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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Justiça tarda para trabalhadora emigrante que vê pensão reduzida por falhas patronais

Justiça tarda para trabalhadora emigrante que vê pensão reduzida por falhas patronais

Uma emigrante portuguesa residente na Suíça, após uma vida inteira de trabalho honesto em hotéis e serviços de limpeza, vê-se hoje com uma pensão de apenas 770 francos suíços mensais. O motivo não é a falta de esforço ou de dedicação, mas sim a omissão grave de duas empresas empregadoras — SHS Hotel Services e Anzler Cleaning and Service Company — que nunca procederam ao desconto e entrega das contribuições obrigatórias para o regime de pensões ocupacionais (BVG).

Apesar de ter desempenhado funções durante longos períodos de tempo, as entidades patronais não cumpriram com as suas obrigações legais, deixando a trabalhadora privada de uma parte essencial dos seus direitos sociais. A própria Stiftung Auffangeinrichtung BVG confirmou a falha, reconhecendo que os anos contributivos não foram registados.

Perante esta injustiça, a cidadã dirigiu agora o seu apelo ao Tribunal Federal Suíço, exigindo que a omissão seja reconhecida, que os períodos contributivos sejam regularizados e que a Ausgleichskasse Zürich proceda às devidas correções junto da fundação de pensões responsável.

O caso levanta uma questão maior: quantos trabalhadores estrangeiros, dedicados a funções essenciais mas invisíveis, estarão hoje a ser lesados pelas falhas dos seus empregadores e pela falta de fiscalização do sistema? A justiça não pode ignorar estas vozes que, apesar de discretas, carregam consigo o peso da verdade e da dignidade conquistada pelo trabalho.

Enquanto a reforma justa não chega, resta a luta, a esperança e a confiança de que a lei prevalecerá sobre o esquecimento.

Prof. Ângela Tinoco


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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