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quinta-feira, 26 de junho de 2025

A administração do bairro Glasi proíbe bandeiras nas varandas: moradores respondem com vozes da raiz e da diversidade

A administração do bairro Glasi proíbe bandeiras nas varandas: moradores respondem com vozes da raiz e da diversidade


A administração do bairro Glasi enviou uma comunicação a todos os moradores, onde afirma:

“A mensagem tem como objectivo garantir que as casas apresentem uma aparência uniforme do exterior, e que não seja cada inquilino a pendurar uma bandeira na balaustrada da varanda. Por um lado, não fica bonito, e por outro, pode provocar provocações e discussões desnecessárias.”

Porém, esta afirmação não parece ser apenas fruto de uma vistoria ocasional, mas sim consequência de queixas internas, possivelmente de um ou mais moradores incomodados com a livre expressão cultural dos demais.

Na resposta que um dos moradores dirigiu à administração, assinala-se com firmeza que não faz sentido restringir a liberdade de expressão cultural, dentro dos limites do respeito e da legalidade.

“Quando falamos de bandeiras, o que se vê, e sempre se viu, são as bandeiras dos países de origem dos próprios moradores. Isso, longe de ser ofensivo, é belo. Faz parte das nossas raízes e deve ser respeitado.”

Esta prática torna-se especialmente visível durante eventos como o Campeonato Europeu e o Mundial de futebol, quando as varandas se transformam em verdadeiros mosaicos de orgulho e identidade.

O bairro Glasi é descrito como um dos mais multiculturais do mundo, onde dezenas de nacionalidades, cores, línguas e sonhos coexistem pacificamente.

“Glasi não é uma prisão estética, nem um condomínio de elites neuróticas. É um bairro. Dizer que uma bandeira pode provocar discussões é admitir que vivemos num ambiente hostil, o que não corresponde à verdade.”

A resposta conclui com um apelo à reflexão, criticando duramente a chamada “grupeta” que vigia as casas alheias, pedindo que a administração se dedique a questões mais importantes para o bairro e não a trivialidades.

Para reforçar este ponto, uma carta foi dirigida à Comuna, onde se apontam outras prioridades para o bairro e para a cidade, evidenciando uma visão de futuro focada na segurança, acessibilidade e convivência.

Em resposta, a Câmara de Bülach agradeceu o contacto, ao que a Revista Repórter X retribuiu:

Prezado Sr. Marcel Peter,
Senhoras e Senhores da Cidade de Bülach,

A Revista Repórter X gostaria de agradecer muito por sua resposta atenciosa e por encaminhar nossas informações aos departamentos competentes.

É encorajador saber que as preocupações dos moradores são levadas a sério. Continuamos atentos e comprometidos com a segurança, a qualidade de vida e o bem comum de todos os moradores de Bülach.

Ficaríamos satisfeitos se nos pudessem informar sobre medidas concretas assim que forem decididas ou implementadas. Como dissemos, a Gfeller deve acompanhar a evolução da Glasi e deixar as mesquinhices para os mesquinhos!


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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