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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Crianças separadas das famílias, um problema que cresce no Luxemburgo

Crianças separadas das famílias, um problema que cresce no Luxemburgo

A Revista Repórter X tem recebido um número crescente de denúncias preocupantes vindas de vários países europeus, como o Luxemburgo, a Suíça, a Alemanha e Portugal. Estas queixas relatam situações graves de separações forçadas de crianças, esquemas de corrupção nos serviços médicos e decisões judiciais manipuladas, revelando uma realidade persistente e profundamente injusta que afecta pais e filhos há vários anos.

 

Um caso emblemático envolve um casal de pais portugueses residentes no Luxemburgo, cuja filha gémea, com deficiência, foi retirada brutalmente da sua guarda e, segundo afirmam, com base em relatórios médicos falsificados. Esta situação viola vários tratados internacionais, incluindo a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

 

A menina, acompanhada há vários anos em Coimbra por médicos especializados, começou a manifestar sinais evidentes de sofrimento em Março de 2024: vómitos constantes, perda de peso e agravamento do seu estado de saúde. Os pais alertaram repetidamente para a necessidade urgente de alterar a alimentação e realizar testes de alergias alimentares, mas foram ignorados. Só meses depois, com a alteração da dieta, os vómitos cessaram, confirmando a negligência médica que prejudicava a saúde da criança.

 

Entretanto, os pais denunciam estar a ser pressionados para autorizar múltiplas cirurgias invasivas – coluna, anca, estômago – sem possibilidade de obter uma segunda opinião em Portugal, como é seu direito. Alegam também estar a ser silenciados e afastados à força, com a suspensão da autoridade parental num processo que descrevem como “sujo, injusto e orquestrado para nos calar”.

 

A criança, incapaz de se exprimir verbalmente, mas consciente do que a rodeia, está agora isolada, sem o carinho dos pais nem o conforto das irmãs, vivendo uma “prisão sem muros” que causa enorme sofrimento emocional à família.

 

Estes casos envolvem práticas obscuras em hospitais de referência, onde certos médicos recorrem a relatórios falsificados para desacreditar os pais, classificando-os injustamente com problemas psiquiátricos graves. Esta estratégia serve para justificar a imposição de tratamentos experimentais e protocolos médicos sem o consentimento das famílias, afastando os pais das decisões fundamentais sobre a saúde dos seus filhos.

 

Uma médica francesa, especializada em pediatria e cuidados a polideficientes, é uma figura central nestas denúncias no Luxemburgo. Inicialmente vista como uma heroína do sistema de saúde, tem vindo a ser associada a práticas ilegais e abusivas, incluindo o tráfico de dados sensíveis entre hospitais do Luxemburgo, Alemanha e Portugal, sem autorização dos pacientes. A médica está relacionada com o caso de um menino em França e agora redige relatórios falsificados para fazer passar pais por pessoas com graves problemas psiquiátricos, obrigando crianças a tratamentos oncológicos e experimentais, controlados em hospitais alemães, como o hospital de Homburg, com quem o Luxemburgo tem acordos de cooperação.

 

As vítimas são, em grande parte, famílias estrangeiras, monoparentais, com poucos recursos e sem conhecimento jurídico para se defenderem. Estas famílias são frequentemente manipuladas por advogados e pelas autoridades locais, transformando as retiradas abusivas das crianças num negócio lucrativo em crescimento.

 

A corrupção e o silêncio da imprensa oficial tornam-se cúmplices desta situação, com jornais locais a serem pressionados a não dar voz às famílias. Um jornal no Luxemburgo que denunciou estas práticas foi silenciado após buscas domiciliárias e pressão institucional, apesar de ter ganho processos no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

 

O problema tem uma dimensão transnacional e complexa, envolvendo instituições portuguesas importantes como o IPO de Lisboa e o Hospital Pediátrico de Coimbra. Tentativas de recorrer a instâncias judiciais e diplomáticas são muitas vezes infrutíferas, pois embaixadas não intervêm em assuntos judiciais estrangeiros, mesmo perante provas documentadas de falsificação de relatórios médicos.

 

Este cenário está a ser levado à atenção de entidades internacionais, como a Comissão Europeia e as Nações Unidas, numa tentativa de pôr fim a este tráfico e abuso de poder. As autoridades nacionais estão a ser pressionadas a abrir inquéritos, nomeadamente o Ministério da Saúde, a Entidade Reguladora da Saúde e a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde.

 

Mariazinha, que acompanha de perto estas histórias, tem vindo a apoiar e a denunciar estas injustiças, enquanto deputados sensíveis ao problema procuram dar voz aos emigrantes e às suas dificuldades no Parlamento. É fundamental que estas situações sejam mediatizadas para que a sociedade conheça a realidade e haja pressão pública suficiente para mudanças reais.

 

Estas retiradas abusivas e o abuso do sistema médico-jurídico são um problema que ultrapassa fronteiras e exige respostas coordenadas e firmes. A justiça internacional e europeia tem um papel decisivo para garantir que os direitos destas crianças e famílias sejam respeitados e protegidos.

 

Este relato foi apresentado ao pré-candidato à presidência da República, João Carlos Quelhas, que acompanha de perto estes processos e pretende lutar por uma maior justiça e transparência para os emigrantes portugueses e suas famílias, vítimas destas injustiças.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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