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sábado, 28 de junho de 2025

Fundação Wisli, promessas de inclusão e a dura realidade de quem espera - Revista Repórter X notícia | denúncia social | suíça | inclusão | mundo

Revista Repórter X
notícia | denúncia social | suíça | inclusão | mundo


Fundação wisli, promessas de inclusão e a dura realidade de quem espera


bülach (zürich), suíça –

No coração do bairro Glasi, em Bülach, ergue-se a Fundação Wisli, uma instituição que, segundo as suas próprias palavras, «promove a inclusão de pessoas com perturbações psíquicas» e «oferece habitação, trabalho e integração» num ambiente supostamente protegido. Mas por detrás das palavras simpáticas, dos ateliers com nomes bonitos – GenussWerk, KreativWerk, GartenWerk –, esconde-se uma realidade bem diferente para quem, de facto, precisa de ajuda urgente.

O caso chegou à nossa redacção por intermédio de João Carlos Veloso Gonçalves, porta-voz da Revista Repórter X na Suíça, e relata a história de um candidato que, após anos de dificuldades de saúde – incluindo um transplante renal – e com forte motivação para se reintegrar no mercado de trabalho, foi encaminhado à Fundação Wisli pelo RAV (Centro de Emprego). Mas ao invés de acolhimento e compreensão, encontrou silêncio institucional e portas fechadas.

“A Wisli afirma, em todos os canais, que quer apoiar pessoas com limitações. No entanto, quando alguém bate à porta com um historial clínico legítimo, pronto para trabalhar e colaborar em equipa, a resposta é nenhuma. Nem uma chamada de volta, nem uma entrevista”, denuncia João Carlos.

A Fundação, que se apresenta como “empregadora atractiva” e “aliada da inclusão”, recebe apoios estatais e donativos privados precisamente para acolher estes candidatos. No entanto, a selecção dos beneficiários parece seguir critérios obscuros e pouco transparentes, deixando para trás os que mais precisam: doentes, emigrantes, pessoas sem rede familiar ou rendimentos.

“Prometer futuro e devolver silêncio é uma forma cruel de exclusão”, acrescenta João Carlos. “O assistencialismo não pode ser decorativo. Se Wisli não está preparada para acolher, então que o diga com frontalidade. Mas não pode continuar a alimentar a esperança dos frágeis com palavras de marketing social.”

A Revista Repórter X apela agora a um esclarecimento público por parte da direcção da Fundação Wisli, bem como à intervenção dos serviços sociais do Cantão de Zürich, que têm responsabilidade directa na supervisão destas entidades.

A inclusão começa na verdade. E a verdade, neste caso, está à espera de ser escutada.


Autor: Quelhas
revista repórter x – voz dos que não têm voz

 


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