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terça-feira, 12 de agosto de 2025

A tragédia silenciada dos emigrantes: uma denúncia necessária: prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero

A tragédia silenciada dos emigrantes: uma denúncia necessária: prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero


A Revista Repórter X ergue a sua voz em defesa dos emigrantes que, por décadas, construíram com o suor do corpo e da alma o progresso da Suíça e de Portugal. Estes homens e mulheres, que trabalharam durante, cinco, dez, vinte ou quarenta anos ou mais, enfrentam hoje uma injustiça profunda, perpetrada por um sistema que, ao invés de honrar o seu esforço, lhes rouba a dignidade e o direito a uma vida justa.

A exigência desumana de documentos infinitos para o acesso às prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero. Pedem-se papéis que muitas vezes são impossíveis de reunir, numa burocracia implacável que desgasta o espírito. Se disserem a verdade sobre o seu património, enfrentam a ameaça de exclusão e expulsão. Obriga-se o emigrante a ocultar bens, a omitir dinheiro, sob pena de serem tratados como inimigos do sistema.

Mais cruel ainda é a chantagem imposta pela obrigação de vender a casa própria — o último tecto seguro que resta para muitos. Mandam vender para que o valor da venda seja apropriado, como se fosse um roubo consentido, para pagar com o suor do emigrante o que lhes é devido em migalhas. Vender a casa significa ficar sem abrigo, sem raízes, sem segurança — reféns do sistema que os expulsa e ignora.

Para agravar a situação, proliferam os divórcios forçados. Cônjuges separados não por desamor, mas pela necessidade de maximizar benefícios, forçando famílias a dilacerar-se para sobreviver. É um mal que corrói a alma e destrói laços sagrados em nome de cálculos frios e desumanos.

Este pacto sombrio entre Suíça e Portugal é uma cumplicidade de abandono. Um jogo que transforma quem contribuiu durante décadas em meros números, descartáveis e invisíveis. Aumenta-se o sofrimento, amplia-se o isolamento, separa-se famílias, reduz-se o emigrante à pobreza e ao silêncio.

A consequência mais terrível deste abandono é a dor invisível que corrói o coração. Muitos vivem na miséria, outros entregam-se à desesperança extrema e chegam ao suicídio. São vidas partidas, histórias silenciadas, lágrimas invisíveis que a sociedade prefere não ver.

Os emigrantes não escolheram adoecer, nem desejaram abandonar os seus lares. Foram pilares do crescimento, alicerces do progresso. Mas hoje veem-se tratados como lixo, ameaçados por um sistema que exige omissão da verdade, que utiliza o medo da expulsão para silenciar a voz daqueles que mais precisam de ser ouvidos.

A Revista Repórter X denuncia esta realidade com a coragem que a verdade impõe. Exige uma pensão digna, justa e condigna, que acompanhe a inflação e permita uma vida livre e segura após décadas de trabalho árduo.

Não se pode aceitar que quem ajudou a enriquecer estes dois países seja agora condenado a uma existência de privações, ameaças e humilhações. É uma luta pela dignidade, pela justiça, pela humanidade que não pode cessar.

A voz dos emigrantes, tantas vezes calada, encontra aqui um eco firme e lírico, um grito que reclama justiça e respeito. Porque negar estes direitos é negar a própria história, é trair a memória dos que construíram o futuro.

A Revista Repórter X compromete-se a manter esta denúncia viva, a dar voz a quem não tem voz, a resistir contra o silêncio e a exigir a verdadeira justiça social.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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