A Suiça e os referendos manipulados nos bastidores
A Suíça diz que é um país soberano, faz referendos, e dizem que quem manda é o povo. Mas isso é uma pura mentira, porque há uma máfia na Suíça, que é feita por meia dúzia de chicos espertos.
Na Suíça há um sistema bem montado, que começou subtilmente no 1.º de Agosto, o dia da Nação, o dia das bandeiras e dos discursos solenes sobre liberdade e unidade. Mas essa liberdade é decorativa, simbólica, feita para postais e discursos. Desde então, esse sistema cresceu como uma árvore podre de raízes fundas, e chegou ao século XXI transformado numa máquina fria, onde quem verdadeiramente manda são os tribunais, são os estudiosos da Suíça, são os idiotas com diploma e o poder de decidir sobre a vida dos outros sem os conhecer, sem os ouvir, sem os respeitar.
Os tribunais, ditos independentes, funcionam como fortalezas inalcançáveis. A justiça deixou de ser um bem comum para se tornar num feudo técnico, onde o cidadão é apenas um número num processo, um incómodo num sistema que se protege a si mesmo. Juízes que nunca trabalharam fora do mundo das leis, académicos que vivem fechados em torres de papel, e idiotas arrogantes com ares de sabedoria, tomam decisões sem empatia, sem humanidade, com frieza clínica.
Referendos?
Sim, fazem-se. Mas são cuidadosamente preparados, manipulados nos bastidores, com campanhas milionárias, linguagem confusa e medos bem plantados. O povo vota, mas raramente decide. É conduzido como rebanho. A soberania popular é uma palavra bonita, mas sem alma. Um ritual democrático que serve para manter calmos os inquietos e fazer crer aos ingénuos que ainda vivem numa república livre.
Na Suíça, não é o povo que manda. É uma aristocracia moderna, tecnocrática, que se perpetua no poder através de leis complexas, silêncio institucional e uma teia de cumplicidades. E quem ousa levantar a voz, denunciar o sistema, é silenciado com processos, exclusões, diagnósticos ou simplesmente ignorado até desaparecer da paisagem.
O país das montanhas guarda segredos nos seus vales. E há-de chegar o dia em que essa névoa de silêncio será rasgada pela palavra clara dos que não se rendem.
autor: Quelhas.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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