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domingo, 22 de junho de 2025

O desmentido e contraditório sobre a adopção dos filhos

O desmentido e contraditório sobre a adopção dos filhos:

 


Plataforma que deu voz à Márcia, mãe biológica, exige provas para além de palavras.


A revista Repórter X propôs uma nova live com direito ao contraditório, que será conduzida por João Quelhas, tal como a primeira live.

 

Após a primeira entrevista pública com Márcia, mãe biológica que denunciou a separação dos seus filhos por alegada adopção irregular, surgiu uma mensagem enviada por uma conterrânea, voluntária ligada à causa de desaparecidos e adopções no Brasil, com o objectivo de desmentir parte do conteúdo da referida entrevista.

 

Segundo a voluntária, a adopção dos filhos de Márcia terá ocorrido dentro da legalidade, sustentando que o processo foi feito segundo os trâmites do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em resultado da perda da guarda por parte da mãe, alegadamente devido a um contexto familiar grave, envolvendo violência, criminalidade e possível abuso sexual. A voluntária afirmou ainda que os próprios familiares de Márcia terão entregue os menores a uma instituição e que, hoje, ambos já seriam maiores de idade, podendo, se desejarem, aceder aos processos de adopção e procurar a mãe.

 

No entanto, perante tais declarações, a redacção da plataforma que deu voz à Márcia, e que continuará a garantir espaço para todas as partes, afirma que não recebeu qualquer documento de prova por parte da denunciante, nem da parte da voluntária. Ou seja, estamos perante versões distintas, mas nenhuma delas foi apresentada com elementos materiais ou judiciais que sustentem inequivocamente os factos.

 

Contraditório:

Segundo a Professora Ângela Tinoco, responsável pela revisão editorial, o problema maior reside na possibilidade de os nomes dos menores terem sido alterados durante o processo de adopção, o que inviabilizaria qualquer reencontro por meio de testes de ADN, como sugerido pela voluntária.

 

“A frase ‘quando eles fizerem o teste, poderão encontrá-la’ parte do princípio de que os dados usados na adopção são verdadeiros. Se houve manipulação, como se suspeita, então isso torna-se improvável”, afirma a professora.

 

Para garantir justiça e equilíbrio, a redacção prepara agora uma nova live com a presença da voluntária, onde será dado pleno direito ao contraditório, tal como já havia sido feito na entrevista anterior com a Márcia. Esta nova transmissão será conduzida por João Quelhas, que já anteriormente deu a cara por esta história sensível, numa tentativa de esclarecer a verdade.

 

Conclusão:

Nem a denúncia pública da mãe, nem o desmentido da voluntária foram acompanhados de provas concretas. Esta plataforma não tem por missão julgar, mas dar voz e visibilidade a quem a solicita. No entanto, exige responsabilidade às partes envolvidas, e garante que, sem documentos, nenhuma versão será validada como definitiva.

 

A verdade, se existir, terá de ser construída com factos, não apenas com palavras.

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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