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sábado, 22 de março de 2025

Carta: A Máfia dos Seguros na Suíça em tudo que envolva instituições e clientes

Carta: A Máfia da Suíça em tudo que envolva instituições e clientes:

1. PEDIDO LEGAL

1. O recurso deve ser considerado inadmissível.


2. Caso contrário, o recurso deve ser rejeitado na íntegra.


3. Subsidiariamente: O recurso deve ser eliminado do protocolo comercial como sem objeto, com consequências de custos e indemnizações.


2. FUNDAMENTAÇÃO

1. Por decisão de 17 de fevereiro de 2025, o Tribunal de Seguros Sociais do Cantão de Zurique concedeu à recorrente um prazo de 30 dias, a partir do recebimento da decisão, para apresentar um recurso. A decisão foi enviada em 19 de fevereiro de 2025, garantindo que o prazo para apresentação foi respeitado.


2. No seu recurso de 8 de fevereiro de 2025, a recorrente solicitou a emissão de um comprovativo de rescisão do seguro pela KPT, alegando que precisava deste documento para continuar segurada junto à Assura e poder liquidar os prémios pendentes. Além disso, indicou que a seguradora ainda não lhe forneceu uma justificação detalhada para a rescisão. Acrescentou ainda que não recebeu uma rejeição formal com uma explicação detalhada da rescisão.


3. Relativamente às pendências financeiras da recorrente perante a seguradora, a KPT baseia-se no artigo 64a, parágrafo 6, da Lei Federal do Seguro de Saúde (KVG), que exige que os atrasos de pagamento sejam regularizados. A recorrente foi notificada para a regularização, mas não efetuou o pagamento até 31 de dezembro de 2024, levando ao encerramento do contrato e rescisão do seguro. A rescisão foi comunicada à recorrente e à Assura, confirmando que desde 1 de janeiro de 2025 está coberta pelo seguro obrigatório da Assura.


4. Com base nestes factos, o recurso deve ser considerado inadmissível. No presente caso, não há um ato administrativo que possa ser contestado conforme o artigo 56, parágrafo 1, da Lei sobre a Parte Geral do Direito de Seguros Sociais (ATSG). Assim, não há objeção impugnável por parte da recorrente.


5. Caso o tribunal considere a reclamação da recorrente como uma questão de atraso na decisão (nos termos do artigo 56, parágrafo 2, do ATSG), a seguradora rejeita esta alegação. O artigo 56, parágrafo 2, ATSG apenas permite um recurso caso a entidade seguradora não tenha emitido uma decisão no prazo adequado. No entanto, uma decisão foi emitida e a situação foi esclarecida dentro do período estipulado. Como referência, a legislação prevê um prazo de 30 dias para a emissão de decisões administrativas.


3. CONCLUSÃO

1. A seguradora não se recusou a emitir uma decisão e não houve qualquer atraso. Também não há fundamento para uma alegação de atraso processual, pois a recorrente já havia sido informada, por e-mail em 14 de janeiro de 2025 e por carta em 4 de fevereiro de 2025, da rescisão do contrato. Além disso, a recorrente foi notificada sobre a rescisão pelo Tribunal de Seguros Sociais em 8 de fevereiro de 2025. Portanto, não há razão para alegar um atraso ou contestar o conteúdo da comunicação.


2. Como pedido subsidiário, a seguradora solicita que o procedimento seja arquivado por falta de objeto. A recorrente foi devidamente informada da situação legal e material, e a questão litigiosa foi resolvida com a confirmação da Assura de que o seguro da recorrente está ativo.


3. Assim, o recurso deve ser eliminado do protocolo por falta de objeto.


4. PROVAS

Cancelamento do contrato de seguro em 22.11.2024

Confirmação do cancelamento em 03.12.2024

Carta da seguradora em 14.01.2025

Recurso da recorrente em 08.02.2025

Resposta da KPT ao tribunal em 11.03.2025


Com os melhores cumprimentos,

Barbara Dellenbach
Diretora Jurídica, KPT Krankenklasse AG

Eric Blatter
Advogado, KPT Krankenklasse AG

Anexos: Documentos oficiais


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Erros grosseiros de informação da Segurança Social Portuguesa sobre direitos à reforma e pensão de invalidez

Erros grosseiros de informação da Segurança Social Portuguesa sobre direitos à reforma e pensão de invalidez:


Um cidadão residente na Suíça enviou dois pedidos formais à Segurança Social Portuguesa, solicitando esclarecimentos sobre os seus direitos à reforma e sobre o estado do seu pedido de pensão de invalidez. A situação está marcada por erros evidentes nos registos de datas e anos de descontos, além da omissão de informações sobre o tempo de trabalho nas empresas onde a cidadã descontou.

No primeiro pedido, o cidadão questiona a discrepância entre os anos de descontos registados pela Segurança Social e os anos efectivamente trabalhados e descontados. A Segurança Social indicou que ele terá trabalhado e descontado por 18 anos, no entanto, o cidadão, com base nas datas registadas na carta, conclui que o período total de descontos descreve, na realidade, a 15 anos e 11 meses e não 18 anos. Ou seja, falta cerca de 2 anos e 1 mês para completar os 18 anos registados pela Segurança Social. No entanto os descontos na totalidade são de 24 anos.

Adicionalmente, o cidadão aponta que, durante os últimos 16 anos em que trabalhou numa das empresas, os descontos não foram devidamente registados pela Segurança Social. O primeiro e segundo emprego não bate certo nas datas de descontos... A falha na inclusão dos descontos feitos nessa empresa é também mencionada, o que agrava ainda mais a situação. O cidadão solicita, portanto, que a Segurança Social corrija os registos de forma precisa, reflectindo adequadamente o tempo de trabalho e descontos efectuados nas três entidades onde trabalhou.

No segundo pedido, relacionado à pensão de invalidez, o cidadão questiona a falta de informações claras sobre o estado do seu pedido. A Segurança Social Portuguesa solicitou os dados bancários para o depósito da pensão, mas não esclareceu se o pedido foi aprovado, quais os valores devidos nem a data de início do pagamento. O cidadão também menciona que a Segurança Social Suíça já se pronunciou sobre o processo, mas sem fornecer detalhes.

Dada a falta de clareza nos registos de descontos e a omissão de informações cruciais, o cidadão expressa o seu desagrado e solicita uma resposta clara e detalhada da parte da Segurança Social Portuguesa. Ele informa que, devido à sua residência na Suíça, não tem acesso a documentos físicos, mas está disponível para enviar de novo cópias da comunicação entre as Segurança Sociais Portuguesa e Suíça, se necessário.

O cidadão aguarda uma resposta urgente das autoridades competentes para que os erros sejam corrigidos e os seus direitos sejam reconhecidos de forma justa e precisa.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

No Dia Mundial da Água, Mãe e Filha menor vivem sem Água Potável há meses e denunciam negligência das autoridades

No Dia Mundial da Água, Mãe e Filha menor vivem sem Água Potável há meses e denunciam negligência das autoridades

Hoje, 22 de Março, assinala-se o Dia Mundial da Água, uma data que deveria ser de reflexão sobre a importância deste recurso essencial à vida. No entanto, para uma mãe reformada por invalidez e a sua filha menor, esta data apenas reforça a injustiça e a indiferença das autoridades. Há meses que vivem sem acesso a água potável na sua casa, localizada numa rua em Ermesinde, sem que qualquer entidade assuma responsabilidade ou providencie uma solução.

A situação foi relatada à Revista Repórter X Editora Schweiz por várias vezes, acompanhada de um vídeo que expõe as condições degradantes do edifício onde residem. As imagens mostram lixo acumulado dentro das imediações no interior do prédio onde reside. do prédio, destruição de contadores e utilização clandestina de recursos por um grupo que ocupou ilegalmente parte do imóvel. Enquanto isso, a mãe e a filha vivem sem um direito básico: a água.

Um corte arbitrário e a indiferença das entidades

O problema teve início em Setembro passado, quando a residente recebeu três cartas da empresa Be Water, cobrando uma dívida inesperada e de valores exorbitantes. As suas facturas habituais rondavam os 22 euros, mas, subitamente, foi-lhe imputado um consumo anormal que ascende a milhares de euros. Após contacto com a empresa, foi-lhe informado que os contadores estavam destruídos e que a Be Water tinha reportado o caso ao Ministério Público.

Na tentativa de solucionar o problema, a residente assinou um novo contracto de fornecimento de água. No entanto, em Outubro, sem qualquer aviso, o abastecimento foi cortado, alegando-se que o edifício não tem licença de utilização. Importa sublinhar que a habitação está legalizada nas Finanças, e quando a residente ali se instalou, os contadores de água e eletricidade estavam plenamente funcionais.

Sobrevivência sem água: uma vergonha nacional

Sem outra alternativa, a mãe e a filha têm de carregar garrafões de água diariamente e lavar roupa à mão, tomar banho e cozinhar, enfrentando uma situação de sobrevivência indigna de um país que se diz desenvolvido. O acesso à água é um direito humano fundamental reconhecido pela ONU e pela Constituição Portuguesa, mas isso parece não ter peso para a Câmara Municipal de Valongo, que tem ignorado o caso.

A residente recorreu à Junta de Freguesia de Ermesinde e à Câmara Municipal de Valongo, mas foi apenas empurrada de um lado para o outro. Quando conseguiu expor o caso numa Assembleia de Freguesia, foi-lhe sugerido que procurasse apoio jurídico. Ao dirigir-se ao gabinete jurídico da Câmara, informaram-na de que teria de contratar um advogado, algo que não tem possibilidades de fazer. Apenas através da Segurança Social conseguiu apoio para apresentar uma participação criminal ao Ministério Público contra os responsáveis pelos danos causados.

Uma rede de compadrios e incompetência

Apesar das sucessivas denúncias à Be Water, à Câmara Municipal e à Polícia de Segurança Pública (PSP), nenhuma entidade tomou medidas eficazes para resolver a situação. Até mesmo quando denunciou ameaças de morte recebidas de ocupantes ilegais do prédio, a resposta da PSP foi absurda: aconselharam-na a tomar um calmante e a descansar.

A empresa Be Water exige agora uma nova instalação de canos e a renovação completa da rede de abastecimento no primeiro andar, mas o senhorio recusa-se a realizar a obra, alegando que haverá novo furto de água. Mesmo com tudo legalizado, a residente continua sem acesso a água.

Portugal: um país onde a água é privilégio e não direito?

O Dia Mundial da Água deveria ser um lembrete da responsabilidade dos governos em garantir este bem essencial a todos. Mas, em Portugal, parece que a água é privilégio de quem pode pagar, mesmo quando os consumidores são vítimas de fraudes e incompetências.

Como pode um país da União Europeia permitir que uma mãe e uma criança vivam meses sem água potável? Como é possível que uma empresa como a Be Water cobre dívidas sem fundamento e que uma Câmara Municipal ignore um caso de tamanha gravidade?

Enquanto as autoridades mantêm o jogo do empurra, a residente continua sem solução, a lixeira continua a crescer nas imediações do interior do prédio onde reside, a indiferença dos responsáveis atinge proporções revoltantes. A Revista Repórter X Editora Schweiz continuará a expor este caso e a exigir respostas. O direito à água não pode ser negado.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?si=Wurn65N_IyCvGd4i&v=HSbksNzIvzo&feature=youtu.be


Revista Repórter X Editora Schweiz

sexta-feira, 21 de março de 2025

A moleirinha

A MOLEIRINHA 


(Do livro de leitura da 4ª classe de 1951)
Pela estrada plana, toc, toc, toc,
Guia o jumentinho uma velhinha errante
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toc, toc, toc
A velhinha atrás, o jumentinho adiante!...
Toc, toc, a velha vai para o moinho,
Tem oitenta anos, bem bonito rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toc, toc, e fresca como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O jerico ruço duma linda cor;
Nunca foi ferrado, nunca usou retranca,
Tange-o, toc, toc, moleirinha branca
Com o galho verde duma giesta em flor.
Vendo esta velhita, encarquilhada e benta,
Toc, toc, toc, que recordação!
Minha avó ceguinha se me representa...
Tinha eu seis anos, tinha ela oitenta,
Quem me fez o berço fez-lhe o seu caixão!...
Toc, toc, toc, lindo burriquito,
Para as minhas filhas quem mo dera a mim!
Nada mais gracioso, nada mais bonito!
Quando a virgem pura foi para o Egipto,
Com certeza ia num burrico assim.
Toc, toc, é tarde, moleirinha santa!
Nascem as estrelas, vivas, em cardume...
Toc, toc, toc, e quando o galo canta,
Logo a moleirinha, toc, se levanta,
Pra vestir os netos, pra acender o lume...
Toc, toc, toc, como se espaneja,
Lindo o jumentinho pela estrada chã!
Tão ingénuo e humilde, dá-me, salvo seja,
Dá-me até vontade de o levar à igreja,
Baptizar-lhe a alma, prà fazer cristã!
Toc, toc, toc, e a moleirinha antiga,
Toda, toda branca, vai numa frescata...
Foi enfarinhada, sorridente amiga,
Pela mó da azenha com farinha triga,
Pelos anjos loiros com luar de prata!
Toc, toc, como o burriquito avança!
Que prazer d'outrora para os olhos meus!
Minha avó contou-me quando fui criança,
Que era assim tal qual a jumentinha mansa
Que adorou nas palhas o menino Deus...
Toc, toc, é noite... ouvem-se ao longe os sinos,
Moleirinha branca, branca de luar!...
Toc, toc, e os astros abrem diamantinos,
Como estremunhados querubins divinos,
Os olhitos meigos para a ver passar...
Toc, toc, e vendo sideral tesoiro,
Entre os milhões d'astros o luar sem véu,
O burrico pensa: Quanto milho loiro!
Quem será que mói estas farinhas d'oiro
Com a mó de jaspe que anda além no Céu!
Guerra Junqueiro (1850 - 1923)

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Será este ecoturismo/turismo de natureza na Madeira verdadeiro?

Será este ecoturismo/turismo de natureza na Madeira verdadeiro?


 O ecoturismo ou turismo de natureza, é um segmento de actividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva a sua conservação e a busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.
 Não sei onde começou na realidade este tipo de turismo, mas na verdade é muito praticado, na Europa Central e na nossa vizinha Espanha.
 No entanto, a definição de ecoturismo é difícil de aplicar e de controlar, gerando muitas discussões entre especialistas e até entre as populações locais, quando não ordenado e controlado pelas autoridades competentes.
 O ecoturismo é um segmento turístico que proporcionalmente mais cresce no mundo, enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo está a crescer entre 15 a 25% por ano e na Madeira talvez mais.
 A Organização Mundial de Turismo (O.M.T) estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como principal procura o turismo ecológico, mas será esse o praticado e proporcionado na Madeira?
 Em países da Europa central, afasta-se a circulação automóvel e proporciona-se os transportes ecológicos e públicos. Na Madeira em especial no Pico do Areeiro e Pico Ruivo, já começa a haver lixeiras a céu aberto, e o caos de automóveis é o pão-nosso de cada dia.
 A facturação anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimada em 260 bilhões de Euros, do qual a Madeira factura cerca de 75 milhões ou seja quase tanto como o Brasil.
 Embora o trânsito de pessoas e veículos possa ser agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos, é um dos principais meios de educação ambiental e permite a integração e desenvolvimento económico das comunidades locais em áreas de preservação ambiental, mas se for efectivamente tido como ecoturismo e turismo de natureza o que não vem sendo o caso na Madeira.
 O termo já era usado no século de 700 a.C e 800 a.C para designar rotas com belas paisagens ecológicas na África e até na Europa com os tão famosos caminhos de S. Tiago. Ecoturismo é também um segmento turístico em que a principal motivação do turista é, a observação e apreciação da natureza, contribuindo para sua preservação. E na Madeira é assim? O que nos relatam as redes sociais e as pessoas em geral é que há uma falta de civismo e de respeito pela natureza na nova vaga de turistas.
 A população na Madeira é de cerca de 250 mil habitantes, embora não sendo um especialista na matéria, penso que as infra-estruturas básicas, água, luz, e saneamento básico, estradas etc. estejam preparados para o dobro, mas como é que o eco sistema madeirense aguenta com mais de um milhão?
 Hoje qualquer canto serve para estacionar automóveis, não importa se é permitido ou não o importante é haver espaço nem que seja em frente a uma entrada de garagem, numa paragem de autocarro, ou num lugar reservado a deficientes.
 Quando vão caminhar nas levadas os turistas não olham a meios para conseguirem os fins e se o estacionamento não é problema, porque deixam o carro em qualquer sítio mesmo que os moradores não possam passar, o pior é que em caso de necessidade nem os veículos de emergência o podem fazer, ou seja usa-se e abusa-se.
 As Queimadas, um local aprazível, hoje nem os habitantes locais podem passar devido aos estacionamentos abusivos, porque falar em os próprios madeirenses desfrutar da sua terra é impossível.
 Os nossos governantes vangloriam-se com os prémios consecutivos de melhor destino insular do mundo, o que valem esses supostos prémios, diria até duvidosos, o que pensa o comum do madeirense. Paga o custo de vida altíssimo e ganha salários de miséria, quem ganha com tudo isto?
 Para que uma actividade possa ser considerada como de ecoturismo, ela deve garantir pontos fundamentais: conservação dos recursos naturais e culturais; gerar benefícios para as comunidades receptoras; garantir a Educação Ambiental.
 Nenhum destes itens é garantido pelas autoridades na Madeira, os recursos naturais e culturais, são ultrapassados todos os dias. Gerar benefícios para as actividades receptoras, apenas para alguns, mais a grande maioria do madeirense usufrui do seu salário como prestador de serviços e é explorado. A educação ambiental, bem essa está completamente esquecida, não são alguns folhetos distribuídos que vão dar essa garantia, seria sim um maior empenho dos hotéis, guias turísticos, autoridades etc., mas a maioria apenas pensa no benefício próprio. Já é habitual ver turistas a acampar em qualquer local, alguns trilhos estão completamente cheios de lixo deixado pelos seus utilizadores, não falando nas passagens fora de trilhos e abusos de passagens quando as mesmas estão proibidas. Isto é eco turismo ou turismo de natureza? Isto é turismo civilizado e respeitador?
 O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos como pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio ambiente. Isto não acontece na Madeira
 O Ecoturismo, nas levadas, nos picos, etc., devia definir-se como um estado ideal de um turismo que: Minimiza o seu próprio impacto ambiental; será assim na Madeira?
 Patrocina a conservação ambiental; Será assim na Madeira?
 Patrocina projectos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades locais; isto não se passa na Madeira que actualmente é a segunda região de Portugal onde existe mais pobreza, embora a leviandade de uma deputada recentemente veio dizer em público que não era bem assim, que os pobres na Madeira são de espírito e devido a droga e álcool, que falta de humanidade e civismo desta senhora deputada.
 O Eco turismo deve proporcionar o aumento do conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural, será que isto acontece nesta ilha?
 O eco turismo também devia ser financeiramente viável e aberto a todos, mas infelizmente neste suposto melhor destino insular do mundo está apenas aberto a alguns.
 Segundo o reputado órgão de comunicação “Global Ecotourism Network” define ecoturismo e turismo natureza, como uma viagem responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da população local. Isto significa que quem opera e participa de actividades ecoturísticas devem seguir alguns princípios fundamentais.
 Minimizar impactos; desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural; fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões; fornecer benefícios financeiros directos para a conservação; fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local; elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões; apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.
 A actividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, e em especial na Madeira, é confundida com o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de uma generalização chamada ecoturismo.
 O ecoturismo/turismo natureza tem alguns princípios tantas vezes desrespeitados: da natureza nada se tira a não ser fotos; nada se deixa a não ser pegadas; nada se leva a não ser recordações visuais ou fotográficas.
 No entanto, apesar das boas intenções que cercam a prática do ecoturismo, já são conhecidos alguns impactos negativos deste segmento económico. Uma série de artigos científicos diagnosticou em peixes e aves, expostos ao ecoturismo/turismo natureza, um sem número de reacções negativas. Primeiramente os animais sofrem alterações hormonais e metabólicas em nível fisiológico, acabando essas reacções fisiológicas por se expressarem no seu comportamento, modificando a sua alimentação, a escolha de hábitat, período de atividade, socialidade e comportamento reprodutivo. Decorrem disso mudanças ecológicas, como alterações na população de diferentes espécies que alterarão a comunidade de espécies existentes no ponto turístico. Por fim, dado tempo o suficiente, estas alterações todas podem resultar em mudanças evolutivas para as espécies alvejadas pelo turismo.
 É fundamental, no entanto, esclarecer que isto não significa que o ecoturismo não deva ser desejado ou que seja uma actividade de baixo interesse ambiental, antes pelo contrário, ele pode fomentar a conservação ambiental, desde que o risco que eventualmente apresenta seja conhecido, mensurados e diminuídos. Aplicar boas práticas de turismo de natureza, que pode até tornar essa actividade inócua ao ambiente. Ao invés de abandonar a prática, é necessário definir áreas específicas para sua realização, regular quantidade de visitantes e suas actividades e potencializar seus benefícios e penalizar os prevaricadores.
 Na minha opinião pessoal e pelas notícias neutras que habitualmente vêm a público e até nas conversas informais com os naturais da ilha, apesar de toda a vocação do sector turístico madeirense, este tipo de turismo contribui para o peso na riqueza de alguns mas pouco, muito pouco para a riqueza da população local.
 Muitas são as actividades praticadas pelos turistas na madeira, a maioria delas consideradas de ecoturismo, mas raramente seguem os pressupostos ecológicos desejados, não devendo enquadrar-se na definição de ecoturismo/turismo natureza, pois apenas têm em comum o facto de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos ecologistas.
 São imensas as regras elementares quebradas pelos supostos eco turistas ou turistas de natureza que visitam a Madeira ao longo do ano. No mergulho, para ser considerado ecoturismo não se deve quebrar corais, durante um mergulho nem mergulhar no período de reprodução dos animais. Estas condições estão salvaguardadas? Pessoalmente penso que não.
 A ilha da Madeira, no meio do oceano Atlântico, é um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em levadas, quem não adora subir ao Pico do Areeiro e ver o magnifico por do sol ou nascer do sol, mas alguém se preocupa com o habitat natural das aves no período nocturno? A observação de aves a laurissilva é um passeio de ecoturismo por excelência, que tem como objectivo a observação das aves em seu habitat natural, e, a floresta tão madeirense, sem interferir no seu comportamento ou no seu ambiente, mas quando se saí dos trilhos marcados, não se está a colocar em risco, não apenas a vida de cada um, mas também deste maravilhoso eco sistema Madeirense?
 Será este dito ecoturismo/turismo de natureza na Madeiro verdadeiramente eco e natural?

Chefe; José Maria Ramada
CO 1297

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 20 de março de 2025

Moara, tem 15 anos e privada de direitos humanos

Moara, tem 15 anos e privada de direitos humanos

PARIS, PAULO PISCO – DEPUTADO PELO CÍRCULO DA EUROPA

PARIS

PAULO PISCO – DEPUTADO PELO CÍRCULO DA EUROPA

 

 

Estarei em Paris nos dias 21 e 22 de março de 2025 para participar em eventos e encontros da comunidade portuguesa, particularmente na inauguração da Semana da Gastronomia Portuguesa e no evento de promoção do livro sobre os vinhos do Porto de Julien dos Santos. Farei ainda uma visita aos trabalhos na Catedral de Notre Dame pela empresa portuguesa Centralpose, na companhia do seu presidente Arthur Machado. À noite, estarei na associação ACOP, que tem uma nova direção, com quem me encontrarei.

 

No dia 21, encontro com o embaixador de Portugal em Paris, José Augusto Duarte.

Pelas 12h00, participo na abertura da Semana da Gastronomia Portuguesa, na Sala Vasco da Gama, da Rádio Alfa, em Valenton. À noite, participo no evento de promoção do livro sobre vinhos do Porto, de Julien dos Santos, na Canelas.

No dia 22, visito o mercado de Batignoles e encontro-me com o presidente do mercado, José Machado, também proprietário do espaço “Jardin de Batignoles”.

Pelas 14h00, visito as obras na Catedral da Notre Dame, feitas pela empresa portuguesa Centralpose, na companhia do seu presidente, Arthur Machado.14h00.

19h30 Encontro na Associação ACOP – Associação dos Chauffeurs de Origem Portuguesa com a nova direção e com a comunidade. Vitry.

 

 

Assembleia da República, 20 de março de 2025

 

 

Paulo Pisco

Grupo Parlamentar do Partido Socialista

Deputado pelo Círculo da Europa

Coordenador na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas

Member of the National Parliament

Coordinator in the Foreign Affairs Committee

Assembleia da República - Palácio de S. Bento - 1249-068 Lisboa, Portugal

Tel: +351.21.391 7316

E-mail: ppisco@ps.parlamento.pt

http://www.ps.parlamento.pt

 



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Um novo espaço de recreio na Glasi: previsão das obras até ao Verão 2025

Um novo espaço de recreio na Glasi: previsão das obras até ao Verão 2025


A Revista Repórter X informa que a construção da nova área de recreio no complexo Glasi está em andamento, embora com um atraso significativo em relação ao plano inicial. Devido à suspensão do pagamento, a empresa Steiner AG não poderá concluir a obra, levando os coproprietários a decidir contratar diretamente os serviços necessários para a finalização. Os custos da obra serão arcados pelos coproprietários.

A previsão é que a área de recreio esteja pronta até o verão de 2025, permitindo que a comunidade possa usufruir deste novo espaço de lazer. Contudo, após a conclusão do gramado, será necessário esperar mais duas a três semanas para que a relva se estabeleça corretamente. Durante este período, o acesso à área será restrito.

Adicionalmente, a instalação de uma rede de futebol, que não estava prevista no projeto original, requer uma licença de construção separada, cujo processo deve durar cerca de seis meses. Com isso, a rede só será instalada no final de 2025, no melhor cenário. A revista apela aos moradores para que, durante este período, evitem que as bolas de futebol caiam nos trilhos do trem.

Os arbustos e árvores que irão embelezar o local serão plantados no outono, época mais favorável para o seu crescimento.

Este novo espaço visa oferecer uma alternativa para crianças mais velhas e adolescentes, especialmente aqueles que jogam futebol na Praça Henri-Cornaz. A Revista Repórter X destaca a importância da área como um importante contributo para a convivência e o bem-estar da comunidade local.

A revista continuará a acompanhar de perto o progresso da obra e a informar a população sobre as novas atualizações.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O meu Propósito da candidatura: Rumo à Presidência da República

O meu Propósito da candidatura: Rumo à Presidência da República 


O propósito da candidatura de João Carlos Veloso Gonçalves, também conhecido como "Quelhas", é ser um Presidente da República activo, focado em promover o diálogo e revisar leis e acordos que impactam a sociedade de forma geral. A candidatura defende a utilização da voz e do ouvido presidencial para incentivar a comunicação entre governantes e resolver problemas de emigrantes e residentes, especialmente em questões de direitos humanos, saúde e educação.

O candidato pretende combater a corrupção, acabar com a imunidade política, e promover políticas como a redução de horas de espera em consultas médicas, a criação de mais lares para a terceira idade e o aumento do número de cuidadores. Além disso, defende a criação de um salário mínimo europeu entre 1.500 e 2.500 euros para Portugal e Ilhas, a centralização de órgãos de apoio jurídico para emigrantes e a melhoria das condições de habitação, eliminando impostos como o IUC sobre automóveis e o IMI.

Na área da justiça social, o candidato compromete-se a acabar com o duplo imposto sobre a riqueza e a defender a proteção jurídica dos emigrantes contra corrupção. Ele é contra o aborto, mas a favor da eutanásia, e propõe uma série de medidas para combater incêndios florestais e promover a segurança. Além disso, deseja acabar com o novo acordo ortográfico e implementar um sistema eleitoral mais inclusivo, permitindo o voto presencial e eletrônico para todos os cidadãos portugueses, dentro e fora de Portugal.

Esta candidatura aposta numa mudança das mentalidades políticas e sociais, com foco na igualdade, nos direitos humanos e na luta contra a discriminação e pobreza, com o objectivo de construir um Portugal melhor para todos.

Para ser possível,  ajude-me a ser candidato oficial à Presidência da República Portuguesa,  assinando o Formulário do site. Veja as instruções;

Joaocarlosquelhasrumoapresidencia.pt 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quarta-feira, 19 de março de 2025

Vitorino Nemésio

19 de dezembro de 1901: Nasce Vitorino Nemésio, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores.


Poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e crítico literário português, Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de dezembro de 1901, na Ilha Terceira, nos Açores, e faleceu a 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa. Entre 1911 e 1912, Vitorino Nemésio frequentou o liceu de Angra, onde cedo manifestou a sua vocação de poeta e prosador, estreando-se com o livro de versos Canto Matinal, em 1916. Em 1919, após um desaire escolar, iniciou o serviço militar como voluntário, partindo para o continente. Do ano seguinte data a peça em um ato Amor de Nunca Mais e a poesia de A Fala das Quatro Flores. Em 1921, em Lisboa, iniciou-se na atividade jornalística, na redação de A Pátria, a Imprensa de Lisboa e Última Hora. Em 1922, concluiu os estudos liceais em Coimbra e matriculou-se na Faculdade de Direito, onde, como revisor da Imprensa da Universidade, publicou o poema Nave Etérea. Transitará para o curso de Ciências Geográficas e, posteriormente, para Filologia Românica. Colaborou na fundação de Tríptico, em Seara Nova e na Presença. Correspondeu-se com Unamuno. Em 1934, doutorou-se com uma tese subordinada ao título A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Como leitor de Português na Universidade de Montpellier, conviveu com Marcel Bataillon, Robert Ricard, Pierre Hourcade, e iniciou correspondência com Valéry Larbaud. Publicou, em 1936, em francês, La Voyelle Promise e, em 1936, concorreu ao cargo de professor auxiliar da Faculdade de Letras de Lisboa, com uma tese intitulada Relações Francesas do Romantismo Português. Em 1937, fundou, com Alberto Serpa, a Revista de Portugal, uma revista eclética, atenta à atualidade filosófica e literária europeia. Como docente universitário, estagiou em França, na Bélgica, no Brasil, em Espanha, na Holanda, sendo distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier e de Ceará. De 1938, data da publicação de O Bicho Harmonioso, a 1976, data de Sapateia Açoriana, desenvolveu uma intensa atividade poética que se afirma pela novidade relativamente ao cânone presencista, explorando as dimensões simbólica e imagética da linguagem, saboreada na sua materialidade, comedindo qualquer confessionalismo por um distanciamento irónico ou objetivo, características aliás recorrentes na sua obra ficcional, que, embora se enquadre nos moldes realistas pela linearidade do tempo e pelo poder de representação de espaços sociais, se complexifica pela rede de imagens de alcance simbólico que a entretecem. "Inclassificável" (cf. LOURENÇO, Eduardo - O Canto do Signo, p. 73) como crítico e como autor, Vitorino Nemésio manteve-se equidistante dos grupos que disputaram o espaço literário ao longo da primeira metade do século XX, e, embora refletindo na poesia e na prosa vertentes estéticas contemporâneas como o imagismo, o surrealismo, o existencialismo, manteve-se fiel à consciência de que a criação resulta, não de dogmas, mas de uma pluralidade que integra, como a existência, a contradição, o imprevisto, a renovação: "Não estaremos aqui todos para escrever do mais íntimo da vida, matar esta sede de expressão e de confidências que nos faz levantar todos os dias cedo no meio do deserto e ver água onde, na maior parte dos casos, nada mais há que a triste e fátua projeção dessa íntima secura?" (cit. in MOURÃO-FERREIRA, David - Sob o Mesmo Teto, Presença, Lisboa, 1989). De entre as suas obras, são de destacar Festa Redonda (1950), Nem Toda a Noite a Vida (1952), O Pão e a Culpa (1955), O Verbo e a Morte (1959), O Cavalo Encantado (1963), Canto da Véspera (1966), e ainda o romance Mau Tempo no Canal (1944), que serviu de base para uma série realizada para a RTP Açores, por José Medeiros, apresentada, posteriormente, noutros canais. Em 1966, Vitorino Nemésio recebeu o Prémio Nacional de Literatura.
 Fontes: Infopédia 
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