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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Poema; Quantos anos eu tenho?

Quantos anos eu tenho?

 

O que importa isso?

Tenho a idade que escolho e que sinto!

A idade em que posso gritar sem temor o que penso,

fazer o que desejo sem receio de errar,

pois trago comigo a experiência dos anos vividos

e a força inabalável das minhas convicções.

 

Não importa quantos anos tenho,

não quero saber disso!

Alguns dizem que estou velho,

outros afirmam que estou no auge.

Mas não são os números que definem a minha vida,

não é o que dizem,

mas sim o que o meu coração sente

e o que a minha mente dita.

 

Tenho os anos suficientes para gritar minhas verdades,

fazer o que quero,

reconhecer velhos erros,

corrigir rotas e valorizar vitórias.

Já não preciso ouvir:

“Você é jovem demais, não vai conseguir”,

ou “Você está velho demais, o seu tempo já passou”.

 

Tenho a idade em que as coisas são vistas com serenidade,

mas com o desejo incessante de continuar crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos

podem ser tocados com os dedos,

e as ilusões se transformam em esperança.

 

Tenho os anos em que o amor,

às vezes, é uma chama ardente,

ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão.

Outras vezes, é um porto de paz,

como o pôr do sol que se reflete nas águas tranquilas do mar.

 

Quantos anos eu tenho?

Não preciso contar,

pois os desejos que alcancei,

os triunfos que obtive,

e as lágrimas que derramei pelas ilusões perdidas,

valem mais do que qualquer número.

 

O que importa se fiz cinquenta, sessenta ou mais?

O que realmente importa é a idade que sinto,

a força que tenho para viver sem medo,

seguir meu caminho com a experiência adquirida

e o vigor dos meus sonhos.

 

Quantos anos eu tenho?

Isso não importa!

Tenho os anos suficientes para não temer mais nada,

e para fazer o que quero e sinto.

A idade? Não importa quantos anos ainda tenho,

porque aprendi a valorizar o essencial

e a carregar comigo apenas o que realmente importa!

 

Observação: o texto costuma a ser erroneamente atribuído a José Saramago, mas atualmente se desconhece o real autor do texto.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Problemas na Aduaneira e CTT afectam envio de livros para Portugal: autores e editores sofrem prejuízos e tem muitas chatices...

Problemas na Aduaneira e CTT afectam envio de livros para Portugal: autores e editores sofrem prejuízos e tem muitas chatices...

Os autores e editoras enfrentam sérias dificuldades na exportação de livros para Portugal devido a problemas recorrentes com a Aduaneira e os serviços dos CTT. Nos últimos meses, têm sido reportados vários casos de livros perdidos ou devolvidos em mau estado ou sujeitos a cobranças injustificadas de taxas aduaneiras já pagas no envio, causando transtornos tanto para quem envia como para os destinatários.

 

Os livros perdidos e danificados:

Recentemente, a Repórter Editora, baseado na Suíça, que regularmente envia livros a clientes e instituições em Portugal, relatou uma série de problemas graves.

"Muitos dos livros enviados simplesmente não chegam ao destino, ou, quando chegam, são devolvidos meses depois em condições deploráveis", afirmou o editor.

O impacto tem sido devastador, com livros amassados, capas danificadas e conteúdo comprometido, impossibilitando a revenda ou redistribuição das obras.

 

As cobranças injustificadas de taxas:

Outro problema significativo tem sido a aplicação de taxas aduaneiras adicionais aos destinatários, mesmo quando essas taxas já foram pagas no momento do envio.

"É inadmissível que, após pagarmos todas as taxas na Suíça, os destinatários em Portugal sejam obrigados a pagar novamente", critica o editor.

Esta situação tem gerado frustração entre os clientes e dificultado o envio de livros como presentes ou ofertas promocionais, especialmente quando os destinatários desconhecem a remessa, arruinando surpresas planeadas.

 

A falta de resposta das autoridades:

O editor também expressou descontentamento com a falta de resposta dos CTT e da Aduaneira Portuguesa.

"Enviei várias reclamações por e-mail, mas nenhuma delas foi respondida de forma satisfatória. Esta falta de comunicação só agrava os problemas e prejudica a confiança nos serviços prestados", desabafou.

O impacto na cultura e no acesso à informação:

Estas dificuldades não afectam apenas os negócios, mas também o acesso à cultura e à informação.

"Estamos a tentar promover a leitura e o acesso a conteúdos culturais, mas as barreiras impostas pela burocracia e pelos serviços de entrega estão a tornar isso quase impossível", lamenta o editor.

 

As medidas de contingência:

Para contornar os problemas, o editor adoptou medidas como o envio de livros por correio normal, sem rastreamento, e a criação de postos de venda locais em Portugal e na Suíça.

"Estamos a fazer o nosso melhor para continuar a distribuir os nossos livros, mas é lamentável que tenhamos que recorrer a estas alternativas por causa de um sistema que claramente precisa de ser reformado", conclui.

 

O apelo à acção:

Os autores, editores e consumidores apelam agora a uma acção rápida e eficaz por parte das autoridades competentes. Exigem melhorias nos serviços de entrega, maior transparência nos processos aduaneiros e uma resposta adequada às reclamações apresentadas. Somente com a colaboração e o compromisso das entidades envolvidas será possível garantir que os livros cheguem ao destino em boas condições e sem custos adicionais injustificados.

 

A Revista Repórter X continuará a acompanhar este caso e outras situações semelhantes, na esperança de que as mudanças necessárias sejam implementadas para proteger os interesses de todos os envolvidos na cadeia de distribuição de livros.

 

Este exemplo de notícia visa expor os problemas enfrentados e pressionar as autoridades para tomarem medidas correctivas.

 

Prof. Ângela Tinoco

Director revista repórter X


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Suíça: A máfia continua presente?

A notícia que se segue está traduzida para português, no qual dá conta de uma notícia bizarra, com má informacão ou desinformação ou então omite algo que desconfio, uma vez falar em Máfia italiana entre a Suíça e o Brasil. Pode ler a nossa pergunta/resposta à notícia incógnita... na postsgem em respostas e noutro post a seguir.

Suíça: A Máfia Continua Presente?

Em meados de Agosto, uma operação anti-máfia conduzida entre a Itália, o Brasil e a Suíça resultou numa detenção e no congelamento de 50 milhões de euros. No Valais, a operação levou a uma rusga na casa de um empresário italiano estabelecido em Saxon, que lidera perto de quarenta empresas, das quais 32 estão registadas na mesma morada em Martigny. Recorda-se ainda a reunião de mafiosos da 'Ndrangheta filmada em Frauenfeld em 2014 e o escândalo de corrupção na autoestrada A9, em Brigue. Esta faceta oculta da Suíça é revelada por Madeleine Rossi, jornalista de investigação e especialista em criminalidade organizada italiana, autora do livro "A Máfia na Suíça – No Coração do Crime Organizado".

Jornalista: Julie Winz
Realizador: Ludovic Labra

Contacte-nos: +41 79 134 34 70 (WhatsApp) ou pointj@rts.ch

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Suisse: la mafia est-elle toujours là?
Mi-août, une opération anti-mafia qui a été menée entre l’Italie, le Brésil et la Suisse, a conduit à une arrestation et au gel de 50 millions d’euros. En Valais, cela a donné lieu à une perquisition chez un homme d’affaires italien établi à Saxon qui est à la tête de près d’une quarantaine d’entreprises, dont 32 enregistrées sous la même adresse à Martigny. On se rappelle de la réunion de mafieux de la 'Ndrangheta filmée à Frauenfeld en 2014 et du scandale de corruption de l'autoroute A9 à Brigue. On dévoile cette face cachée de la Suisse avec Madeleine Rossi, journaliste d’investigation, spécialiste de la criminalité organisée italienne et autrice du livre “La mafia en Suisse – Au coeur du crime organisé”.

Journaliste: Julie Winz

Réalisateur: Ludovic Labra

Nous contacter: +41 79 134 34 70 (WhatsApp) ou pointj@rts.ch

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 8 de outubro de 2024

QR Revista Repórter X para pagamentos

QR Revista Repórter X Editora Schweiz


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Poema; FILHOS DE PORTUGAL

FILHOS DE PORTUGAL

 

No rumo da incerteza

Partimos de ti um dia

Mas na alma portuguesa

Vinha fado e nostalgia...

 

O ter que dizer adeus

Tornou tão triste a partida

Ao separar-me dos meus

Na hora da despedida!

 

Partir não foi desertar

Foi direito e dignidade

De noutro além procurar

Futuro e prosperidade.

 

Essa tão justa ambição

Que não nos pudeste dar.

Entende a nossa razão...

Não te queremos magoar.

 

És nossa Terra querida

Nossa Pátria Lusitana

Amamos-te toda a vida

És nossa mãe soberana.

 

Somos com muito prazer

Sempre Lusos afinal

Com muito orgulho de ser

Teus filhos... Meu Portugal.

 

FILHO AUSENTE

 

Nostálgico filho ausente

Que a Pátria deixaste um dia

Mas que a tens sempre presente

Por constante companhia...

 

Esperançado e risonho

Sem nunca retroceder

Lutas em prol do teu sonho

Numa ânsia de vencer...

 

Em constante dilação

Vais-te enfim adaptando

Nasce em teu peito afeição

À Terra onde vais ficando...

 

Mas nesse País de abrigo

Onde venceste afinal

Guardarás sempre contigo

O teu velho Portugal!…

 

Euclides Cavaco


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Poema; Aqui. A sós. Sem ti. Nem mim.

Aqui. A sós.  Sem ti. Nem mim.

 

É aqui. Nesta cama, neste quarto

No escuro, que eu me sei

Quando as forças me escorregam

E as pernas me atraiçoam

É então aqui que me tenho

Enfrento a sombra, medo que vive

Garra que grita a dor que eu calo

 

Aqui

A sós

Sem ti

Nem mim

 

Então eu percebo o corpo que existe

Que luta e se ergue, se quebra e falha

Resvala nos dias que passam lá fora

Fugindo de mim p'ra eu nos ver

E temem que os chame, que entrem e fiquem

Não querem coitados, os dias que passam

Ficar neste quarto, na cama em que sou

Lembrança que o tempo a todos foge

E apenas se estica a quem pode andar

Mas é neste quarto, no escuro, na cama

Que eu me enfrento e olho p'ra mim

 

Aqui

A sós

Sem ti

Nem mim

 

Por isso não venhas querer desvendar

Aquela que sou, que penso e fui

Eu sou esta sombra que espera o sol

Dos dias que ficam com quem quer andar.

A sós

Sem mim

Nem ti

Aqui

 

Maria da Lua

Ventos Sábios - Ruth Collaço


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Revista Repórter X / Repórter Editora / Organização Portuguesa na Suíça em Diálogo

Revista Repórter X Editora Schweiz, Inhaber Veloso Gonçalves


`Revista Repórter X / Repórter Editora / Organização Portuguesa na Suíça em Diálogo'

 


Defensores dos Direitos Humanos:

Revista cultural entre Portugal e Suíça e o resto do Mundo de língua e expressão portuguesa!

Jornalismo. Crítica. Debate. Notícia. Entrevista. Reportagem. Biografia. História. Publicidade. Política. Religião. Desporto. Sociedade. Europa. Mundo.

 

Eventos Culturais:

Galas de aniversário Repórter X. Fado. Moda. Lançamento de livros Repórter Editora. Culturalidades…

 

A revista nasceu em versão online, 01 de Abril de 2012 e foi registada em 20/04/2016 no Registo Comercial de Zurique em versão impressa em papel e online.

 

Handelsregistereintrag (Registro Comercial): 01.04.2012 / 25.04.2016 / 2024 – 12 Anos

 

Revista Repórter X Editora Schweiz, Inhaber Veloso Gonçalves - João Carlos Veloso Gonçalves

UID - Identificação Fiscal: CHE-440.879.855

HR-Nummer - Número de Registro Comercial CH-020.1.073.125-8

Empresário individual (SOGC No. 5 de 09.01.2023, Publ. 1005646932).

 


Fundador: João Carlos Veloso Gonçalves

Director/Chefe de Administração: Prof. Ângela Tinoco

Contabilidade: Bárbara de Matos

Sociólogo político, conselheiro repórter X: Dr. José Macedo Barros

 

E-mail: loja.inovalar@gmail.com

E-mail: revistareporterxeditora@gmail.com

autor: Quelhas; inspiracaodocompositor@sapo.pt


Website: https://revistareporterx.blogspot.com/

 

0041 76 402 96 16

Revista Repórter X Editora Schweiz


Glasistrasse 9
8180 Bülach

 

 

 

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Cristina Santiago na representação portuguesa no Salon international d’art contemporain art3f Paris e Luxembourg

Cristina Santiago na representação portuguesa no Salon international d’art contemporain art3f  Paris e Luxembourg


Natural de Coimbra, Cristina Santiago licenciou-se em Serviço Social no Porto em 1994. Embora a pintura não tenha sido o seu percurso académico inicial, a sua formação em Ciências Sociais foi fundamental para desenvolver o seu gosto estético e sensibilidade artística, especialmente no campo das emoções humanas.

A partir de 2020, começou a pintar com maior regularidade e disciplina, participando em diversos workshops, ateliers e formações online, o que lhe permitiu aperfeiçoar técnicas de pintura a óleo. Tornou-se uma pintora figurativa, com um estilo que reflete a profundidade do significado da existência e a ideia de que fazemos parte de um todo maior.

Nas suas obras, Cristina explora maneiras de representar sons, movimentos e estados emocionais positivos, essenciais para a resiliência humana. A sua inquietação social leva-a a criar composições que narram diferentes histórias e jogos visuais. A figura feminina ocupa um papel central e simbólico nas suas pinturas, sendo representada como um elo fundamental nas redes de apoio emocional, sempre agindo com o coração, mesmo quando cicatrizes, dores e deceções parecem moldar o destino. Para Cristina, o modo de vida é uma escolha consciente.

Nos últimos anos, participou em diversas exposições coletivas em Portugal e em outros países da União Europeia, destacando-se:

 

  • Galeria Noroeste, "Arte na Vida dos Profissionais de Saúde", Viana do Castelo, 2022
  • Espaço Cultural do ULSAM, "Our Minds, Our Rights", Viana do Castelo, 2023
  • Galeria Barca D’Artes, Centro Cultural Alto Minho, "Com a Alma pelo Avesso do Útero", Viana do Castelo, 2024
  • Galeria Barca D’Artes, "Comemorações do 25 de Abril - Paz e Solidariedade", Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Viana do Castelo, 2024
  • REM Espaço de Arte, Exposição "Arte Ecl(Ética)", Simultâneas de Miguel Bombarda, Porto, maio 2024
  • Art3f – Exposição Internacional de Arte Contemporânea, Galeria AvA, Paris, 20-22 de setembro de 2024
  • Art3f – Exposição Internacional de Arte Contemporânea, Galeria AvA, Luxemburgo, 27-29 de setembro de 2024
  • Exposição Coletiva de Artes Visuais, FOZ ARTE – Forte de São João Baptista da Foz do Douro, Porto, 12 de setembro de 2024

 



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Projeto de Lei que revoga a propina no ensino de Português no Estrangeiro

Projeto de Lei nº     /XVI


Projeto de Lei que revoga a propina no ensino de Português no Estrangeiro


Revoga a propina no ensino do português no estrangeiro, procedendo à 5.ª alteração ao Decreto-Lei n.º 165/2006, de 11 de agostExposição de motivos

O Ensino de Português no Estrangeiro constitui uma modalidade especial de educação escolar de ensino, facultativa, particularmente dirigida aos filhos dos portugueses residentes no estrangeiro, que tem como objetivo a valorização pessoal e a valorização e promoção da língua e da cultura portuguesa, bem como a sua difusão internacional.

A língua portuguesa constitui um importante fator de afirmação da presença portuguesa no mundo e um elemento central da política externa nacional. Associado à língua está também a cultura e a economia, a identidade e a ligação a Portugal. Por isso, e como estabelece a Constituição e as respetivas leis que enquadram a sua implementação, como o Decreto-Lei nº 165/2006 e a Lei de Bases do Ensino, a Língua e a cultura devem ser valorizadas em todas as dimensões e em todos os graus de ensino, o acesso aos cursos deve ser facilitado e a sua expansão e melhoria pedagógica deve ser promovida.

Logo após a introdução, em 2012, pelo Governo do PSD/CDS, de uma taxa de frequência, vulgo, propina, que nunca antes existira, o Grupo Parlamentar do PS defendeu a sua abolição, como forma de atenuar as diferenças nos perfis de ensino nos países onde é lecionado, fruto de diferentes práticas administrativas e orientações educativas. Em coerência com o que defendeu no seu programa eleitoral e defendeu na campanha, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista vem agora propor o fim da propina nos cursos tutelados pelo Camões I.P.

Deve referir-se que, mesmo sem haver estudos que o comprovem, é de admitir que o pagamento da propina possa constituir-se como fator dissuasor para a inscrição de jovens nos cursos tutelados pelo Instituto Camões. Tem sido esta, pelo menos, a posição de inúmeros responsáveis das comunidades, entre sindicatos, professores, associações de pais e Conselho das Comunidades Portuguesas.

O caso da França é paradigmático, devido à cogestão dos cursos com o Ministério francês da Educação e as mairies, persistem tanto os cursos tutelados pelo Instituto Camões, que são gratuitos e certificados, como um ensino associativo bastante disseminado, que é pago, mas não é certificado, e ao qual, por vezes, falta a necessária qualidade.

Ao longo do tempo, os cursos de português no estrangeiro têm ganho qualidade e prestígio devido à qualidade dos conteúdos e à certificação dos cursos, tornando-se cada vez mais um importante instrumento de valorização pessoal e profissional, cumprindo ao mesmo tempo o desígnio de reforçar a ligação afetiva a Portugal e de projetar de forma mais enfática o país a nível global.

Dada a sua projeção a nível global e a sua presença em várias dezenas de instituições internacionais, a Língua Portuguesa e o seu ensino devem ser encaradas com mesmo tipo de ambição que outras línguas amplamente faladas, como o Inglês ou o Castelhano, deixando assim definitivamente para trás a perceção redutora da Língua Portuguesa como Língua de emigração.

Estando garantida a gratuitidade dos cursos de Português no Estrangeiro, justifica-se, assim, que haja lugar ao pagamento do diploma que certifique o nível de proficiência alcançado, em montante de definir pelo Governo.

Neste contexto, importa também que seja acautelado que a eliminação da propina não gere uma desresponsabilização de pais e alunos quanto à frequência dos cursos, no sentido de poder causar abandono escolar.

Por outro lado, deve continuar a ser feita a aposta na introdução de outras tipologias de ensino, sempre com natureza complementar, de que é exemplo a experiência de ensino on-line em Bordéus e Estrasburgo, de forma a tentar alcançar os jovens que estão mais longe dos centros urbanos com maior aglomeração de portugueses. Tudo o que for feito politicamente pela Língua e cultura portuguesas ensinadas no estrangeiro através dos cursos tutelados pelo Instituto Camões, deve ser no sentido de valorizar e fortalecer a sua presença no mundo, melhorando os meios didáticos e pedagógicos, incluindo o recurso a meios digitais como os tablets ou os que são usados para o ensino à distância, apostando sempre na integração dos cursos nos currículos escolares locais e aumentando o número de alunos e professores, motivando uns e outros. Também o registo dos alunos deve ser claro e transparente para facilitar o trabalho administrativo de constituição das turmas.

É, por isso, importante assegurar que a Língua portuguesa seja transmitida com a maior qualidade pedagógica e eficácia possível, não perdendo de vista que ela poderá ser falada por mais de 350 milhões de pessoas em 2050, particularmente devido ao crescimento demográfico na África lusófona.

Pelo exposto, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista submete o seguinte Projeto de Lei, que revoga a propina (ou taxa de frequência) no ensino de Português no Estrangeiro.

Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, as Deputadas e os Deputados do Partido Socialista abaixo-assinados apresentam o seguinte Projeto de Lei:

Artigo 1.º

Objeto

A presente lei revoga a taxa de frequência para o Ensino de Português no Estrangeiro, procedendo, à quinta alteração ao Decreto-Lei nº 165/2006, de 11 de agosto, que estabelece o regime jurídico do ensino de Português no Estrangeiro.

Artigo 2.º

Alteração ao Decreto-Lei n-º 165/2006, de 11 de agosto

É alterado o artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 165/2006, de 11 de agosto, que estabelece o regime jurídico do ensino português no estrangeiro, que passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 5.º

5 – [Revogado].

6 – Os alunos que frequentam os cursos tutelados pelos Camões I.P. que pretendam obter um diploma que certifique os níveis de proficiência alcançados ficam sujeitos ao pagamento de um valor a definir por portaria.

7 – As verbas referidas nos números anteriores são geridas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Camões, I.P.)] e podem constituir-se como receita.

Artigo 3.º

Regulamentação

1 – O governo aprova a portaria referida no n.º 6 do artigo 5.º do Decreto-Lei nº 165/2006, de 11 de agosto, no prazo de 60 dias após a entrada em vigor da presente lei.

2 – Até à aprovação da portaria referida no artigo anterior mantêm-se em vigor as normas da Portaria n.º 102/2013, de 11 de março, relativas às taxas devidas pela certificação.

Artigo 4.º

Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor com o Orçamento do Estado subsequente à sua publicação.

Palácio de São Bento, 30 de setembro de 2024.

 

As Deputadas e os Deputados

Paulo Pisco

João Paulo Rebelo

Pedro Delgado Alves

 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Femicídio em Bülach: Testemunha relata o horror de encontrar mãe assassinada diante dos filhos

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