Pesquisar neste blogue

Übersetzung in Ihre Sprache

Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Grave caso de negligência médica em parto expõe falhas no sistema hospitalar suíço

 

Grave caso de negligência médica em parto expõe falhas no sistema hospitalar suíço

 


Maria viveu um parto traumático que evidenciou sérias falhas no sistema de saúde, resultando em graves consequências físicas e emocionais para ela e para a filha recém-nascida. Desde a manhã até à noite, Maria aguardou com uma barriga muito grande para ter a filha, sem que lhe provocassem as dores do parto necessárias. Por falta de enfermeiros, médicos ou espaços — o motivo exacto não está claro — foi deixada para o último lugar na fila de atendimento.

 

Quando chegou ao limite e já precisava urgentemente de uma cesariana para salvar a sua vida e a da criança, os médicos e enfermeiros decidiram realizar um parto vaginal, cortando-lhe a vagina sem qualquer explicação ou pergunta, enquanto um familiar assistia a tudo. Durante essa tentativa, Maria desmaiou três ou quatro vezes devido às dores intensas e ao sofrimento extremo.

 

A filha nasceu em risco, quase sem respirar, tendo que ser assistida imediatamente. Apesar de ser uma criança de grande porte, a bebé foi levada para a incubadora porque não respirava bem. Já no quarto, tentaram colocar a filha para Maria amamentar, mas Maria não conseguiu dar leite materno por estar sem forças. Negaram-lhe o leite de biberão, e a criança, com fome, teve que voltar para a incubadora. Esta situação traumática agravou-se com a pressão para que Maria cuidasse sozinha da filha e lhe desse leite antes de estar preparada, afectando-a profundamente no plano psicológico e moral.

 

Maria acusa os médicos e enfermeiros e principalmente a parteira por agressão verbal e de negligência médica, pois o tempo prolongado de espera no parto poderia ter custado a vida a ambas. Fez uma queixa ao seguro de protecção, a Protekta, que foi recusada. Segundo Maria e o familiar que acompanhou o caso, o sistema de saúde suíço protege interesses próprios, muitas vezes à custa do ser humano, num sistema que aparenta ser corrupto e discriminatório.

 

Após o nascimento e a saída do hospital, uma assistente social visitava Maria diariamente em sua casa para dar instruções e verificar o estado de saúde de mãe e filha, o que ajudou, mas Maria nunca recuperou completamente. Voltou ao trabalho a 60%, sofrendo ataques de choro, cansaço extremo e sintomas claros de depressão pós-parto. Procurou ajuda psicológica, mas a psicóloga ignorou o seu sofrimento, afirmando que Maria estava saudável e dispensava acompanhamento, chegando mesmo a renunciar ao caso e a informar o médico de família que a paciente não necessitava de baixa médica. Maria chegou a pensar que quem deveria ter ajuda psicológica, era também a própria profissional! Este médico recusou então emitir nova baixa quando Maria a solicitou. O papel dos profissionais de saúde é ajudar e não piorar o estado moral e psicológico do seu paciente.

 

Maria viu-se obrigada a procurar uma nova psicóloga, que confirmou a necessidade de tratamento e comunicou ao médico. Ainda assim, ele manteve a recusa em emitir a baixa, numa decisão que Maria acredita estar influenciada por corrupção e pressões dentro do sistema de saúde. Contudo, a nova psicóloga contactou o médico novamente, que em princípio vai emitir uma baixa médica de 100% para que Maria possa descansar, pois não é normal que, quase um ano depois do parto, a situação se agrave em vez de melhorar.

 

Durante este período, Maria matriculou-se num curso profissional para melhorar as suas qualificações e conseguiu conciliar o trabalho a 60% com o curso, apresentando melhorias enquanto estudava. Contudo, após ter pedido um aumento pelas equivalências acrescidas nos estudos, que foi negado, acabou por ser despedida, o que agravou ainda mais a sua condição psicológica.

 

Além das consequências emocionais, Maria enfrenta dores físicas intensas, especialmente durante as relações sexuais, que podem resultar de uma cozedura inadequada após o parto. Estes sintomas são comuns em mulheres que sofreram traumas graves no parto ou experiências negativas no pós-parto.

 

Maria está actualmente a trabalhar apenas a 60%, sob acompanhamento médico especializado, e poderá precisar de baixa médica total caso não melhore. O acompanhamento é realizado pelo médico de família, ginecologista, psicóloga e parteira que prestou serviços em casa. Os relatórios destes profissionais serão enviados para análise e tomada das providências necessárias.

 

A família e Maria exigem não só respeito e respostas pelos danos sofridos, mas também mudanças urgentes no sistema hospitalar para evitar que casos semelhantes voltem a acontecer. Solicita-se uma resposta formal com pedido de desculpas e a atribuição das responsabilidades pelas falhas cometidas durante o parto.

 

Por fim, a resposta da Protekta, entidade responsável pela defesa dos direitos dos segurados, revelou um desinteresse preocupante e uma postura que favorece as instituições em detrimento dos clientes. A família sente-se desrespeitada, sem o devido apoio humano e atenção que mereciam. Este caso revela não apenas falhas médicas, mas também negligência e falta de compromisso das instituições responsáveis.

 

Este alerta vem reforçar a necessidade urgente de reformar o sistema de saúde, combater a negligência médica e a corrupção, e garantir que as mulheres tenham o apoio necessário no pós-parto para cuidarem de si e das suas crianças, sem sofrerem abusos ou serem ignoradas.



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Sem comentários: