Portugal, Autoridade Tributária — Resposta automática e desrespeito repetido
Chegou à Revista Repórter X uma nova denúncia de um cidadão emigrante que, tal como tantos outros, se sente vítima da falta de profissionalismo da Autoridade Tributária.
O caso é simples, mas revelador: recebe-se uma mensagem electrónica dizendo que o pedido foi “resolvido” e que a resposta está disponível no portal. Contudo, ao consultar o site, encontra-se apenas uma resposta vaga ou inconclusiva, obrigando o contribuinte a novos contactos, sempre remetido para o mesmo canal sem fim.
Pior: as mensagens automáticas não aceitam resposta, cortando qualquer possibilidade de diálogo directo.
O cidadão decidiu tornar pública a carta que dirigiu à Autoridade Tributária, e que a seguir se transcreve na íntegra.
Exmos. Senhores, Autoridade Tributária e Aduaneira
Acuso receção da vossa mensagem automática, mais uma, onde me informam que o pedido registado no serviço e-balcão “já se encontra resolvido” e que a resposta está disponível no vosso portal.
Permitam-me denunciar, uma vez mais, o carácter enganoso e absurdo deste procedimento. Enviam mensagens automáticas para o meu e-mail, sem possibilidade de resposta, remetendo-me para o vosso portal, onde alegadamente se encontra uma resposta formal e definitiva — o que, na maioria das vezes, é falso.
As vossas respostas são vagas, pouco claras, inconclusivas e deixam os cidadãos num ciclo sem fim de consultas, onde ninguém assume responsabilidades nem oferece soluções.
Mais grave ainda é a vossa política de contacto: enviam mensagens para o meu correio electrónico, mas recusam qualquer resposta directa, remetendo-me sempre para o vosso site, como se isso fosse resolver o problema.
Lamento, mas isto não é serviço público digno nem tratamento respeitoso para com quem paga impostos.
Exijo clareza, respostas formais e contacto eficaz, sem subterfúgios nem mensagens automáticas sem valor jurídico.
Nota da Redacção: A Revista Repórter X acompanha este caso e outros semelhantes, exigindo que a Autoridade Tributária portuguesa deixe de tratar os cidadãos como números e respeite o direito à resposta clara e eficaz.
Com os melhores cumprimentos,
João Carlos Veloso Gonçalves
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