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sexta-feira, 25 de julho de 2025

A SUÍÇA, ROSTO DE NEVE E CORAÇÃO DE GELO

A SUÍÇA, ROSTO DE NEVE E CORAÇÃO DE GELO

 

A Suíça, que se exibe ao mundo como um grande exemplo de civilização, de justiça, de neutralidade e de ordem, é muitas vezes uma máquina fria de cálculo, onde o humano se torna número, estatística, peso morto no orçamento. De fora, tudo reluz, mas nem tudo o que reluz é ouro. Por dentro, muitos dos que lá vivem e contribuíram com suor e lágrimas, saúde e alma, são tratados como sobras de um sistema que só respeita a perfeição produtiva, o lucro sem alma, o cidadão ideal e silencioso.

 

Como pode um país que fala de paz e acolhimento em Bürgenstock (Cimeira para a Paz na Ucrânia), que convida líderes mundiais para a mesa da reconciliação, não estender a mesma mão aos seus próprios filhos?

 

Como pode erguer a bandeira da diplomacia internacional e, ao mesmo tempo, abandonar aqueles que envelhecem dentro das suas fronteiras com reformas indignas e desiguais, obrigando-os a fugir para Portugal, para Itália e outros destinos onde o sol ainda aquece o coração humano com algum custo de vida suportável?

 

A SUVA, que devia proteger quem caiu no trabalho vidrado, é muitas vezes um juiz implacável e cego porque não quer ver, que ignora dores reais, que força os corpos partidos a trabalhar como se ainda fossem inteiros, mesmo que tenham de arrastar uma perna, esconder uma hérnia, suportar uma dor que não dorme, e ainda lhes dizem que são dores psicológicas. Os seguros, tão orgulhosamente chamados de sociais, são redes de arame: aparências de protecção que deixam passar os mais frágeis.

 

A AI (IV), que devia ser bastião da dignidade para quem já não pode, fecha portas, arrasta processos, recusa pensões de invalidez a quem mal se aguenta em pé.

 

Como se não bastasse, o Estado suíço, em conluio com Portugal, pratica o absurdo:

o Duplo Imposto sobre rendimentos em ambos os países, a ferida legal que corrói a pouca estabilidade que resta ao emigrante. Um paga lá, outro cá duplicado, matematicamente é triplo imposto. E no meio, sobra pouco mais do que vergonha.

 

A matemática fiscal do país é feita com lápis de ferro:

contam o salário do cônjuge para negar o que devia ser direito próprio, uma Pensão de Invalidez por inteiro, sem interferir nas contas de ninguém. E a humilhação atinge tal ponto que muitos são forçados a divorciar-se, não por fim de amor, mas por desespero, porque só assim o sistema concede migalhas maiores.

 

Na reforma, cobra-se até 40% no RNH, como se a idade fosse crime e o retorno à pátria uma ofensa. Os emigrantes não residentes são tratados como forasteiros, mesmo que tenham construído com os seus braços uma parte da riqueza helvética.

 

E o mais cruel: a KESB. A entidade que, com o manto da protecção, arranca crianças dos braços dos pais. Não porque haja perigo, mas porque há pobreza, sofrimento ou desorganização, como se o amor não contasse, como se a dignidade de uma família pudesse ser medida em dossiês. Retiram filhos para adopção como se fossem números em listas de espera, destruindo lares para alimentar um sistema que se julga justo.

 

Eu, que dou voz aos que a perderam, não posso calar:

(Defendo os direitos humanos, mesmo quando se escondem atrás de processos, carimbos e códigos.

Defendo os pais e mães que choram sozinhos à porta de instituições.
Defendo os lesados na saúde, os esmagados pelo silêncio dos seguros.

Defendo a criação de órgãos, dentro e fora dos consulados, com advogados nacionais de defesa pagos pelo Estado português, que amparem o emigrante na justiça, que combatam a corrupção sistémica, que protejam o fraco do forte.

Defendo, com alma inteira, o fim do duplo imposto sobre a riqueza.

E denuncio, com voz clara, a frieza da Suíça quando finge não ver.)

 

Se a Suíça quer ser mediadora da paz no mundo, comece por fazer justiça em casa:
O verdadeiro país justo não se mede pelos congressos internacionais, mas pela forma como trata os seus, principalmente os que caíram, os que envelheceram, os que sofrem, os que amam e são esquecidos.

 

Porque o silêncio dos invisíveis há-de ser um grito.
E esse grito, um dia, será ouvido.

 

NOTA DE APELO À NAÇÃO E À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Caso não consiga ser candidato oficial à Presidência da República, pelo menos faço ouvir o meu propósito, com a alma inteira de quem não desiste do que é justo.

Exijo ao futuro Presidente da República Portuguesa que não feche os olhos, que não tape os ouvidos, que assuma, com coragem, o dever de defender os problemas dos portugueses espalhados por todos os países da diáspora. Falo da Suíça porque conheço o terreno, conheço os rostos, conheço o silêncio a que foram votados. Mas sei que o sofrimento não se limita às montanhas helvéticas.

A Revista Repórter X recebe denúncias constantes de mães e pais desesperados, especialmente vindas de Portugal, França, Alemanha, Luxemburgo, Suíça e, em tempos mais distantes, Inglaterra. Falam do roubo de crianças sob capa legal, da destruição de famílias pobres, desorganizadas ou simplesmente frágeis — como se a pobreza fosse crime, como se o amor não contasse.

Isto tem de ser travado. Urgentemente.

O Presidente da República pode não deter todas as competências legais para agir directamente, mas tem a maior de todas: a palavra. Pode e deve dialogar com o Primeiro-Ministro, com a oposição, com a Assembleia da República. Pode pôr os temas incómodos sobre a mesa. Pode convocar consciência, exigir reformas, mobilizar a nação para o que é humano e justo.

Temos de dar voz. Temos de ter voz.
Temos de travar a corrupção — a começar dentro de Portugal, para que não continue a alastrar-se no silêncio da emigração.

Por amor ao povo, por lealdade aos invisíveis, por dever de cidadania, deixo este apelo à consciência nacional.

João Carlos Veloso Gonçalves
“Quelhas”
Pré-Candidato à Presidência da República Portuguesa

João Carlos Quelhas Rumo à Presidência – João Carlos Quelhas Rumo à Presidência

 

 

João Carlos Veloso Gonçalves
“Quelhas”
Pré-Candidato à Presidência da República Portuguesa


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Neta a aprender a cozinhar os alimentos colhidos da terra

Governo alerta para fogo-de-artifício ilegal no 1.º de Agosto, Dia Nacional da Suíça

Governo alerta para fogo-de-artifício ilegal no 1.º de Agosto, Dia Nacional da Suíça


À medida que se aproxima o 1.º de Agosto, data sagrada e símbolo da identidade suíça, o Governo lança um aviso firme e necessário: não se deve importar nem usar fogo-de-artifício proibido. Muitas pessoas desconhecem que certos artefactos pirotécnicos, como morteiros e petardos, são ilegais na Suíça. Quem violar esta regra arrisca-se a ver os seus materiais confiscados e enfrentar sanções legais.

Para importar fogo-de-artifício, é obrigatório obter autorização do Departamento Federal de Polícia (fedpol), mesmo nas compras feitas pela internet. Excepção faz o transporte em viagens, onde cada pessoa pode trazer até 2,5 quilos de artigos pirotécnicos para diversão, desde que esses produtos estejam autorizados em território suíço.

Mas atenção: poder importar não quer dizer que seja permitido disparar estes artefactos livremente. Restrições por seca e proibições de fogo podem impedir o uso, pois a segurança pública e a preservação do meio ambiente são prioritárias.

Neste 1.º de Agosto, que celebra a fundação da Suíça e o seu espírito de unidade, a prudência deve ser o farol que guia todos. Só assim se protege a festa, a tradição e a vida daqueles que nela participam.

autor: quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Sistema ou Corrupção?!

Sistema ou Corrupção 
(dedicado a eles como se fossem eles a piar entre eles)



Fui criado entre teia e códigos,
em comissões onde o povo é ruído,
nasci da lei, mas sou filho do vício,
e alimento-me do silêncio fingido.

Na Assembleia moldam-me ao milímetro,
escrevem-me com palavras de algodão,
sou decreto, norma, directiva,
mas o meu nome antigo é corrupção.

Assinei com mão firme e voto certo,
não pelo povo, mas por convenção,
o protocolo já vinha feito,
só precisava da minha mão.

Recebi dossiês, jantei com pressa,
o assessor disse: “É só assinar”,
não li, não quis, não tive tempo,
mas cumpri o dever de legislar.

Eles lá em cima tecem teias,
e cá em baixo cortam pão ao meio,
chamam sistema ao que é armadilha,
chamam justiça ao que é alheio.

Pagamos impostos com fé nos olhos,
e recebemos migalhas com imposição,
trabalhamos, lutamos, adoecemos,
mas somos números na equação.

Aqueles que estão à frente dos serviços
com o rei na barriga e o peito erguido,
pensam que mandam nas repartições
e tratam o povo como atrevido.

Vivem com gozo do nosso dinheiro,
disfarçam favores por cima da mesa,
e outros, mais finos, por baixo a sorrir,
corrompem com arte, com falsa nobreza.

Favorecem uns, sacrificam outros,
tudo se move com comissão e segredo,
ganham por dentro e por fora do Estado
e ao contribuinte sobra só o degredo.

O elo mais fraco é sempre esmagado,
pela arrogância vestida de lei,
quem bate à porta de um balcão qualquer
já sabe o que vale: menos do que um rei.

Não morri, embora me escondam,
não me rendi, embora me calem,
habito a memória dos que resistem,
e nas ruas ainda há quem fale.

O sistema é grande, mas não eterno,
a corrupção não é destino ou chão,
e um dia, quem semeou tormento,
há-de colher a multidão.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 24 de julho de 2025

A PALAVRA CORTADA PELA FIBRA – UMA RECLAMAÇÃO À SWISSCOM E O SILÊNCIO DA MÁQUINA

A PALAVRA CORTADA PELA FIBRA – UMA RECLAMAÇÃO À SWISSCOM E O SILÊNCIO DA MÁQUINA

Zurique, Julho de 2025

A palavra, quando escrita, tem peso. Fica. Regista. E obriga a resposta. Por isso, há instituições que a evitam, a escondem, ou simplesmente a apagam. Foi o que se verificou recentemente com a operadora suíça Swisscom, cuja recusa em manter um canal formal de comunicação escrita com os seus clientes denuncia uma postura calculada e perigosamente autocrática.

A equipa da Revista Repórter X, que há meses enfrenta graves falhas na qualidade da internet fornecida, viu-se forçada a redigir uma reclamação firme e fundamentada, denunciando não apenas o serviço deficiente, como também os prejuízos directos causados ao trabalho jornalístico, sobretudo nas entrevistas e transmissões online realizadas através da plataforma StreamYard.

A internet fornecida pela Swisscom tem-se mostrado instável, lenta, e manifestamente desproporcional ao preço elevado que é cobrado. Os canais televisivos falham com frequência, Netflix e outras plataformas ficam bloqueadas, e até a rede móvel se mostra caprichosa, interrompendo chamadas sem razão aparente. Para além disso, vários aumentos temporários de velocidade foram misteriosamente revertidos, como se se tratasse de uma espécie de castigo digital por se ter ousado pedir melhor.

Perante esta realidade, a redacção da Revista decidiu agir. Redigiu uma carta formal, em tom sério e respeitoso, mas inegavelmente firme, exigindo a reposição imediata do serviço contratado e alertando para a possibilidade de rescisão por justa causa (Kündigung), caso a situação não se resolvesse.

Foi então que se confrontou com o impensável: a Swisscom deixou de ter e-mail de contacto. O endereço info@swisscom.ch – que durante anos serviu para esclarecimentos e queixas – já não existe. A empresa passou a aceitar apenas chamadas, SMS e chats online. Todos os canais escritos formais foram encerrados. A palavra escrita, aquela que regista e compromete, foi eliminada do processo.

A única alternativa que resta é um formulário escondido no seu sítio electrónico, onde o cliente preenche campos genéricos e não recebe cópia do que enviou. A escrita fica prisioneira da plataforma. Sem prova. Sem rasto. Sem poder.

Esta escolha não é neutra. É uma forma moderna de censura passiva, em que o cidadão, reduzido à condição de consumidor, é impedido de falar com clareza e com registo. Trata-se de uma manobra fria e tecnológica, mas que carrega em si um velho vício: o desprezo por quem paga e ousa reclamar.

A Swisscom, enquanto fornecedora dominante em território suíço, tem responsabilidades. Não apenas técnicas, mas morais e democráticas. Quando uma operadora corta a voz do seu cliente e simultaneamente falha no serviço que presta, não está apenas a vender mal – está a minar a confiança na estrutura da sociedade digital.

A Revista Repórter X mantém a exigência de resposta formal e imediata, e prepara neste momento a exposição do caso junto da Ombudscom, entidade independente de mediação entre consumidores e operadoras. Mais do que uma disputa por megabites, esta é uma batalha pela dignidade da palavra e pela possibilidade de falar – com firmeza, com razão, e com rasto.

Porque a fibra pode ser óptica, mas a verdade ainda se escreve à luz da consciência.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Com a Neta, na apanha do feijão, mostra de como os alimentos vem da terra

quarta-feira, 23 de julho de 2025

SEGURADORAS CRIAM DUPLO CONTRACTO SEM CONSENTIMENTO E TRIBUNAL FEDERAL DE LUSERNA É ACUSADO DE CUMPLICIDADE

SEGURADORAS CRIAM DUPLO CONTRACTO SEM CONSENTIMENTO E TRIBUNAL FEDERAL DE LUSERNA É ACUSADO DE CUMPLICIDADE:

Uma cidadã residente na Suíça denunciou, com indignação e clareza, uma situação que considera gravemente ilegal e escandalosamente ignorada pela justiça helvética. No centro do conflito está um erro administrativo entre duas seguradoras, KPT e ASSURA, que celebraram contractos sobrepostos, criando uma duplicação sem qualquer base legal. O caso chegou ao Tribunal Federal de Luserna, nomeadamente à sua Terceira Secção de Direito Público, e ao Tribunal da Segurança Social de Winterthur.

Segundo a denunciante, a seguradora KPT recusou uma rescisão contractual dentro do prazo legal, enquanto, em simultâneo, a ASSURA emitia um novo contracto sem que o anterior tivesse sido formalmente cancelado. Uma sucessão de falhas que, segundo a própria, devia ter sido prontamente corrigida pela justiça. Mas não foi. “O vosso tribunal, em vez de corrigir esse atropelo à lei, limita-se a subscrevê-lo com silêncio e inércia cúmplice”, escreveu a cidadã na carta enviada aos tribunais.

Só após insistência e denúncia foi que a ASSURA reconheceu não possuir base legal para manter o contracto. Ainda assim, nenhuma medida foi tomada para reparar a situação. A cidadã exige agora a imediata transferência do seguro para a Helsana, única solução que considera justa e legal.

O caso ganha contornos ainda mais graves quando se percebe que o objectivo era unificar todos os seguros da família numa só entidade. No entanto, nem essa instrução foi seguida: os contractos suplementares das seguradoras anteriores não foram rescindidos, aumentando o caos e os encargos.

“Foi tamanha a falta de responsabilidade e de profissionalismo”, afirma, denunciando uma actuação negligente e lesiva, com consequências directas na sua vida.

A cidadã alerta que, caso a ASSURA avance futuramente com um processo por não pagamento, a responsabilidade será do Tribunal Federal de Luserna, por ter recusado corrigir a tempo uma ilegalidade óbvia. Aponta, sem hesitação, parcialidade judicial, protecção dos interesses das seguradoras e desprezo pelas provas apresentadas.

Refere ainda que está a ser afectada emocional e fisicamente por este processo, que a impede de viver em paz como cidadã e como profissional da educação. “Tenho andado stressada, culpo todos aqueles que estão a colocar problemas na minha vida”, escreve, sem medo das palavras.

Na carta, afirma existir alguém neste processo a actuar deliberadamente a favor das seguradoras, ignorando provas, factos e prazos, o que, segundo ela, põe em causa a imparcialidade do próprio tribunal.

Para além da reposição do seguro, exige o pagamento de uma comissão prometida e nunca paga pela ASSURA e uma indemnização pelas consequências e danos causados, alertando que os direitos dos cidadãos não se respeitam por cortesia, mas pela força da lei.

“Exijo ser ouvida em Tribunal. Exijo justiça séria. Exijo respeito humano.”

A Revista Repórter X continuará a acompanhar este processo e a dar voz a todos aqueles que se recusam a ajoelhar perante as injustiças do sistema.

autor: Quelhas
www.revistareporterx.com

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Cantor, João Seabra - Minha mulher

Com a Neta, na apanha do feijão, mostra de como os alimentos vem da terra

Boa filha à casa torna, e com ela renasce o sonho do futebol feminino no GD Porto d’Ave

Boa filha à casa torna, e com ela renasce o sonho do futebol feminino no GD Porto d’Ave


Sandra dos Reis está de volta. E o seu regresso não é apenas simbólico, é fundacional. A jovem que vestiu as cores do GD Porto d’Ave até ao escalão de infantis — onde conquistou o título de campeã — regressa agora à casa que a viu crescer, como primeira contratação do recém-nascido projecto de futebol feminino do clube. E não apenas como jogadora, mas como capitã.

O GD Porto d’Ave, em parceria com o Clube Atlético Castelões, dá assim um passo histórico e consciente na direcção da inclusão, da igualdade e do fortalecimento do desporto local. A equipa técnica está já definida e será em breve apresentada. Também nos próximos dias se iniciarão as sessões de captação de talentos, com divulgação a ser feita através das redes sociais do clube.

Este novo capítulo honra uma história quase cinquentenária de desenvolvimento, onde o desporto serve a comunidade e a identidade se fortalece na continuidade e na renovação. Depois de garantir todos os escalões masculinos, dos petizes aos seniores, e de abraçar o Walking Football com a Associação Assis, o GD Porto d’Ave afirma, com este gesto, que o desporto é para tod@s — e de tod@s.

A casa abre-se de novo à filha que parte para melhor voltar, trazendo consigo a semente de um futuro mais justo e mais belo.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial