessoa.
“Filho” da Póvoa de Lanhoso, fez do mundo o seu palco de vida. O que a distância torna longe o coração aproxima; o que o Tempo faz esquecer a saudade relembra…
Este autor multifacetado, que se inspira nas coisas simples da vida, tem calcorreado incansavelmente as largas avenidas da experiência no sentido de ampliar a sua visão do mundo e do conhecimento. Ama inegavelmente a cultura e tem a clara percepção de que é fundamental proceder à sua promoção e divulgação, de forma a que esta não se esconda na poeira espessa do desconhecimento tornando-se assim invisível aos olhos ávidos dos que a amam e apreciam.
“Poeta, crítico, escritor, jornalista e repórter”, a sua imaginação e criatividade não tem limites, não se esconde por detrás do conforto castrador de um único género literário.
Nesta obra, o escritor “Quelhas” apresenta ao leitor as diferentes versões dos autores que se inspiraram na heroína que se impôs contra os enterramentos fora das igrejas, adros e claustros, uma providência higiénica recomendada pelo progresso científico e técnico da época. Esta é também uma obra que nos fala da lenda do povo e que não esquece as letras dos compositores em torno daquela figura “mítica”, ou não, que se impôs contra as Leis de Saúde e o lançamento de um novo sistema de impostos que agravaria ainda mais a carga fiscal que recaía sobre as populações do Portugal de outrora.
O autor defende que as diversas obras que têm surgido sobre a revolta que eclodiu na freguesia de Fonte Arcada, concelho da Póvoa de Lanhoso, mostram heterogeneidade embora a fonte de inspiração seja em todas elas a Maria da Fonte.
Apontam-se, essencialmente, sete nomes como possíveis Marias da Fonte… Mas qual delas terá sido a verdadeira mentora da Revolução, decorrida em 1846? Para o “Inspirador” é fácil a resolução do enigma relativamente à verdadeira identidade desta figura heróica…Ele defende que a heroína, que ousou desafiar o século ficando conhecida para sempre na História de Portugal pelo nome de Maria da Fonte, não foi apenas uma! Nem somente as sete apontadas…
Foram várias as mulheres que munidas de foices e outros instrumentos de labor agrícola fizeram “face aos Cabrais falsos à Nação”… Este foi assim um trabalho conjunto que mostrou a mentalidade da maioria da população, do século XIX, que exigia que o último sono fosse passado na casa de Deus. As crenças religiosas destas populações levou-as a não compreender os argumentos apresentados pela ciência, guiada pela luz da racionalidade, em prol da saúde do povo de antigamente. É compreensível que o rastilho para o conflito tenham sido as Leis de Saúde, medidas consideradas demasiado progressivas para a mentalidade da época, sobretudo nas comunidades camponesas, onde o apego à tradição e ao conservadorismo não conseguiu lidar de forma apaziguadora com a mudança e o progresso.
“Terra das (Marias) da Fonte ou fontanário, história com histórias…” é, sem sombra de dúvida, uma obra que nos permite reafirmar que o “Inspirador” não se escuda numa escrita que ofusca ou que esconde os seus ideais e os seus pensamentos com receio da crítica ou das polémicas que possam daí advir… Apreciador acérrimo das “críticas construtivas em forma de humor” sabe lidar de forma lúcida, sapiente e sem temores com idealismos contrários aos seus.
A Revolução do Minho de 1846, mais conhecida por Revolução da Maria da Fonte, é provavelmente um dos acontecimentos mais cativantes da História de Portugal do século XIX. O interesse que este tema despertou, desperta e, esperemos, que continue a despertar, nos tempos vindouros, deve-se ao mistério, às críticas e às polémicas que até à actualidade permanecem vivas… Esta obra, que o leitor tem nas suas mãos, aviva a memória da heroína ou heroínas que ousaram fazer face às medidas promulgadas pelo poder vigente da altura e reencendeia a polémica em torno desta figura ou figuras da História de Portugal…
A História é a memória dos homens de outrora, do seu tempo, enfim da época em que viveram… Portanto, caro leitor através de obras como esta que tendes em vossa posse a imortalidade da Maria ou das Marias da Fonte permanecerá viva e intocável… Enquanto a memória dos seus corajosos e destemidos feitos se conservar sobre a terra, ela ou, neste caso, elas viverão… E para o bem da História e da Maria ou das Marias da Fonte ainda bem que assim o é…
Ana Sofia Pinto
Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto, Professora, Licenciou-se em História na Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e é autora do livro: O Mistério da Maria da Fonte 


Natal, já não é o que era
Já lá foi o tempo de criança
Já lá foi o tempo de crença
Que “Eu” adorava na infância
Agora vivemos o fantasma do Natal
Aquele, que “Eu” não acredito
Passou a uma época Artificial
Para qualquer pequenito
Palavra Natal, para quê?
Se esta é uma realidade branca
Os adultos sabem porquê
Aquilo que sente uma criança
São tempos que lá foram
E o Natal ficou sem sentido
O povo está revoltado
E o Mundo está perdido
Hoje em dia, Natal funciona
Com o comércio das prendas
Os estabelecimentos abarrotam
Com tantas encomendas
No seio da família, então
Pouco ou nada funciona decerto
No Natal vai um p’ra cada lado
E as nossas casas, ficam um deserto
Na ceia de Natal, enfim
A abundância da luxúria é evidente
Poucos se lembram de ti e de mim
Muito menos do amigo ou familiar doente
Para uns há muita fartura
Que no fim muito sobra
Tomaram sobras, os mendigos
E os pobres por esse Mundo fora
Pão-de-ló no meu bloco - Escrevi
Bolo-rei também - Encomendei
Rabanadas bastante - Comi
Batata nem vê-las - Enjoei
Bacalhau bastante - Encheu
Couve penca pouco - Sobra
Polvo comi, comeste - Comeu
Cabrito era tanto que até deitei – Fora
E é a fartura e, o perímetro que escrevi, que, me fazem chegar a esta conclusão…


