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quarta-feira, 25 de junho de 2025

O Facebook compactua com conteúdos duvidosos e ignora denúncias de figuras públicas

O Facebook compactua com conteúdos duvidosos e ignora denúncias de figuras públicas.


O Facebook continua a permitir a publicação de conteúdos questionáveis, contradizendo as suas próprias políticas de comunidade, ao mesmo tempo que responde com indiferença e burocracia a denúncias legítimas feitas por utilizadores de boa-fé, inclusive figuras públicas.

 

Nos últimos tempos, multiplicam-se os casos de vídeos com conteúdo sexual disfarçado, jogos de azar, páginas de sedução e propostas de encontros pagos, venda de animais vivos, tarô, videntes, venda de roupas e produtos sem qualquer controlo de qualidade, entre muitos outros abusos que o Facebook não só permite como promove através do seu algoritmo. O que se esperaria ver censurado ou moderado, é muitas vezes tolerado ou até impulsionado, enquanto denúncias sérias são ignoradas.

 

O caso mais recente envolve uma figura pública portuguesa; Quelhas, nome literário de João Carlos Veloso Gonçalves, escritor, responsável por uma revista independente e potencial candidato à Presidência da República Portuguesa. Segundo o próprio, as suas denúncias foram desconsideradas, e a resposta automática enviada pelo Facebook revela uma atitude fria, desumanizada e desequilibrada:

 

“Agradecemos a sua denúncia. Com base nas informações que forneceu, reparámos que está a denunciar conteúdo que, no seu entender, desrespeita os seus direitos de autor. No entanto, para processar a sua denúncia, necessitamos do seguinte...”

 

A resposta — redigida num tom impessoal e sem qualquer referência à gravidade das queixas, foi recebida com indignação:

 

“Fiz mais que uma denúncia ao longo dos tempos e não sei a que denúncia aqui se referem. Podem ser vocês a ver o problema que sugere a reclamação! Denunciei várias vezes que pessoas usam vídeos, postagens e voz da minha pessoa. Sou figura pública, escritor, chefe de uma revista e possível candidato à Presidência da República Portuguesa. O Facebook permite ataques cerrados à minha pessoa e não faz nada. A mim, por qualquer pequena coisa, fazem advertências. O Facebook não é isento!”

 

As denúncias referem-se a situações concretas em que a imagem, a voz e até publicações do autor foram usadas sem autorização, numa violação clara de direitos de autor e de direitos de personalidade. Segundo Quelhas, a falta de acção por parte do Facebook revela não apenas negligência, mas também uma escolha clara: tolerar abusos contra quem defende a justiça e a ética, enquanto se promove o entretenimento barato, o sensacionalismo e conteúdos que em nada contribuem para uma sociedade informada e equilibrada.

 

Este caso levanta sérias questões sobre a forma como as grandes plataformas digitais escolhem moderar o conteúdo: será que o Facebook se tornou numa ferramenta de propaganda, onde se silencia a verdade e se protege o que é rentável, mesmo que seja imoral ou ilegal?

 

A Revista Repórter X Editora Schweiz continuará a acompanhar e a denunciar estes atropelos, exigindo que se faça justiça e que o respeito pelos direitos dos cidadãos, figuras públicas ou não, seja garantido.

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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