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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Psicóloga envia carta ao médico de família e empregadora

Psicóloga envia carta ao médico de família e empregadora

 

A pedido e com o intuito de apoiar a paciente acima mencionada, venho por este meio apresentar um breve relatório com base nas nossas sessões terapêuticas realizadas até ao momento.

 


Acompanho uma paciente desde Maio de 2025, com sessões semanais. Relatou-me vivências ocorridas durante e imediatamente após o parto, que sentiu como profundamente traumáticas. Referiu ter experimentado uma tristeza intensa, apesar de se considerar uma pessoa positiva e de amar a sua filha. Indicou ainda sentir-se fisicamente muito debilitada e esquecida, chorando frequentemente sem motivo aparente, tendo desenvolvido medos e ataques de pânico (taquicardia). Desde Janeiro de 2025, o seu médico assistente passou-lhe uma baixa de 50% (em contexto de um contrato de 80%). Desde Maio de 2025, a situação da baixa encontra-se indefinida.

 

Quando conheci a Sr.ª, relatava falta de motivação e de capacidade para sentir satisfação nas actividades do quotidiano, pensamentos negativos do tipo: “Sinto que posso não ser uma boa mãe, que faço pouco com o meu filho, embora a minha família reconheça que cuido bem dele nas horas livres; e tenho receio de que a situação não melhore.” Apresentava também episódios pontuais de taquicardia e fraqueza. Há poucos dias, foi-lhe comunicada a cessação do seu contrato de trabalho, com efeitos para o final de Julho.

 

Embora os relatos da paciente após o parto descrevam diversos sintomas compatíveis com uma depressão pós-natal, após cinco sessões considero tratar-se mais provavelmente de um transtorno de adaptação com sintomatologia depressiva ligeira e sinais de ansiedade. A situação de despedimento, aliada à actual ausência de baixa médica formalizada, aumentou substancialmente a pressão sobre a Sr.ª, originando maior ansiedade e reacções associadas.

 

Considero justificável a manutenção de uma baixa médica de 50% até ao final de Junho, com uma retoma gradual do horário de trabalho a partir dessa data. A Sr.ª aprecia o seu trabalho e reconhece que essa ocupação lhe proporciona distracção e bem-estar. Contudo, neste momento encontra-se profundamente sobrecarregada e exausta.

 

Fico inteiramente à disposição para qualquer esclarecimento adicional.

Com os melhores cumprimentos,
ST-Med Praxis am Sternen
Psicóloga especialista em psicoterapia SBAP


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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