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domingo, 9 de fevereiro de 2025
Revista Repórter X Editora Schweiz, Inhaber Veloso Gonçalves `Revista Repórter X / Repórter Editora / Portugiesische Organisation im Dialog in der Schweiz'
A primeira mulher a andar de bicicleta em público em Portugal
A primeira mulher a andar de bicicleta em público em Portugal
Mercedes Blasco,
nascida Conceição Vitória Marques em 4 de setembro de 1867 na
Mina de São Domingos, Alentejo, foi uma atriz, escritora, jornalista e
tradutora portuguesa que deixou uma marca significativa na cena cultural do
final do século XIX e início do século XX.
Blasco destacou-se pelas suas
performances ousadas e inovadoras. Em 1897, causou sensação ao entrar no palco
de bicicleta, um acto inédito e provocador para a época. Durante a
apresentação, cruzou as pernas para segurar a viola enquanto interpretava canções
francesas, desafiando as convenções sociais vigentes.
Além das suas performances teatrais,
Mercedes Blasco era conhecida por utilizar a bicicleta como meio de transporte
na sua vida quotidiana, deslocando-se da sua residência no Chiado até ao Teatro
da Rua dos Condes. Esta atitude reforçava a sua imagem de mulher moderna e
independente, rompendo com os padrões tradicionais da sociedade lisboeta.
A fotografia de 1897, capturada à
porta do Teatro da Rua dos Condes, imortaliza este momento emblemático da
carreira de Mercedes Blasco, simbolizando a sua contribuição para a emancipação
feminina e a modernização dos costumes em Portugal.
O seu gesto foi um acto de desafio às
convenções sociais, pois as mulheres eram muitas vezes desencorajadas a
praticar actividades físicas, especialmente ao ar livre. O impacto da sua acção
foi grande, inspirando outras mulheres a seguir o seu exemplo e a conquistar
mais espaço no domínio da mobilidade e da liberdade.
Esta mudança foi um reflexo das
transformações sociais que estavam a acontecer na época, quando começaram a
surgir movimentos feministas e a luta pela igualdade de género.
A dualidade de José Cesário: elogios à comunicação social, mas ignorando os problemas reais da diáspora
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sábado, 8 de fevereiro de 2025
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Marinês: A Rainha do Xaxado e a Pioneira no Forró
Marinês:
A Rainha do Xaxado e a Pioneira no Forró
Marinês foi uma das pioneiras do forró
e, na década de 50, se destacou como a primeira mulher a formar um grupo de
forró. Junto com o seu marido, o sanfoneiro Abdias, e o zabumbeiro Cacau, ela
fundou a Patrulha de Choque do Rei do Baião, um grupo que se
apresentou em várias cidades do Nordeste do Brasil, especialmente em locais
onde Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, também se apresentava. As suas performances
se tornaram parte do cenário musical de grande destaque nas cidades onde o
"Rei" era aguardado, criando uma forte conexão entre Marinês e o
forró tradicional.
Luiz Gonzaga, sempre disposto a apoiar
novos talentos, era conhecido por apadrinhar artistas que o procuravam. Marinês
foi uma dessas artistas, e o encontro com o Rei do Baião aconteceu em 1955, na
cidade de Propiá, no estado de Sergipe. Na época, Marinês relatou que estava
vivendo o seu "sonho de criança se realizando", pois estava ao lado
de Luiz Gonzaga, alguém que ela admirava profundamente. Em suas palavras,
"Eu ao lado de Luiz Gonzaga, olhando para a cara dele!" expressava a
emoção de estar próxima de uma lenda da música nordestina.
Durante um show em Sergipe, Luiz
Gonzaga convidou Marinês e seu marido para o palco. Esse momento ficou marcado
na história, pois foi quando Gonzaga a batizou como "Rainha do
Xaxado", uma alcunha que se mantém até hoje como uma das suas identidades
mais reconhecidas. Marinês também passou a ser conhecida como "Luiz
Gonzaga de saias", um título que reflete a sua habilidade em transmitir a
força do forró, associando-a ainda mais ao legado do Rei do Baião.
A partir daí, Marinês foi ganhando
cada vez mais destaque, tornando-se uma das maiores representantes do forró e
contribuindo para a popularização do gênero. Com sua voz marcante e o talento
para o xaxado, ela se consolidou como uma das grandes figuras da música
nordestina, sendo respeitada e admirada até hoje. A sua trajetória não só fez
história no cenário musical, mas também ajudou a quebrar barreiras para as
mulheres no meio, numa época em que o forró era majoritariamente dominado por
homens.