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quinta-feira, 26 de junho de 2025

𝗗𝗲𝘀𝗽𝗼𝗿𝘁𝗼 | Pesca: Filho da Terra Pesca na Água; Póvoa de Lanhoso

𝗗𝗲𝘀𝗽𝗼𝗿𝘁𝗼 | Pesca: Filho da Terra Pesca na Água; Póvoa de Lanhoso


Chegou à nossa redacção um testemunho de orgulho e perseverança: Raul Fernandes Pereira, atleta da secção de Pesca do Sport Clube Maria da Fonte, levou o nome de Portugal e da Póvoa de Lanhoso a brilhar nas águas de Mora, no Campeonato do Mundo de Pesca Desportiva para Veteranos.

Na competição mundial, Raul Pereira alcançou o feito notável de se tornar o segundo melhor pescador português em prova, classificando-se em quinto lugar entre 44 atletas de várias nações. Em termos colectivos, Portugal ergueu-se até ao segundo lugar do pódio, demonstrando que, mesmo nos chamados desportos silenciosos, a alma lusa continua rija e determinada.

Mas não é apenas uma cana e um isco que Raul carrega. Carrega a sua terra, o seu clube, a sua gente. Cada gota daquele esforço, cada gesto paciente à beira da água, é também um hino ao carácter forte dos filhos da Maria da Fonte, à arte delicada da Filigrana, ao peso eterno do Castelo de Lanhoso, aos rios Cávado e Ave, onde é a sua praia como pescador, como quem diz, a sua casa, o seu mundo, o seu lugar natural.

A vitória é feita de silêncio, de paciência, de alma. O Desporto, quando feito com verdade e dedicação, é bandeira que não se rasga, é pátria que se leva no peito.

Parabéns, Raul Pereira. A tua vitória é a nossa.

João Carlos Veloso Gonçalves


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A administração do bairro Glasi proíbe bandeiras nas varandas: moradores respondem com vozes da raiz e da diversidade

A administração do bairro Glasi proíbe bandeiras nas varandas: moradores respondem com vozes da raiz e da diversidade


A administração do bairro Glasi enviou uma comunicação a todos os moradores, onde afirma:

“A mensagem tem como objectivo garantir que as casas apresentem uma aparência uniforme do exterior, e que não seja cada inquilino a pendurar uma bandeira na balaustrada da varanda. Por um lado, não fica bonito, e por outro, pode provocar provocações e discussões desnecessárias.”

Porém, esta afirmação não parece ser apenas fruto de uma vistoria ocasional, mas sim consequência de queixas internas, possivelmente de um ou mais moradores incomodados com a livre expressão cultural dos demais.

Na resposta que um dos moradores dirigiu à administração, assinala-se com firmeza que não faz sentido restringir a liberdade de expressão cultural, dentro dos limites do respeito e da legalidade.

“Quando falamos de bandeiras, o que se vê, e sempre se viu, são as bandeiras dos países de origem dos próprios moradores. Isso, longe de ser ofensivo, é belo. Faz parte das nossas raízes e deve ser respeitado.”

Esta prática torna-se especialmente visível durante eventos como o Campeonato Europeu e o Mundial de futebol, quando as varandas se transformam em verdadeiros mosaicos de orgulho e identidade.

O bairro Glasi é descrito como um dos mais multiculturais do mundo, onde dezenas de nacionalidades, cores, línguas e sonhos coexistem pacificamente.

“Glasi não é uma prisão estética, nem um condomínio de elites neuróticas. É um bairro. Dizer que uma bandeira pode provocar discussões é admitir que vivemos num ambiente hostil, o que não corresponde à verdade.”

A resposta conclui com um apelo à reflexão, criticando duramente a chamada “grupeta” que vigia as casas alheias, pedindo que a administração se dedique a questões mais importantes para o bairro e não a trivialidades.

Para reforçar este ponto, uma carta foi dirigida à Comuna, onde se apontam outras prioridades para o bairro e para a cidade, evidenciando uma visão de futuro focada na segurança, acessibilidade e convivência.

Em resposta, a Câmara de Bülach agradeceu o contacto, ao que a Revista Repórter X retribuiu:

Prezado Sr. Marcel Peter,
Senhoras e Senhores da Cidade de Bülach,

A Revista Repórter X gostaria de agradecer muito por sua resposta atenciosa e por encaminhar nossas informações aos departamentos competentes.

É encorajador saber que as preocupações dos moradores são levadas a sério. Continuamos atentos e comprometidos com a segurança, a qualidade de vida e o bem comum de todos os moradores de Bülach.

Ficaríamos satisfeitos se nos pudessem informar sobre medidas concretas assim que forem decididas ou implementadas. Como dissemos, a Gfeller deve acompanhar a evolução da Glasi e deixar as mesquinhices para os mesquinhos!


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

ALERTA AOS CLIENTES DO NOVO BANCO

ALERTA AOS CLIENTES DO NOVO BANCO

Novo Banco bloqueia acesso a contas por recusa em entregar dados pessoais excessivos 


Nos últimos tempos, multiplicam-se os relatos preocupantes de clientes do Novo Banco, sobretudo emigrantes e pessoas que vivem fora do país, que têm o acesso às suas contas condicionado ou mesmo bloqueado. A razão? A recusa em fornecer dados pessoais adicionais, que não se mostram necessários para a gestão bancária básica, mas que o banco exige para manter o acesso aos serviços.


Lisboa, Junho de 2025 — Em nome da actualização de dados pessoais, o Novo Banco tem vindo a exigir informações que ultrapassam o razoável e a legalidade estrita, colocando clientes numa posição de chantagem digital: “Ou entregam tudo o que pedimos, ou ficam sem acesso ao vosso próprio dinheiro.”

Entre os dados exigidos estão informações detalhadas sobre a situação profissional, rendimentos no estrangeiro, movimentos financeiros e outras informações íntimas que não deveriam ser necessárias para operar contas bancárias.


Consequências reais, efeitos graves

Clientes impedidos de consultar o saldo ou movimentos das contas, bloqueados para realizar transferências bancárias, incluindo pagamentos essenciais ao Estado português, estão a ser cada vez mais comuns.

Este bloqueio vai para além da mera formalidade. É uma violação da liberdade financeira e da gestão pessoal do dinheiro. Milhares de pessoas, principalmente emigrantes, idosos e cidadãos menos habituados às tecnologias digitais, sentem-se reféns de um sistema que exige transparência total, sob ameaça de exclusão.


O que diz a lei?

Embora a legislação portuguesa exija que as instituições financeiras detenham dados actualizados dos seus clientes, não existe qualquer base legal para que um banco suspenda unilateralmente o acesso às funções essenciais da conta, como consultar saldos e efectuar transferências.

O que se está a assistir é uma interpretação abusiva da lei, transformando o dever de actualização num instrumento de coacção, com consequências graves para o cidadão.


Um apelo à atenção e à denúncia

Este fenómeno deve servir de alerta para todos os clientes do Novo Banco e de outros bancos. A privacidade e os direitos do consumidor não podem ser postos em causa por políticas bancárias que ultrapassam o razoável.

É crucial que os clientes saibam dos seus direitos, que não cedam a chantagens, e que denunciem quaisquer bloqueios injustificados. As entidades reguladoras, como o Banco de Portugal e a Comissão Nacional de Protecção de Dados, devem estar atentas e agir em defesa dos cidadãos.


Conclusão

Numa era em que a digitalização avança a passos largos, os serviços bancários não podem perder o respeito pela dignidade humana nem pelos direitos fundamentais. O acesso ao próprio dinheiro é um direito inalienável.

O banco serve o cliente, e não o contrário.

Este alerta é um chamado à vigilância e à resistência contra práticas abusivas que colocam em risco a liberdade financeira de todos.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Eco Loja Comunitária renasce com novo rosto e novo espírito na Póvoa de Lanhoso

Eco Loja Comunitária renasce com novo rosto e novo espírito na Póvoa de Lanhoso


Chegou à redacção da Revista Repórter X: no mesmo espaço onde outrora funcionava a Eco Loja Social, abriu esta manhã a Eco Loja Comunitária, trazendo consigo uma nova dinâmica e um propósito renovado.

Fátima Moreira, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Vereadora da área social, esteve presente para conhecer as mudanças implementadas e partilhar com as técnicas as novas regras que orientam o funcionamento daquele espaço.

É certo que mudar o nome pode ser apenas um gesto fácil, uma troca de rosto que não toca o corpo. Mas neste caso, a mudança vai além do rótulo: o espaço abriu-se mais amplo, reorganizou-se para ser mais funcional, tornando-se verdadeiramente mais acolhedor e acessível a quem o procura.

Que esta renovação não seja só uma máscara bonita que dança ao vento, mas uma transformação que lave o corpo inteiro — um compromisso firme de servir com dignidade e humanidade. Só assim a Eco Loja Comunitária será mais do que um nome, será uma alma que respira esperança e justiça social.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Abfall-Sammelstelle; Das neue Bülach – zwischen glänzender Zukunft und gelebter Verantwortung

Abfall-Sammelstelle; Das neue Bülach – zwischen glänzender Zukunft und gelebter Verantwortung

Nachdem wir bereits mehrfach über die spannenden Entwicklungen im neuen, modernen Teil von Bülach berichtet haben – dort, wo Glasfassaden die Zukunft spiegeln und die Bahngleise den Takt des Fortschritts vorgeben –, setzen wir unseren Rundgang fort. Schritt für Schritt entdecken wir nicht nur das, was neu gebaut wird, sondern auch das, was verbessert, angepasst, gehört wird.

Die Stadt wird mit Elan erneuert, doch nicht alles besteht aus Beton und Vision. Es sind oft die kleinen Dinge, die das Leben der Bewohner prägen – und genau hier setzen erste Rückmeldungen aus der Bevölkerung an: Anregungen und Bitten um kleine Verbesserungen, die das Leben im neuen Quartier noch lebenswerter machen könnten.

Ein zentrales Beispiel dafür ist die Abfallentsorgung, organisiert von der Stadt Bülach. Nur rund 150 Meter vom neuen Quartier entfernt, etwas abseits gelegen, unterhalb der Brücke, die zur deutschen Autobahn führt, befindet sich ein sauber gehaltener Sammelplatz. Genug Distanz, um unangenehme Gerüche vom Wohngebiet fernzuhalten, und doch gut erreichbar für alle, die mithelfen möchten, die Stadt sauber zu halten.

Dort findet man Container für alle Abfallarten: Glas, Dosen, Textilien und selbstverständlich auch den üblichen Hauskehricht. Ich selbst habe dort kürzlich mehrere fast neue Damenmäntel abgegeben – mit dem Wunsch, ihnen ein zweites Leben zu schenken. Diese Textilien werden von karitativen Einrichtungen weitergegeben oder für symbolische Beträge ab 1 Franken verkauft, damit auch Menschen mit geringem Einkommen Zugang zu guter Kleidung haben. Denn neue Kleider für 50 oder 100 Franken sind für viele unerreichbar – und diese Alternative ist still, würdevoll und hilfreich.

Bülach bietet ausserdem einen gut strukturierten Entsorgungs-Kalender, der Informationen zu Sammelstellen, Terminen und Gebühren enthält. Man kann die Daten direkt in den eigenen Kalender importieren. Überdies gibt es das Recycling-Taxi, das recycelbare Materialien direkt bei den Haushalten abholt, sowie das soziale Integrationsprojekt Reissverschluss, das handwerkliche Dienste für Privat- und Geschäftskunden anbietet.

Bülach, in seinem neuen Gewand, vergisst dabei nicht die einfachen, aber entscheidenden Dinge: Sauberkeit, Gerechtigkeit, Zugänglichkeit und Solidarität.

Die Revista Repórter X erzählt nicht nur von Hochhäusern und Innovation, sondern auch von den alltäglichen Gesten, die unsere Städte wirklich menschlich machen. Denn eine Stadt ist erst dann wirklich modern, wenn sie niemanden vergisst.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O Facebook compactua com conteúdos duvidosos e ignora denúncias de figuras públicas

O Facebook compactua com conteúdos duvidosos e ignora denúncias de figuras públicas.


O Facebook continua a permitir a publicação de conteúdos questionáveis, contradizendo as suas próprias políticas de comunidade, ao mesmo tempo que responde com indiferença e burocracia a denúncias legítimas feitas por utilizadores de boa-fé, inclusive figuras públicas.

 

Nos últimos tempos, multiplicam-se os casos de vídeos com conteúdo sexual disfarçado, jogos de azar, páginas de sedução e propostas de encontros pagos, venda de animais vivos, tarô, videntes, venda de roupas e produtos sem qualquer controlo de qualidade, entre muitos outros abusos que o Facebook não só permite como promove através do seu algoritmo. O que se esperaria ver censurado ou moderado, é muitas vezes tolerado ou até impulsionado, enquanto denúncias sérias são ignoradas.

 

O caso mais recente envolve uma figura pública portuguesa; Quelhas, nome literário de João Carlos Veloso Gonçalves, escritor, responsável por uma revista independente e potencial candidato à Presidência da República Portuguesa. Segundo o próprio, as suas denúncias foram desconsideradas, e a resposta automática enviada pelo Facebook revela uma atitude fria, desumanizada e desequilibrada:

 

“Agradecemos a sua denúncia. Com base nas informações que forneceu, reparámos que está a denunciar conteúdo que, no seu entender, desrespeita os seus direitos de autor. No entanto, para processar a sua denúncia, necessitamos do seguinte...”

 

A resposta — redigida num tom impessoal e sem qualquer referência à gravidade das queixas, foi recebida com indignação:

 

“Fiz mais que uma denúncia ao longo dos tempos e não sei a que denúncia aqui se referem. Podem ser vocês a ver o problema que sugere a reclamação! Denunciei várias vezes que pessoas usam vídeos, postagens e voz da minha pessoa. Sou figura pública, escritor, chefe de uma revista e possível candidato à Presidência da República Portuguesa. O Facebook permite ataques cerrados à minha pessoa e não faz nada. A mim, por qualquer pequena coisa, fazem advertências. O Facebook não é isento!”

 

As denúncias referem-se a situações concretas em que a imagem, a voz e até publicações do autor foram usadas sem autorização, numa violação clara de direitos de autor e de direitos de personalidade. Segundo Quelhas, a falta de acção por parte do Facebook revela não apenas negligência, mas também uma escolha clara: tolerar abusos contra quem defende a justiça e a ética, enquanto se promove o entretenimento barato, o sensacionalismo e conteúdos que em nada contribuem para uma sociedade informada e equilibrada.

 

Este caso levanta sérias questões sobre a forma como as grandes plataformas digitais escolhem moderar o conteúdo: será que o Facebook se tornou numa ferramenta de propaganda, onde se silencia a verdade e se protege o que é rentável, mesmo que seja imoral ou ilegal?

 

A Revista Repórter X Editora Schweiz continuará a acompanhar e a denunciar estes atropelos, exigindo que se faça justiça e que o respeito pelos direitos dos cidadãos, figuras públicas ou não, seja garantido.

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 24 de junho de 2025

Ponto de recolha de resíduos; Bülach Nova, entre o brilho do futuro e o cuidado com o presente

Ponto de recolha de resíduos; Bülach Nova, entre o brilho do futuro e o cuidado com o presente

Depois de termos vindo a noticiar com entusiasmo as novidades da parte nova e luxuosa de Bülach, onde a arquitectura se ergue com altivez junto aos caminhos de ferro, continuamos a caminhar passo a passo, descobrindo não apenas o que se constrói, mas também o que se ajusta, se melhora, se escuta.

É certo que há beleza e ordem, mas há também reparos a fazer, apontados por moradores atentos, que pedem pequenas melhorias para tornar esta nova Bülach mais humana e funcional. A cidade está a ser reconstruída com ritmo e zelo, mas nem tudo se faz de vidro e betão: também se faz de contentores bem colocados e de um sistema de reciclagem eficaz e próximo.

Foi nesse espírito que visitámos o ponto de recolha de resíduos, situado a cerca de 150 metros do novo bairro, junto à ponte que dá acesso à Alemanha pela auto-estrada. Localizado discretamente, está afastado o suficiente para que os moradores não sofram com os cheiros do lixo doméstico, mas próximo bastante para cumprir bem o seu propósito.

Ali encontramos contentores para todos os tipos de resíduos: vidrões, roupa, latas, e naturalmente os contentores domésticos comuns. Este é um serviço da Stadt Bülach, inserido numa estrutura organizada e moderna de recolha e reciclagem urbana.

Numa tarde recente, levei ali vários casacos de senhora semi-novos, ainda com alma no tecido, para lhes dar uma nova vida. Muitos destes artigos são destinados a casas de apoio humanitário, que os redistribuem por quem nada tem, ou então são vendidos a partir de 1 franco, para que também os pobres possam vestir-se com dignidade. Afinal, há roupas nas lojas a 50, 100 ou 200 francos que, para muitos, nunca serão opção. Aqui, a solidariedade veste-se de silêncio e praticidade.

A cidade oferece ainda, através do seu site, um Calendário de Recolha de Resíduos, com informação clara sobre os tipos de lixo, os locais de entrega, os prazos e até a possibilidade de importar as datas directamente para a agenda pessoal. Existem ainda serviços como o Recycling-Taxi, que recolhe os materiais recicláveis à porta de casa, e projectos como o Reissverschluss, que alia integração social a serviços úteis, como limpezas e pequenas obras.

Bülach, mesmo enquanto cresce e se moderniza, não esquece o que é essencial: servir os seus habitantes com dignidade, permitir que todos participem na manutenção de uma cidade limpa, justa, eficiente e, sobretudo, solidária.

Na Revista Repórter X, acreditamos que contar estas pequenas histórias é também construir cidadania. Porque nenhuma cidade é realmente nova se não olhar também para os que mais precisam. E nenhum bairro é verdadeiramente moderno se não incluir os esquecidos.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A negligência médica, despedimento e falta de atestado, levam funcionária à ruína emocional: instituições sob alvo de denúncia

A negligência médica, despedimento e falta de atestado, levam funcionária à ruína emocional: instituições sob alvo de denúncia

 


Uma funcionária com mais de uma década de dedicação exemplar a uma instituição educativa privada está hoje à beira do colapso emocional e profissional, depois de ser informada da cessação do seu contrato de trabalho e de continuar sem baixa médica formalizada, apesar do seu estado clínico justificar expressamente esse apoio. A situação é descrita como "alarmante" por fontes próximas do processo e vai ser levada às instâncias superiores, por se tratar de uma violação grave dos direitos humanos.

 

Desde Maio de 2025, a funcionária está a ser acompanhada em sessões terapêuticas semanais. Relata um trauma profundo relacionado com o parto da sua filha, experiência essa que desencadeou sintomas de tristeza intensa, exaustão física, esquecimento, crises de choro, ataques de pânico, e sentimentos de culpa relacionados com o desempenho do papel de mãe. Apesar do reconhecimento familiar do seu esforço e cuidado, a paciente manifesta também pensamentos de autodepreciação e sente que “parar não é saudável”, reconhecendo que o trabalho lhe faz bem.

 

Inicialmente acompanhada por uma psiquiatra, foi abandonada pela mesma quando esta recusou a responsabilidade de passar a baixa médica que o médico de família exigia. Mais tarde, o próprio médico de família, que transferiu a responsabilidade para a psiquiatra, também não interveio.

 

O seu médico assistente passou-lhe uma baixa de 50% em Janeiro, tendo em conta o contrato de 80% que mantinha. Porém, desde Maio a situação da baixa encontra-se indefinida, e poucos dias após essa indefinição, foi-lhe comunicada a cessação do vínculo laboral com efeitos para o final de Julho, uma decisão que agravou consideravelmente o seu estado emocional e psicológico. A ausência de apoio clínico formal e a decisão patronal de cessar o contrato criaram uma espiral de sofrimento e angústia.

 

A psicóloga que actualmente acompanha a paciente, e nunca a abandonou, reconhece sintomas compatíveis com um transtorno de adaptação com sinais depressivos e de ansiedade, e recomenda a manutenção de uma baixa médica de 50% até final de Junho, com retoma gradual. Salienta ainda que o trabalho, desde que respeitadas as suas limitações, é para esta paciente uma fonte de equilíbrio emocional e bem-estar. A própria psicóloga entregou documentação formal, tanto ao médico de família como à entidade empregadora, alertando para a gravidade da situação e defendendo o direito à continuidade da baixa.

 

A entidade empregadora, embora reconheça o trauma e a gravidade da condição clínica da funcionária, não interveio para impedir o despedimento, o que contrasta com os elogios expressos à competência, dedicação e longa trajectória da colaboradora. Ao longo dos anos, conquistou posições de liderança, formou estagiários e foi responsável por diversos grupos de crianças. A encarregada da firma e a profissional que acompanhou o pós-parto confirmaram o estado debilitado da colaboradora e a sua entrega total às crianças e ao serviço.

 

Contudo, o mais chocante é o impacto combinado da falta de resposta do médico de família e da passividade da entidade patronal, ambos responsáveis directos pelo agravamento da situação clínica da funcionária. "É inconcebível que, sabendo que o trabalho a ajuda, ambas as instituições, uma médica e outra pedagógica, tenham falhado no essencial: proteger a saúde e a dignidade da pessoa humana", refere uma fonte próxima da família.

 

"A funcionária pediu ajuda. A paciente explicou o quanto o trabalho lhe faz bem. E ainda assim, trataram-na com frieza. Como é possível que, perante tamanha vulnerabilidade, não haja empatia nem humanidade? Isto não é ausência de sensibilidade, é ter pedras no lugar do coração", acrescenta.

 

“É evidente que há aqui um pacto de silêncio, uma forma de proteger o sistema de saúde corrupto que não assume os seus erros. Médicos que não ajudam, que se demitem da sua função, e uma entidade patronal que vira a cara a quem serviu durante anos com dedicação. Que saúde é esta?”, questiona outra voz próxima da família.

 

Apesar do abandono institucional, a paciente encontra suporte emocional na família: pais, irmãos, marido, cunhados e sobrinhos têm sido a verdadeira rede terapêutica que a mantém de pé. Agora vê-se forçada a recorrer ao fundo de desemprego. Encarará esse tempo como um espaço para se reconstruir, embora admita já sentir saudades dos seus meninos e da adrenalina vivida no dia-a-dia: “Parar para mim não é saudável”, confidenciou. Por isso, promete adaptar-se e encontrar uma nova actividade que lhe devolva o brilho e a alegria que o sistema injusto tentou apagar.

 

Perante esta omissão e falha sistemática, tanto o médico de família como a direcção da instituição educativa serão denunciados às autoridades competentes, incluindo ordens profissionais e entidades de defesa dos direitos humanos. Perante um caso clínico claro, optaram por virar costas à funcionária, ignorando os princípios elementares da empatia, da medicina e da justiça laboral. Quem deveria cuidar, desprotegeu. Quem deveria respeitar, descartou. E quem deveria proteger, falhou. Agora, terão de responder por isso.

 

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