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domingo, 17 de agosto de 2025

Viver na Póvoa, terra de promessas adiadas:

🌾 Viver na Póvoa, terra de promessas adiadas:


Falam de progresso, de futuro, de grandes obras, mas as ruas continuam esburacadas, a água não chega a todos os lares e muitos jovens partem porque aqui não encontram nada.

Temos três candidatos, três discursos, três estilos, mas a verdade é uma só: o povo continua à espera da promessa.

O actual presidente, Frederico Castro, encheu o mandato de festas e retratos, mas deixou por fazer a via circular que tanto apregoa. No português bem dito, não é mentiroso, porque quando promete, é promessa. Só que promessa, quando nunca sai do papel, é a velha banha da cobra. Palavras meigas ou palavras vãs, para nós é igual, é igual ao litro. Não valem nada.

A candidata da direita, Fátima Alves, fala em mudança e em resolver problemas reais, mas não conhece a Póvoa de Lanhoso em profundidade, nem tem uma equipa madura para enfrentar a dureza da realidade. Quer governar uma terra que não sente por dentro. Dizer que vai fazer melhor soa bonito, mas sem conhecer o terreno e sem gente preparada, tudo não passa de discurso vazio.

Já Diego Gonçalves não sabe aceitar críticas e, por ter vivido na Póvoa, sente-se da Póvoa, mas da Póvoa pouco sabe e foi mesmo viver para Braga. Surge como novidade, mas não mostra preparação nem clareza, e se não aceita ouvir o povo, como poderá governar para ele? Fica-se pelo fogo-de-artifício, sem chama verdadeira.

E assim, o povo da Póvoa fica entre caras e partidos, mas sem respostas para os problemas que lhe pesam todos os dias:

💧 Água canalizada que não chega a todos.
🚜 Estradas que se desfazem ao passar de um camião.
🚽 Saneamento que é promessa desde sempre.
💸 IMI e água ao preço da morte.
🎒 Filhos que partem porque a terra não lhes dá futuro.

Eu digo sem rodeios: se a Maria da Fonte e Dona Teresa cá estivessem, diziam como eu, venha o diabo escolha.

Mas uma coisa é certa: PS e PSD já nos enganaram até ao osso. É sempre a mesma cantiga. Cada um mete lá os seus amigos, a família inteira a mamar, discriminam todos os outros fora das autárquicas e, quando chega a campanha, andam a lamber o cu a todos e a bufar balõezinhos como se fossem santos. É mais do mesmo.

Se não há mais candidatos, ao menos que venha o Chega, porque pior do que a dupla que se revezou décadas inteiras já não pode ser.

O que precisávamos era de um rosto da terra, bem conhecido de todos, alguém que já tivesse mostrado obra feita e amor verdadeiro à Póvoa. Não desses que nunca fizeram nada e aparecem agora com promessas ocas, julgando que podem valer a terra da Maria da Fonte.

Enquanto não houver seriedade e coragem política, trocar de rosto será apenas mudar o retrato na parede e o cartaz nas ruas. O problema continuará no mesmo sítio: na vida dura de quem cá fica.

Esperamos que o vencedor nos mostre que eu estarei errado daqui para a frente, porque, até agora, os que lá estiveram pouco mais fizeram que festas e festinhas para angariar votos.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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