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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Sistema ou Corrupção?!

Sistema ou Corrupção 
(dedicado a eles como se fossem eles a piar entre eles)



Fui criado entre teia e códigos,
em comissões onde o povo é ruído,
nasci da lei, mas sou filho do vício,
e alimento-me do silêncio fingido.

Na Assembleia moldam-me ao milímetro,
escrevem-me com palavras de algodão,
sou decreto, norma, directiva,
mas o meu nome antigo é corrupção.

Assinei com mão firme e voto certo,
não pelo povo, mas por convenção,
o protocolo já vinha feito,
só precisava da minha mão.

Recebi dossiês, jantei com pressa,
o assessor disse: “É só assinar”,
não li, não quis, não tive tempo,
mas cumpri o dever de legislar.

Eles lá em cima tecem teias,
e cá em baixo cortam pão ao meio,
chamam sistema ao que é armadilha,
chamam justiça ao que é alheio.

Pagamos impostos com fé nos olhos,
e recebemos migalhas com imposição,
trabalhamos, lutamos, adoecemos,
mas somos números na equação.

Aqueles que estão à frente dos serviços
com o rei na barriga e o peito erguido,
pensam que mandam nas repartições
e tratam o povo como atrevido.

Vivem com gozo do nosso dinheiro,
disfarçam favores por cima da mesa,
e outros, mais finos, por baixo a sorrir,
corrompem com arte, com falsa nobreza.

Favorecem uns, sacrificam outros,
tudo se move com comissão e segredo,
ganham por dentro e por fora do Estado
e ao contribuinte sobra só o degredo.

O elo mais fraco é sempre esmagado,
pela arrogância vestida de lei,
quem bate à porta de um balcão qualquer
já sabe o que vale: menos do que um rei.

Não morri, embora me escondam,
não me rendi, embora me calem,
habito a memória dos que resistem,
e nas ruas ainda há quem fale.

O sistema é grande, mas não eterno,
a corrupção não é destino ou chão,
e um dia, quem semeou tormento,
há-de colher a multidão.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 24 de julho de 2025

A PALAVRA CORTADA PELA FIBRA – UMA RECLAMAÇÃO À SWISSCOM E O SILÊNCIO DA MÁQUINA

A PALAVRA CORTADA PELA FIBRA – UMA RECLAMAÇÃO À SWISSCOM E O SILÊNCIO DA MÁQUINA

Zurique, Julho de 2025

A palavra, quando escrita, tem peso. Fica. Regista. E obriga a resposta. Por isso, há instituições que a evitam, a escondem, ou simplesmente a apagam. Foi o que se verificou recentemente com a operadora suíça Swisscom, cuja recusa em manter um canal formal de comunicação escrita com os seus clientes denuncia uma postura calculada e perigosamente autocrática.

A equipa da Revista Repórter X, que há meses enfrenta graves falhas na qualidade da internet fornecida, viu-se forçada a redigir uma reclamação firme e fundamentada, denunciando não apenas o serviço deficiente, como também os prejuízos directos causados ao trabalho jornalístico, sobretudo nas entrevistas e transmissões online realizadas através da plataforma StreamYard.

A internet fornecida pela Swisscom tem-se mostrado instável, lenta, e manifestamente desproporcional ao preço elevado que é cobrado. Os canais televisivos falham com frequência, Netflix e outras plataformas ficam bloqueadas, e até a rede móvel se mostra caprichosa, interrompendo chamadas sem razão aparente. Para além disso, vários aumentos temporários de velocidade foram misteriosamente revertidos, como se se tratasse de uma espécie de castigo digital por se ter ousado pedir melhor.

Perante esta realidade, a redacção da Revista decidiu agir. Redigiu uma carta formal, em tom sério e respeitoso, mas inegavelmente firme, exigindo a reposição imediata do serviço contratado e alertando para a possibilidade de rescisão por justa causa (Kündigung), caso a situação não se resolvesse.

Foi então que se confrontou com o impensável: a Swisscom deixou de ter e-mail de contacto. O endereço info@swisscom.ch – que durante anos serviu para esclarecimentos e queixas – já não existe. A empresa passou a aceitar apenas chamadas, SMS e chats online. Todos os canais escritos formais foram encerrados. A palavra escrita, aquela que regista e compromete, foi eliminada do processo.

A única alternativa que resta é um formulário escondido no seu sítio electrónico, onde o cliente preenche campos genéricos e não recebe cópia do que enviou. A escrita fica prisioneira da plataforma. Sem prova. Sem rasto. Sem poder.

Esta escolha não é neutra. É uma forma moderna de censura passiva, em que o cidadão, reduzido à condição de consumidor, é impedido de falar com clareza e com registo. Trata-se de uma manobra fria e tecnológica, mas que carrega em si um velho vício: o desprezo por quem paga e ousa reclamar.

A Swisscom, enquanto fornecedora dominante em território suíço, tem responsabilidades. Não apenas técnicas, mas morais e democráticas. Quando uma operadora corta a voz do seu cliente e simultaneamente falha no serviço que presta, não está apenas a vender mal – está a minar a confiança na estrutura da sociedade digital.

A Revista Repórter X mantém a exigência de resposta formal e imediata, e prepara neste momento a exposição do caso junto da Ombudscom, entidade independente de mediação entre consumidores e operadoras. Mais do que uma disputa por megabites, esta é uma batalha pela dignidade da palavra e pela possibilidade de falar – com firmeza, com razão, e com rasto.

Porque a fibra pode ser óptica, mas a verdade ainda se escreve à luz da consciência.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Com a Neta, na apanha do feijão, mostra de como os alimentos vem da terra

quarta-feira, 23 de julho de 2025

SEGURADORAS CRIAM DUPLO CONTRACTO SEM CONSENTIMENTO E TRIBUNAL FEDERAL DE LUSERNA É ACUSADO DE CUMPLICIDADE

SEGURADORAS CRIAM DUPLO CONTRACTO SEM CONSENTIMENTO E TRIBUNAL FEDERAL DE LUSERNA É ACUSADO DE CUMPLICIDADE:

Uma cidadã residente na Suíça denunciou, com indignação e clareza, uma situação que considera gravemente ilegal e escandalosamente ignorada pela justiça helvética. No centro do conflito está um erro administrativo entre duas seguradoras, KPT e ASSURA, que celebraram contractos sobrepostos, criando uma duplicação sem qualquer base legal. O caso chegou ao Tribunal Federal de Luserna, nomeadamente à sua Terceira Secção de Direito Público, e ao Tribunal da Segurança Social de Winterthur.

Segundo a denunciante, a seguradora KPT recusou uma rescisão contractual dentro do prazo legal, enquanto, em simultâneo, a ASSURA emitia um novo contracto sem que o anterior tivesse sido formalmente cancelado. Uma sucessão de falhas que, segundo a própria, devia ter sido prontamente corrigida pela justiça. Mas não foi. “O vosso tribunal, em vez de corrigir esse atropelo à lei, limita-se a subscrevê-lo com silêncio e inércia cúmplice”, escreveu a cidadã na carta enviada aos tribunais.

Só após insistência e denúncia foi que a ASSURA reconheceu não possuir base legal para manter o contracto. Ainda assim, nenhuma medida foi tomada para reparar a situação. A cidadã exige agora a imediata transferência do seguro para a Helsana, única solução que considera justa e legal.

O caso ganha contornos ainda mais graves quando se percebe que o objectivo era unificar todos os seguros da família numa só entidade. No entanto, nem essa instrução foi seguida: os contractos suplementares das seguradoras anteriores não foram rescindidos, aumentando o caos e os encargos.

“Foi tamanha a falta de responsabilidade e de profissionalismo”, afirma, denunciando uma actuação negligente e lesiva, com consequências directas na sua vida.

A cidadã alerta que, caso a ASSURA avance futuramente com um processo por não pagamento, a responsabilidade será do Tribunal Federal de Luserna, por ter recusado corrigir a tempo uma ilegalidade óbvia. Aponta, sem hesitação, parcialidade judicial, protecção dos interesses das seguradoras e desprezo pelas provas apresentadas.

Refere ainda que está a ser afectada emocional e fisicamente por este processo, que a impede de viver em paz como cidadã e como profissional da educação. “Tenho andado stressada, culpo todos aqueles que estão a colocar problemas na minha vida”, escreve, sem medo das palavras.

Na carta, afirma existir alguém neste processo a actuar deliberadamente a favor das seguradoras, ignorando provas, factos e prazos, o que, segundo ela, põe em causa a imparcialidade do próprio tribunal.

Para além da reposição do seguro, exige o pagamento de uma comissão prometida e nunca paga pela ASSURA e uma indemnização pelas consequências e danos causados, alertando que os direitos dos cidadãos não se respeitam por cortesia, mas pela força da lei.

“Exijo ser ouvida em Tribunal. Exijo justiça séria. Exijo respeito humano.”

A Revista Repórter X continuará a acompanhar este processo e a dar voz a todos aqueles que se recusam a ajoelhar perante as injustiças do sistema.

autor: Quelhas
www.revistareporterx.com

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Cantor, João Seabra - Minha mulher

Com a Neta, na apanha do feijão, mostra de como os alimentos vem da terra

Boa filha à casa torna, e com ela renasce o sonho do futebol feminino no GD Porto d’Ave

Boa filha à casa torna, e com ela renasce o sonho do futebol feminino no GD Porto d’Ave


Sandra dos Reis está de volta. E o seu regresso não é apenas simbólico, é fundacional. A jovem que vestiu as cores do GD Porto d’Ave até ao escalão de infantis — onde conquistou o título de campeã — regressa agora à casa que a viu crescer, como primeira contratação do recém-nascido projecto de futebol feminino do clube. E não apenas como jogadora, mas como capitã.

O GD Porto d’Ave, em parceria com o Clube Atlético Castelões, dá assim um passo histórico e consciente na direcção da inclusão, da igualdade e do fortalecimento do desporto local. A equipa técnica está já definida e será em breve apresentada. Também nos próximos dias se iniciarão as sessões de captação de talentos, com divulgação a ser feita através das redes sociais do clube.

Este novo capítulo honra uma história quase cinquentenária de desenvolvimento, onde o desporto serve a comunidade e a identidade se fortalece na continuidade e na renovação. Depois de garantir todos os escalões masculinos, dos petizes aos seniores, e de abraçar o Walking Football com a Associação Assis, o GD Porto d’Ave afirma, com este gesto, que o desporto é para tod@s — e de tod@s.

A casa abre-se de novo à filha que parte para melhor voltar, trazendo consigo a semente de um futuro mais justo e mais belo.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 22 de julho de 2025

SwissCom: Dringende Beschwerde über Internetdienst – mögliche sofortige Kündigung

SwissCom: Dringende Beschwerde über Internetdienst – mögliche sofortige Kündigung

Sehr geehrte Damen und Herren der SwissCom,

Hiermit möchten wir unseren tiefen Unmut über die mangelhafte Qualität des von Ihnen erbrachten Dienstes zum Ausdruck bringen. Das Internet ist äusserst langsam und beeinträchtigt unsere berufliche und alltägliche Arbeit erheblich – sowohl an den Computern als auch auf den Mobiltelefonen.

Die Revista Repórter X, die auf eine stabile Verbindung angewiesen ist, um Online-Interviews und Live-Übertragungen über Plattformen wie StreamYard durchzuführen, ist wiederholt durch die Schwächen Ihres Netzes behindert worden. Solche Situationen gefährden die Pressefreiheit und die Ausübung unseres öffentlichen Auftrags.

Mehrfach haben wir Sie darauf hingewiesen, dass unsere Tätigkeit vollständig online erfolgt und wir uns gerade deshalb für Ihren Dienst entschieden haben – im Vertrauen auf eine schnelle und zuverlässige Verbindung. Was wir jedoch erhalten, ist ein Service, der in keinem Verhältnis zu den hohen monatlichen Kosten steht. Zusätzlich zur instabilen Internetverbindung gibt es häufige Ausfälle bei den Fernsehsendern, Netflix und andere Streaming-Plattformen funktionieren schlecht, und sogar das Mobilfunknetz zeigt oft eine schwache Signalstärke.

Bereits mehrfach haben wir eine Erhöhung der Geschwindigkeit (in Megabit pro Sekunde) beantragt, was jeweils nur vorübergehend umgesetzt wurde, um danach stillschweigend wieder reduziert zu werden. Diese Praxis ist inakzeptabel und erscheint bewusst darauf ausgerichtet, den Kunden zu zermürben und zum Schweigen zu bringen – etwas, das wir keinesfalls hinnehmen werden.

Vor diesem Hintergrund fordern wir, dass der vertraglich zugesicherte Dienst umgehend und dauerhaft in der versprochenen Qualität wiederhergestellt wird. Andernfalls sehen wir uns gezwungen, den Vertrag fristlos zu kündigen (Kündigung aus wichtigem Grund), mit sofortiger Wirkung und voller rechtlicher Tragweite.

Wir erwarten eine schnelle und endgültige Lösung Ihrerseits. Die Verantwortung liegt bei Ihnen.

Mit freundlichen Grüssen
João Carlos Veloso Gonçalves

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A Neta vai tirar batatas e começa a entender como se extrai os alimentos da terra

Ensinar a Neta de pouco como se colhe alimentos e de onde eles advêm. Campo!

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Ensinar um pouco como se colhe alimentos e de onde eles advém. Campo!

Ensinar um pouco como se colhe alimentos e de onde eles advém. Campo!

Feijão 

https://youtu.be/1FHxMV3yDn8?si=mivRM-jcMVFjGRdd

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Cliente do Novo Banco denuncia atendimento automatizado e comunicação impessoal

Cliente do Novo Banco denuncia atendimento automatizado e comunicação impessoal

Um cidadão português manifestou o seu desagrado quanto à forma como tem sido tratado pelo Novo Banco, em especial no que diz respeito à comunicação com o balcão da sua terra natal, a Braga.

Segundo o relato, as chamadas feitas por este cliente ao balcão local não são atendidas por funcionários, sendo desviadas para uma assistente virtual designada por “Mia”, que encaminha o contacto para Lisboa. O cidadão considera tal prática desumanizante e profundamente desajustada: “Quando ligo para a minha terra, quero falar com alguém da minha terra”, lamenta. O atendimento impessoal e mecânico é visto como um sinal da crescente desresponsabilização institucional.

O problema ganha contornos mais graves quando o cidadão refere que tenta devolver chamadas recebidas do balcão, sem sucesso. Ou seja, quando está indisponível e não atende de imediato, ainda assim retribui a chamada, mas não obtém resposta. “Pagam-me com a mesma moeda, e isso não é digno de um serviço que se diz próximo e personalizado.”

Além disso, o cliente denuncia o envio insistente de e-mails automáticos, com pedidos de retificação de dados já actualizados há mais de um ano. Acrescenta ainda que recebe diariamente dezenas de mensagens, muitas das quais acabam na pasta de spam por partirem de endereços electrónicos pouco claros, ou com aparência semelhante a tentativas de burla digital.

Por isso, tomou uma decisão clara: só responde a comunicações devidamente identificadas, feitas com nome e responsabilidade. Recusa, por razões de segurança e bom senso, seguir instruções oriundas de e-mails impessoais, automáticos ou que, à semelhança de tantos outros, tentam empurrar os clientes para procedimentos que nunca solicitaram.

A situação, segundo o próprio, ficou resolvida, mas deixa o alerta: a confiança entre cliente e banco constrói-se com presença humana, clareza e respeito — nunca com vozes artificiais nem com mensagens que confundem mais do que ajudam.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A Revista Repórter X recebeu um comunicado oficial da Cidade de Bülach sobre obras nocturnas

A Revista Repórter X recebeu um comunicado oficial da Cidade de Bülach sobre obras nocturnas


A revista Repórter X informa os seus leitores que recebeu esta semana um comunicado oficial enviado por correio electrónico pela Cidade de Bülach, dirigido aos moradores e interessados, a dar conta da realização de obras nocturnas relacionadas com a construção da nova passerelle pedonal.

Segundo o comunicado, os trabalhos decorrerão entre as noites de 21 e 25 de Julho, sendo a primeira intervenção nocturna para a colocação dos pilares de ancoragem da passerelle. O município alerta para a inevitabilidade do ruído provocado pelos trabalhos.

Outras fases de obras nocturnas estão previstas até meados de Agosto, nomeadamente entre os dias 27 e 31 de Julho, na noite de 3 para 4 de Agosto, e ainda entre os dias 10 e 16 de Agosto.

A cidade de Bülach sublinha que os trabalhos nocturnos realizam-se apenas quando não é possível executar as intervenções durante o dia, nomeadamente por razões de segurança junto das vias férreas e linhas eléctricas. As obras iniciar-se-ão sempre às 20 horas.

A Repórter X acompanhará de perto este tema e fará eco das preocupações da população, apelando ao civismo, ao respeito pelos moradores e à transparência das autoridades locais.

Mais informações poderão ser consultadas na página oficial: www.buelach.ch/passerelle.

autor: quelhas.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Zezinha Peniche - Lisboa sou eu

Título: “Lisboa Sou Eu”



Cresci no coração de Lisboa, entre a Avenida de Roma e a Avenida de Berna, mas foi na Rua Nova da Piedade que aprendi a ouvir o som da cidade como se fosse uma canção escrita só para mim.

Lisboa era o meu recreio, o meu quintal, o meu palco. As ruas não eram ruas, eram caminhos com alma. Lembro-me do cheiro da sardinha assada a subir pelas vielas de São Bento, das peixeiras na Praça da Figueira a gritarem com graça, dos risos nas festas de Santo António a iluminarem as noites de Junho. Lisboa era isso: voz, cor, cheiro e memória.

Ajudei muitas vezes a minha tia a entregar leite com o carrinho de mão. Íamos rua abaixo, rua acima, cumprimentando os vizinhos como se fossem todos da mesma família. Lisboa era vizinhança, era partilha. E quando o Chiado ardeu, foi como se tivesse ardido um bocadinho do nosso peito. Eu vi. Eu senti. Mas Lisboa renasceu — como sempre renasce — mais moderna, é certo, mas com aquela alma que ninguém consegue matar.

Lembro-me do tempo do 25 de Abril. Lisboa estava em festa, e eu também. As ruas cheias, os cravos nas mãos, os olhos brilhantes de esperança. Era uma cidade inteira a acordar de um sonho antigo para viver um novo.

Mas há uma Lisboa que poucos conhecem como eu conheci: a Lisboa da música. Trabalhei na Valentim de Carvalho, e ali vivi o tempo da Amália. Aqueles dias foram fado puro. Vi discos a nascerem com alma, vendi tantos vinis, tantos sonhos em forma de canção. Ouvia a voz da Amália antes de ela chegar às casas das pessoas, sentia o fado ainda quente, recém-gravado, como se fosse um segredo que Lisboa sussurrava ao mundo. Amália era Lisboa. E Lisboa era fado.

Corri vezes sem conta desde São Bento até Santa Apolónia, atravessando a cidade como quem atravessa a própria vida. Passava pela Rua da Boa Vista, pelos bares que se enchiam de risos e promessas, e ali, entre o cheiro do mar e o som dos passos, Lisboa sussurrava-me ao ouvido: “Não te esqueças de mim.”

Hoje, Lisboa está diferente. Mais moderna, mais apressada. Mas eu continuo a vê-la com os olhos da infância, com os pés descalços do tempo, com a alma cheia de saudade. Para mim, Lisboa é a cidade mais bonita da Europa. Não pelos monumentos — mas pela memória viva em cada esquina.

Lisboa sou eu. Sou eu em cada rua, em cada azulejo, em cada janela onde ecoou o fado. Sou eu naquele disco que vendi com carinho, naquela bica tirada no Café Nicola, naquele elétrico 28 que me levava aos sonhos. Lisboa está em mim, como uma promessa que não se quebra.

E se um dia me derem um palco, eu não subirei sozinha. Levarei comigo as ruas de Lisboa, a voz da Amália, o cheiro do pão quente, o riso da minha tia, o tilintar dos copos num arraial. Levarei Lisboa inteira, porque Lisboa não é só uma cidade.

Lisboa é quem fui, quem sou — e quem nunca deixarei de ser.

Autoria Zezinha Peniche

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 20 de julho de 2025

O VICTOR — ENTRE A TRADIÇÃO, O RECONHECIMENTO E O JOGO DAS DISTINÇÕES:

O VICTOR — ENTRE A TRADIÇÃO, O RECONHECIMENTO E O JOGO DAS DISTINÇÕES:


Chegou à Revista Repórter X a seguinte nota pública:

"É com enorme orgulho que vemos o nome da Póvoa de Lanhoso enaltecido pela distinção atribuída ao Senhor Victor Peixoto, do “Restaurante O Victor”, condecorado pelo Presidente da República com a Ordem do Mérito Comercial. Apresentamos os nossos mais sinceros parabéns e desejamos-lhe continuação de sucesso e muitas felicidades."

A distinção agora concedida ao senhor Victor Peixoto, fundador do afamado Restaurante O Victor, em São João de Rei, freguesia da Póvoa de Lanhoso, é vista por muitos como um justo reconhecimento de uma vida inteira dedicada à gastronomia tradicional. O restaurante tornou-se uma referência no Minho e em Portugal, sobretudo pela excelência do bacalhau assado na brasa, servido em postas generosas, acompanhado de batata a murro, grelos e azeite verdadeiro, à moda antiga.

Victor Peixoto, homem simples, filho da terra, começou por dar continuidade à tasca do pai, até transformar o espaço num templo da cozinha minhota. Hoje, com mais de oitenta anos, ainda se cruza entre as mesas, mantendo viva a tradição e a hospitalidade que conquistaram gerações.

Porém, como em tantas casas de renome, nem todos os louvores se ficam pela cozinha. O título de “rei do bacalhau” não surgiu do acaso, mas também da habilidade de se posicionar nos círculos certos — entre autarquias, rotas gastronómicas e interesses turísticos. Como nos confidenciou um cliente e o autor deste texto, desiludidos:

"Fui lá uma vez de propósito e achei o maior barrete que alguma vez apanhei, não percebo o fascínio."

Claro, aqui tens só a citação, limpa e directa:

«Eu, além de escritor e colaborador em jornais locais, era técnico de vendas e andava a visitar clientes em São João de Rei. Num dia, com fome, dirigi-me ao restaurante O Victor, barrou-me a porta e negou-me uma refeição para comer no carro. Fui recusado, mesmo conhecido e estando endinheirado. Não precisava de fama, apenas de ser tratado como humano. Essa recusa ficou-me marcada, porque um restaurante que os clientes gabam pela hospitalidade não pode fechar as portas a quem lhe bate, para saciar a fome e voltar ao trabalho.»

A verdade, nua e crua, é esta: qualquer restaurante que trabalhe com qualidade podia ser chamado rei de um prato ou de uma cozinha, desde que a promoção passasse pelo crivo da política local e do turismo institucional. Há mérito, sim — mas também há bastidores, onde os aplausos se compram e as distinções se oferecem, tantas vezes mais ao cartão de visita do que à essência da casa.

O Victor é um caso curioso, onde o reconhecimento e a fama caminharam lado a lado com o trabalho sério. Talvez porque, ao contrário de outros, nunca deixou cair a qualidade, apesar das campanhas e dos compadrios que rodeiam o mundo da restauração.

Hoje, entre as críticas de quem não se rendeu ao encanto e os aplausos de quem venera o bacalhau assado de Victor Peixoto, fica a certeza de que há homens e casas que souberam merecer o título — não apenas pela cozinha, mas pela perseverança em manter viva a alma do Minho.

autor: quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

SwissCom: Reclamação urgente sobre serviço de internet – possível rescisão imediata

SwissCom: Reclamação urgente sobre serviço de internet – possível rescisão imediata

Exmos. Senhores da SwissCom,

Serve a presente para manifestar o nosso profundo desagrado relativamente à qualidade do serviço que nos têm vindo a prestar. A internet encontra-se excessivamente lenta, comprometendo de forma grave o nosso trabalho profissional e quotidiano, tanto nos computadores como nos telemóveis.

A Revista Repórter X, que depende de ligações estáveis para realizar entrevistas e transmissões online, através de plataformas como o StreamYard, tem sofrido repetidos impedimentos por culpa da vossa rede. Situações estas que atentam contra a liberdade de imprensa e o bom exercício da nossa missão.

Por várias vezes foi-vos comunicado que a nossa actividade é integralmente online e que aderimos aos vossos serviços precisamente por prometerem uma internet rápida e fiável. No entanto, o que recebemos é um serviço desproporcional ao preço elevado que pagamos mensalmente. Para além da internet instável, os canais de televisão falham com frequência, a Netflix e outras plataformas de streaming não funcionam devidamente, e por vezes até a rede de telefonia móvel apresenta sinal fraco.

Já por diversas ocasiões solicitámos o aumento da velocidade (em Megabits por segundo), o que fizeram temporariamente, para depois, de forma oculta e silenciosa, nos voltarem a reduzir a potência do sinal. Esta prática é inadmissível, parece desenhada para desgastar e silenciar o cliente, algo que jamais aceitaremos.

Neste contexto, exigimos que o serviço contratado seja reposto com a qualidade prometida e de forma permanente, caso contrário, seremos forçados a apresentar a nossa rescisão imediata de contrato (Kündigung), por justa causa e com efeitos plenos.

Ficamos a aguardar uma solução rápida e definitiva da vossa parte. A responsabilidade é vossa.

Com os melhores cumprimentos,
João Carlos Veloso Gonçalves


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Ficaste em mim saudade


Ficaste em mim saudade:



Deita a cabecinha no meu ombro e dorme,
Não vás embora, não vás embora,
Pois eu vou chorar, vou chorar.

Mas tu foste, foste sem saber,
E eu fiquei aqui,
À espera, a esperar…

Ficaste em cada silêncio da casa,
No eco da Glasi onde não estás,
No frio da cama que já não abrasa,
No tempo parado que não volta mais.

E eu espero,
Espero sem fim,
Como se a espera te trouxesse a mim.

Não vás embora, mesmo que já tenhas ido,
Porque há partidas que moram no ouvido,
E há quem fique, sem nunca partir,
Na lembrança, na dor, no sorrir.

Não falta muito, bebé, vais voltar das férias,
Deitar a cabecinha e adormecer no meu peito,
Com o corpinho vais aquecer a nossa cama,
Como sempre, a choramingar, que é tão teu jeito.

autor: Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Dra. Zezinha Peniche na Swss ZP no programa ao 'Quelhas ' 3

Dr. Rui Rebelo fala nos 100 anos do S. C. Maria da Fonte na entrevista ao 'Quelhas' 2

sábado, 19 de julho de 2025

AUTORIDADE TRIBUTÁRIA IGNORA PEDIDOS DE DEVOLUÇÃO DE IMPOSTO PAGO EM EXCESSO

AUTORIDADE TRIBUTÁRIA IGNORA PEDIDOS DE DEVOLUÇÃO DE IMPOSTO PAGO EM EXCESSO

Chegou à redacção da Revista Repórter X mais uma denúncia grave sobre o funcionamento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que volta a demonstrar um padrão de conduta profundamente desequilibrado: para cobrar, não falham; para devolver o que não lhes pertence, instalam-se no silêncio e na inércia.

O caso em questão refere-se ao pagamento do IMI de um imóvel pertencente a dois contribuintes, co-proprietários do mesmo prédio. Por falhas na emissão atempada das notas de cobrança, o valor foi pago em duplicado numa única operação, feita em nome de apenas um dos contribuintes. A intenção era clara e de boa-fé: assegurar o pagamento do imposto relativo à totalidade da propriedade, que pertence a ambos.

Contudo, a AT recusou reconhecer esse pagamento conjunto, alegando que, embora se trate do mesmo imóvel, o pagamento efectuado em nome de um contribuinte não pode ser usado para regularizar o valor devido pelo outro. Resultado: metade do montante ficou retido como pagamento “em excesso” — um excesso que, até hoje, não foi devolvido.

Foram enviados vários e-mails através do site oficial da Autoridade Tributária, bem como contactos directos com o balcão das Finanças da Póvoa de Lanhoso, exigindo a devolução do valor indevidamente cobrado. Nenhuma resposta concreta. Nenhuma solução. Apenas respostas automáticas, evasivas ou indicações para consultar o portal online — onde nada se resolve.

O que está em causa é mais do que um erro técnico. É uma questão de justiça fiscal e de respeito institucional. A AT não pode exigir rigor absoluto aos cidadãos, aplicando juros e coimas sem piedade, e depois esconder-se atrás da burocracia quando é o Estado quem deve dinheiro ao contribuinte.

A Revista Repórter X exige, em nome da verdade e da justiça, que este caso seja resolvido com celeridade, transparência e respeito. O contribuinte não pode continuar a ser tratado como súbdito.


João Carlos Veloso Gonçalves
Direcção Editorial


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Passerelle de Bülach: A ligação que une cidade, bairro e a natureza

Passerelle de Bülach: A ligação que une cidade, bairro e a natureza 


Em Bülach, uma nova era de conexões começa a tomar forma. A construção da Passerelle, que teve início neste Verão de 2025, ergue-se como ponte não só entre pontos físicos, mas entre pessoas, espaços verde e o próprio tempo.

Esta estrutura ligará os distritos do norte de Bülach, Glasi e Guss, à estação de comboios, ao centro da cidade e ao Spitalwald, esse refúgio verde que abraça a história e a vida da comunidade. Situada a apenas 200 metros da sede da Revista Repórter X, a passarela nasce no coração da vivência local, próxima daqueles que diariamente acompanham o pulsar da cidade.

É mais do que um simples caminho de cimento e aço: é a promessa de uma cidade que cresce com consciência, valorizando a harmonia entre o urbano e a natureza.

O projeto, identificado sob o código Shekels 3698RR-4, terá duração até ao Verão de 2027. Mais do que prazos, importa o compromisso que o povo de Bülach assume consigo mesmo, construindo algo duradouro, capaz de resistir ao desgaste do tempo.

Na cerimónia inaugural, que marcou o início das obras, foi clara a mensagem: cada ligação começa com o empenho de quem a torna possível. É o trabalho conjunto, a dedicação diária, que transforma um sonho em realidade palpável.

Bülach não apenas cresce em números e estruturas, cresce em alma. É esta alma, construída com esforço e esperança, que se reflete nesta Passerelle, um símbolo do que sempre foi e do que poderá vir a ser.

Prof. Ângela Tinoco.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Aviso sobre a orientação do caminho na área Glasi, em Bülach — info: Revista Repórter X

Aviso sobre a orientação do caminho na área Glasi, em Bülach — info: Revista Repórter X


O caminho para peões permite o trânsito ao longo dos lugares de estacionamento, identificados pela linha vermelha, até ao ponto onde o caminho fica vedado, junto ao lugar de estacionamento número 195. É importante respeitar esta delimitação, pois a permanência ou o acesso à área de carga livre, incluindo a zona da linha férrea, são expressamente proibidos. Quem, porventura, se aventurar na área da linha férrea fá-lo-á por sua própria conta e risco, pois aí se encontram perigos que não se podem ignorar.

Este aviso serve para que o percurso seja seguro e claro, preservando a integridade de todos e a ordem do espaço urbano, respeitando o passado que construiu estas ruas e o futuro que nelas se desenha. Caminhemos, pois, com atenção e consciência, rumo ao amanhã que a Glasi em Bülach começa a moldar.

Prof. Ângela Tinoco


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Cidadã espanhola, Ângela Peña trava batalha judicial contra abusos de seguradoras suíças

Ângela Peña trava batalha judicial contra abusos de seguradoras suíças
Tribunais ignoram provas, KPT e Assura provocam caos com seguros duplicados e dívidas não resolvidas


A viver em Berna, Ângela Peña, cidadã espanhola, vê-se mergulhada num emaranhado kafkiano provocado por duas seguradoras suíças — a KPT e a Assura — que, em vez de protegerem o segurado, contribuíram para uma sequência de erros, cobranças indevidas, danos morais e profunda indignação. O caso, arrastado pelos corredores do Tribunal da Segurança Social do Cantão de Zurique e pelo próprio Tribunal Federal, revela o vazio de humanidade em certos sectores da justiça helvética.

Tudo começou quando a KPT demorou meses a rescindir o contracto de seguro obrigatório, situação apenas desbloqueada após decisão judicial. Nesse intervalo, a Assura celebrou um novo contracto sem garantir a rescisão prévia do anterior, mergulhando a segurada num cenário ilegal de dupla cobertura — proibida por lei — sem qualquer explicação ou apoio.

Ângela Peña tentou, com persistência, fazer ouvir a sua voz. Enviou cartas registadas, e-mails, pediu explicações. Nada. A resposta das seguradoras foi o silêncio. A resposta dos tribunais foi a omissão. O pedido de indemnização por danos morais e pelos custos adicionais foi rejeitado sem que se reconhecessem os erros óbvios das companhias, ignorando também a dívida de cerca de mil francos que a Assura continua por pagar, referente a uma comissão não entregue.

Mais grave ainda: o Tribunal Federal alegou que a recorrente não enfrentou os fundamentos jurídicos da decisão, uma acusação que ela considera falsa e ofensiva. Ângela denunciou desde o início as falhas processuais, incluindo a não transferência correcta de um seguro familiar e a cobrança indevida de prestações que nunca deviam ter sido emitidas.

A cidadã exige que a Assura transfira imediatamente o seguro para a Helsana, como requerido, e não quer mais ter qualquer vínculo com uma seguradora que, nas suas palavras, “a tratou como número, não como pessoa”. Com lucidez cortante, afirma: “Assim como não como bifes e prefiro ovos, também não quero mais saber da Assura”.

Num tempo em que as seguradoras acumulam lucros à custa do sofrimento humano, Ângela Peña levanta a voz por muitos. Recusa calar-se. Está pronta para levar o caso ao Tribunal Europeu, se necessário. A justiça há-de ouvir, nem que seja tarde. Mas será sempre tempo de fazer o que é certo.

autor: Quelhas
Revista Repórter X


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quinta-feira, 17 de julho de 2025

BANCO BLOQUEIA ACESSO À CONTA DE CLIENTE E IGNORA PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO

BANCO BLOQUEIA ACESSO À CONTA DE CLIENTE E IGNORA PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO:

Chegou à nossa redacção mais uma denúncia inquietante, desta feita relacionada com a actuação do Novo Banco, instituição que se pretende moderna e eficiente, mas que, segundo o relato recebido, tem protagonizado situações de profundo desrespeito por clientes que apenas exigem o mínimo: acesso funcional à sua conta e resposta às suas solicitações.

O caso é simples, mas revelador. Um cliente viu-se, de forma repentina e sem explicação, impedido de aceder à sua conta bancária online. Enviou e-mails para o serviço Novo Banco Directo e para o balcão da Póvoa de Lanhoso, mas ninguém respondeu. Nem uma palavra. Nem uma justificação. Nem um pedido de desculpas.

Depois de insistentes tentativas, o acesso foi finalmente restabelecido. Contudo, nem isso serviu para despertar a responsabilidade institucional da entidade bancária, que continuou a ignorar os contactos anteriores. Mais recentemente, ao solicitar um comprovativo de NIB/IBAN, o cliente recebeu um e-mail a garantir que o documento vinha em anexo — mas o anexo não existia. E, como se não bastasse, o próprio conteúdo da mensagem parecia antecipar esse erro, como se fosse norma o incumprimento.

Perante a sucessão de falhas e omissões, levanta-se uma questão legítima: como confiar numa instituição bancária que trata os seus clientes com tamanha displicência? E, mais ainda: quantos mais cidadãos estarão a enfrentar problemas semelhantes, sem voz e sem resposta?

Revista Repórter X continuará a dar eco a denúncias como esta, pois o silêncio cúmplice é o primeiro aliado da impunidade. Não se trata de publicidade, trata-se de justiça.

Se teve experiências semelhantes com esta ou outra instituição bancária, contacte-nos. Damos voz a quem não a tem.

João Carlos Veloso Gonçalves
Direcção Editorial 


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Saudades de quem fica (Para a família que nos espera — com amor e esperança)

Saudades de quem fica
(Para a família que nos espera — com amor e esperança)

Nestes dias de viagem, tão sonhada,
Levamos a saudade das almas amadas,
Em Santo Domingo a praia é encantada,
Mas o amor da família já está a chamar.

As férias são descanso e um doce aceno,
O tempo voa no oceano e o coração balança,
No peito apertado a saudade faz-se terreno,
E em quem amamos vive a esperança.

Em cada pôr do sol, guardamos memória,
De quem ficou a guardar o nosso lugar,
O amor de família é viva história,
Que nem a distância consegue apagar.

A viagem passa, o amor permanece,
No coração a saudade nunca esmorece,
E, em breve, com o destino a guiar,
Voltamo-nos a abraçar, se Deus quiser.

Se quiser posso escrever uma dedicatória mais formal ou com nomes.

autor: Quelhas

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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Cantor romântico, João Seabra em entrevista no programa ao 'Quelhas' 1

Cantor, João Seabra - Canção para a minha mãe

FACEBOOK META VOLTA A CALAR OS ARTISTAS: UM SISTEMA QUE PERSEGUE QUEM LHE DÁ VIDA



FACEBOOK META VOLTA A CALAR OS ARTISTAS: UM SISTEMA QUE PERSEGUE QUEM LHE DÁ VIDA:


Hoje, pelas 16h15, a Meta (Facebook) voltou a agir contra quem deveria proteger: os artistas e criadores de conteúdo. O vídeo de João Ouelhas, publicado hoje, foi alvo de restrições automáticas alegando motivos de direitos de autor.

O caso torna-se ainda mais grave quando se sabe que a música em questão pertence ao próprio artista entrevistado no vídeo, (João Seabra) o que revela o absurdo do sistema automático da Meta, que censura sem verificar a legitimidade dos conteúdos.

Para os criadores portugueses e lusófonos, este tipo de actuação é um atentado à liberdade de expressão e à cultura. Mesmo que certas músicas não possam ser reproduzidas em todos os países, interessa que o som chegue pelo menos à Europa e ao mundo lusófono, onde vive a maior parte da nossa diáspora.

Estamos perante um sistema que pune os que lhe dão vida, cortando-lhes a voz e empurrando-os para o silêncio. Um gesto triste e inaceitável.

autor: quelhas


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terça-feira, 15 de julho de 2025

Recusa de introdução de dados adicionais e exigência de acesso imediato à conta bancária

Recusa de introdução de dados adicionais e exigência de acesso imediato à conta bancária


Um cliente do Novo Banco viu-se obrigado a apresentar uma reclamação formal perante a inoperância do serviço bancário face à sua impossibilidade de aceder à sua própria conta bancária online.

Na sua reclamação, denuncia a demora indefinida na resolução de um problema que considera simples e urgente: o acesso à sua conta, necessário para consultas, pagamentos e recebimentos. Critica o facto do balcão local não atender o telefone, remetendo as chamadas para a Linha Directa, que, por sua vez, não consegue resolver o problema nem por telefone nem por e-mail.

Reafirma a recusa em fornecer quaisquer dados adicionais para além daqueles já registados e actualizados presencialmente há cerca de um ano no balcão, considerando que o pedido excede o razoável e viola a privacidade, especialmente ao exigir informações sobre a vida no estrangeiro, que entende não serem da conta do banco.

Aponta ainda que os emails enviados pelo banco, exigindo confirmação ou actualização de dados, vão parar à caixa de spam, suspeitando de tentativa de phishing, e recusa proceder a qualquer actualização que não seja fundamentada e justificada.

Por fim, deixa claro que, caso lhe seja impedido o acesso ao serviço online, consulta de saldos, movimentos e realização de transferências, cessará imediatamente a sua relação com o Novo Banco.

O cliente exige o restabelecimento imediato do acesso à conta online, apelando à resolução urgente de uma situação que considera injusta e injustificada.

Como último recurso, já foi apresentada queixa formal junto do Banco de Portugal, na esperança de que esta situação seja devidamente esclarecida e resolvida em nome de todos os usuários nos portais dos bancos.

Esta situação expõe um problema crescente na relação entre clientes e bancos, onde o equilíbrio entre segurança, privacidade e acesso eficaz aos serviços financeiros parece estar perdido, obrigando clientes a recorrerem a denúncias públicas para fazer valer os seus direitos.


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PARAGEM DE BUS: O ABRIGO QUE NÃO CHEGOU AO POVO:

PARAGEM DE BUS: O ABRIGO QUE NÃO CHEGOU AO POVO:


Não se trata de um detalhe, nem de um capricho. Uma paragem sem abrigo é um convite à humilhação do usuário que paga impostos e tira bilhetes de transportes públicos. Na estrada que liga Glasi a Bachenbülach, a revista Repórter X viu mais uma dessas vergonhas públicas. No sentido Glasi para Bachenbülach, a paragem é apenas um poste plantado no passeio, sem telhado, sem protecção, como se quem ali espera não tivesse direito a dignidade. (as pessoas apanham mais frio, mais sol, mais chuva, mais vento e mais neve.)

No sentido oposto, de Glasi para a Banhnof Bülach um abrigo com telhado e envidraçado acolhe os passageiros, porque uns parecem merecer respeito e outros não. (embora os passageiros possam ser os mesmos). Esta diferença ou esta visão, revela o retracto de uma política míope e insensível ou de um arquitecto com olhos vendados, que serve uns e despreza os outros que usam a via para o outro lado, por exemplo para irem trabalhar todos os dias...!

A pergunta impõe-se: até quando aceitar esta falta de cuidado para com quem trabalha, estuda ou apenas quer seguir viagem? O povo não é capacho, é gente.

autor: Quelhas

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

AI; Nova aplicação com inteligência artificial promete lucros fáceis, mas pode esconder fraude digital

AI; Nova aplicação com inteligência artificial promete lucros fáceis, mas pode esconder fraude digital


Zurique, Julho de 2025 – Circula por correio electrónico um texto publicitário disfarçado de notícia, redigido em alemão, que anuncia uma aplicação digital intitulada “SmartTradingAI”. Alega-se que esta plataforma, baseada em inteligência artificial, permite a qualquer pessoa gerar lucros significativos em poucos dias, sem esforço, experiência prévia ou conhecimento dos mercados financeiros. À superfície, o anúncio seduz com números e promessas. Mas, na substância, tudo aponta para um esquema fraudulento.

A estrutura da mensagem segue o velho modelo dos engodos financeiros: testemunhos anónimos de lucros elevados, linguagem alarmista para incitar ao registo imediato, um alegado gestor pessoal que entra em contacto por telefone, e a pressão subtil para efectuar um depósito inicial. Em momento algum se apresentam termos legais claros, identidade jurídica da empresa ou garantias de protecção ao consumidor.

A aplicação afirma negociar automaticamente moedas, acções e obrigações com recurso a um “algoritmo inteligente”, prometendo lucros diários. No entanto, após investigação conduzida pela equipa da Revista Repórter X, confirma-se o que os sinais já indicavam: não está, nem há, nenhuma firma na Suíça registada com o nome “SmartTradingAI”. A entidade não consta dos registos da FINMA, a autoridade de supervisão do mercado financeiro suíço, nem possui qualquer sede física ou presença oficial em bases de dados comerciais reconhecidas.

O chamado lucro gerado pela aplicação é fictício. As movimentações exibidas na plataforma são simulações gráficas, sem correspondência com operações reais nos mercados. O dinheiro depositado pelos utilizadores não é investido, mas sim absorvido como receita directa por quem explora o esquema. Quando o utilizador tenta levantar os supostos lucros, surgem entraves burocráticos, novas exigências ou simplesmente o silêncio.

A fraude, neste modelo, reside na ilusão. Quem cria a plataforma lucra com o engano. Quem deposita, perde o que tem. A plataforma explora a ingenuidade de muitos, o desespero de outros e a esperança de todos.

Este tipo de publicidade, disfarçada de artigo jornalístico, deve ser imediatamente reportado às autoridades policiais e financeiras. Aconselha-se vivamente a não clicar em ligações, não fornecer dados pessoais e nunca transferir fundos sem garantir a legitimidade da entidade.

A Revista Repórter X deixa o alerta com voz firme: nenhum lucro fácil é seguro quando não há transparência, rosto nem registo. A inteligência artificial, sem ética, não é ciência, é ilusão digital posta ao serviço do roubo moderno. O futuro exige vigilância, memória e verdade.

autor: quelhas


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Zernez: Montanhista caiu

Zernez: Montanhista caiu
13.07.2025


Na tarde de Sábado, no cume do Chilbiritzenspitz, no território da Comuna de Zernez, um homem caiu. Sofreu ferimentos mortais.

O homem, de sessenta e cinco anos, fazia parte de um grupo de sete pessoas que subia o Chilbiritzenspitz pela aresta nordeste. Seguia na dianteira, integrado numa cordada de dois, quando, após as catorze horas, segundo os primeiros indícios, um bloco de pedra de grandes dimensões se soltou e o arrastou cerca de cinquenta metros por terreno rochoso abaixo. O grupo alertou imediatamente os serviços de socorro. Com o apoio de um especialista em resgate, uma equipa da Rega recuperou o corpo do homem, que sucumbira aos ferimentos no local do acidente.

Em colaboração com o Ministério Público, a Polícia Alpina da Polícia Cantonal dos Grisões investiga as circunstâncias exactas do acidente.

Este relato foi enviado à Revista Repórter X, que há muito chama a atenção para o risco destas caminhadas em solos imprevistos. Tantos ou mais acidentes se registam na montanha como na estrada, seja por deslizamentos de terras, quedas de rochas, avalanches de neve, refluxo das águas das cascatas, pisos escorregadios ou arenosos, mudanças bruscas de temperatura, frio ou calor extremos, ou simplesmente por falta de cuidado. As montanhas não perdoam a menor distracção.


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Hirzel: Cinco Feridos em Colisão

Hirzel: Cinco Feridos em Colisão
Comunicado de Imprensa:


Numa colisão entre dois automóveis de passageiros em Hirzel, na tarde de domingo, 13 de Julho de 2025, todas as cinco pessoas que seguiam nos veículos ficaram feridas.

Os dois veículos envolvidos na colisão, imobilizados num prado.
Fonte: Polícia Cantonal de Zurique — Informação enviada à Revista Repórter X

Pelas 14 horas e 45 minutos, um homem de 47 anos descia a Zugerstrasse em direcção a Sihlbrugg. No carro seguia também o seu filho de 6 anos. Por motivos ainda desconhecidos, o veículo do homem entrou na faixa contrária ao sair da chamada curva de Jubor. Aí, colidiu lateralmente de frente com um automóvel que vinha em sentido contrário, no qual viajavam o condutor, de 40 anos, a sua esposa, de 36, e o filho do casal, de 4 anos.

Com a força do embate, ambos os automóveis foram projectados para fora da estrada, atravessaram o passeio, caíram por um talude de vários metros de altura e imobilizaram-se num prado.

Os cinco ocupantes sofreram ferimentos neste acidente. Duas das vítimas foram transportadas de helicóptero para o hospital, enquanto as outras três foram levadas em ambulância para diferentes unidades hospitalares. Os primeiros indícios apontam para ferimentos ligeiros a moderados em todos os envolvidos.

Para recolher os líquidos derramados dos veículos acidentados sobre o prado, foi utilizada uma escavadora de sucção. Não há perigo para as pessoas nem para o ambiente.

As causas exactas do acidente ainda não estão esclarecidas e serão investigadas pela Polícia Cantonal de Zurique em colaboração com o Ministério Público.

Devido ao acidente, a Zugerstrasse, entre o cruzamento de Morgental em Hirzel e a rotunda de Sihlbrugg, teve de ser encerrada ao trânsito em ambos os sentidos até às 19 horas e 30 minutos. Os bombeiros estabeleceram um desvio.

Além da Polícia Cantonal de Zurique, estiveram no local a Polícia de Zug, um helicóptero de salvamento da Rega, ambulâncias do Hospital do Lago de Horgen e do Hospital Cantonal de Zug, um médico de emergência do Hospital Cantonal de Zug, os Bombeiros de Horgen com equipa de pequeno alarme e grupo de trânsito, a procuradora responsável, uma empresa privada com escavadora de sucção e uma empresa de reboques.

Pessoa de Contacto para a Imprensa
Ralph Hirt
Polícia Cantonal de Zurique — Porta-voz


info@kapo.zh.ch
+41 58 648 11 11

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Fehraltorf: Aeródromo De Speck Encerrado Após Incêndio

Fehraltorf: Aeródromo De Speck Encerrado Após Incêndio:



Na madrugada de domingo, 13 de Julho de 2025, um violento incêndio deflagrou no aeródromo de Speck, em Fehraltorf, causando prejuízos avaliados em várias centenas de milhares de francos. O comunicado oficial da Polícia Cantonal de Zurique, enviado à redacção da Revista Repórter X, confirma que não há registo de feridos.

Segundo o relato policial, pouco antes das três horas da manhã, transeuntes deram o alerta ao verificarem uma intensa nuvem de fumo a sair de um dos edifícios do aeródromo. À chegada das equipas de socorro, grande parte do restaurante já se encontrava consumida pelas chamas.

Graças a uma operação de grande envergadura, que mobilizou mais de cem efectivos, o hangar e a oficina sofreram apenas danos ligeiros. Os aviões estacionados foram retirados para o exterior pelos próprios bombeiros, numa acção preventiva.

A causa do incêndio continua desconhecida e está a ser investigada pela Brigada de Investigação de Incêndios da Polícia Cantonal de Zurique em colaboração com o Ministério Público.

Na sequência do sinistro, todas as operações de voo foram suspensas e o aeródromo de Speck permanece encerrado, tal como os serviços auxiliares a ele ligados.

Participaram na operação as corporações de bombeiros de Uster, Fehraltorf, Volketswil, Hinwil e Pfäffikon, a equipa de drones da Protecção e Salvamento de Zurique, um veículo de emergência do Hospital de Uster, um inspector do Seguro Cantonal de Edifícios, um representante do Departamento Cantonal para Resíduos, Água, Energia e Ar, o procurador responsável e o responsável pela segurança da comuna de Fehraltorf.

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domingo, 13 de julho de 2025

Governo português vai ter que ainda indemnizar José Sócrates

Isto vai-se virar o feitiço contra o feiticeiro, a isto quero dizer que, o governo português vai ter que ainda indemnizar José Sócrates. Vergonha!


Publico esta carta aberta do Paulo Ribeiro com a devida vénia ao autor. 
Nela está o pensamento de milhões de portugueses que lutam pela justiça social e igualdade de tratamento e oportunidades.

Carta aberta à Senhora Juíza e ao Ministério Público no caso José Sócrates
Ex.ma Senhora Juíza,
Ex.mo Ministério Público,
Escrevo-vos como um simples cidadão português. Sou um homem do povo, com pouca escolaridade, mas com muito amor por este país e um profundo respeito pelas instituições da justiça. Não sou letrado, mas não sou ignorante. Como muitos portugueses, informo-me, penso, vejo e escuto com atenção. E é com o coração apertado que vos escrevo estas palavras.
O que temos assistido ao longo destes anos, neste processo que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, é um verdadeiro murro no estômago para quem acredita num Portugal justo, limpo e digno. A forma como este homem tem falado, como se dirigiu a vós — à Senhora Juíza, aos Procuradores, à Comunicação Social, e por consequência, a todos nós — é de uma arrogância sem limites. É ofensivo, é provocador, é desrespeitoso para com a Justiça e para com todos os portugueses de bem.
Ele não vos vê como magistrados. Fala como quem olha para colegas de escola que pode gozar ou calar. Ri-se em conferências de imprensa, gesticula, insulta com ironia, desvaloriza provas, escutas, documentos. Já mandou calar procuradores, já tratou juízes como se fossem funcionários dele. Isto não é só desrespeito: é uma forma de humilhar a Justiça, é uma provocação continuada e deliberada ao Estado de Direito. E é, acima de tudo, um atentado à dignidade dos portugueses que trabalham, pagam impostos e cumprem as leis.
Sinto-me, como muitos, envergonhado por ver um homem que ocupou o mais alto cargo do Governo português comportar-se assim. Não só nos tribunais, mas também à porta deles, onde transforma a justiça num circo mediático, onde todos os dias tenta pintar-se como vítima de uma cabala, como se todos os outros estivessem errados e ele, inocente de tudo.
Não. Isto não é apenas um julgamento. É um teste à nossa democracia. É um teste à força e coragem da Justiça portuguesa. E, Senhora Juíza, Senhores Procuradores, acredito verdadeiramente que este país está convosco. Mesmo que às vezes não se ouça tanto a voz do povo, ela está cá. Está no silêncio indignado de quem trabalha 10 horas ou mais por dia e paga o que deve. Está na revolta de quem olha para os filhos e quer deixar-lhes um país mais justo. Está nas lágrimas de quem acreditava nas instituições e vê agora o riso sarcástico de quem nunca foi responsabilizado.
O povo português precisa de sentir que ainda há justiça. Que a justiça não se curva. Que ninguém está acima da lei — nem banqueiros, nem políticos, nem ex-primeiros-ministros. Porque se não houver justiça, o que nos resta? Um país onde quem rouba milhões passeia impune enquanto quem rouba um pão vai preso?
Peço, humildemente, que sejam firmes. Que sejam implacáveis com quem há muito tempo envergonha Portugal. Que não deixem que este caso acabe como tantos outros: num arquivo, numa prescrição, num "não se conseguiu provar".
Nós, o povo, estamos atentos. Confiamos em vós. E precisamos que este processo seja um marco. Um virar de página. Um sinal claro de que em Portugal, quem erra — por muito poder que tenha tido — responde perante a lei como qualquer cidadão.
Com todo o respeito, e com a esperança de quem ainda acredita num Portugal decente,
Um cidadão português, um homem do povo, mas com a lucidez de quem já viu demais."
Bem hajam. 
Paulo Pinheiro 🇵🇹

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Trabalhar só com carimbo de inválido - Nenhuma escuta, nenhuma ponte concreta

Trabalhar só com carimbo de inválido


Na terra dos relógios perfeitos, o tempo de quem adoece parece não ter valor. Um simples pedido de apoio para trabalhar, feito por uma mulher de saúde frágil que ainda resiste à ideia de depender da assistência social ou de se declarar inválida, foi recebido com a frieza calculada da burocracia suíça.

A carta foi enviada com humildade e clareza: a cidadã — com limitações físicas causadas por uma doença prolongada — pediu ajuda para aceder a uma actividade protegida e adaptada, numa instituição reconhecida. Em vez de acolhimento ou orientação humana, recebeu uma resposta protocolar da profissional, "Fachspezialistin Stab IV", funcionária do Bundesamt für Sozialversicherungen (BSV).

A resposta? Um redireccionamento para brochuras da SVA Zürich, links de internet e a sugestão genérica de contactar a IV para iniciar um processo. Nenhuma escuta, nenhuma ponte concreta. Apenas portas fechadas sob a forma de parágrafos bem formatados.

O actual sistema exige o absurdo: para se poder trabalhar de forma adaptada, é preciso primeiro ser declarado inválido. Só quem já recebe ou está em processo de obtenção da IV pode candidatar-se a essas funções. Quem quer prevenir a queda, evitar a miséria, continuar a ser útil dentro das suas capacidades, é ignorado.

É esta a Suíça que não aparece nos postais. Um país onde a pessoa só vale se encaixar nos códigos da máquina. Onde o sistema não se adapta ao ser humano, mas exige que o ser humano se desfigure para caber nas suas molduras administrativas. Onde se fala de reabilitação, mas se pratica exclusão.

A doente em questão mostrou motivação, apresentou competências, pediu apenas uma oportunidade compatível com a sua condição. O que recebeu foi um empurrão para o fundo: ou IV, ou assistência social. Trabalhar? Só com o rótulo de inválido.

Denunciamos este caso como exemplo claro de um sistema que falha onde devia cuidar, que controla onde devia servir, e que impõe silêncio onde devia ouvir. Porque quando até trabalhar se torna um privilégio reservado a quem está "administrativamente doente", a sociedade deixou de ser justa para ser apenas funcional.

E os seres humanos não são funções.

Quelhas.


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Youtube: João Carlos Quelhas — Rumo à Presidência - Boletim Informativo · Julho

João Carlos Quelhas — Rumo à Presidência
Boletim Informativo · Julho


Chegou Julho, e com ele a coragem renovada.

O canal de YouTube da nossa candidatura avançou com vídeos de consciência e confronto, ecoando denúncias, desmascarando silêncios e dando rosto ao país real — aquele que vive, sofre, trabalha e espera justiça.

Fomos vistos, ouvidos e partilhados.
20 vídeos novos carregados.
3.227 visualizações.
Mais de 4.000 minutos de atenção activa.
16 novos subscritores que se juntam à caminhada.

Nada disto é apenas estatística.
É sinal de que Portugal está a escutar.
É sinal de que os esquecidos ainda não se renderam.
É sinal de que há futuro, quando o verbo é dito com verdade.

No vídeo mais visto — “De repente desabou uma tempestade de vento e chuva Nr.° 2” — não foi só o céu que caiu, mas também a máscara de um sistema que prefere silêncio à verdade.

📌 Segue, comenta, partilha, participa.
📺 Canal YouTube: [link João Carlos Quelhas Rumo à Presidência - YouTube]

🌍 Site oficial: https://joaocarlosquelhasrumoapresidencia.pt
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Enquanto houver injustiça, continuaremos.
Enquanto houver silêncio, gritaremos.
Enquanto houver povo, haverá luta.

Vamos em frente. O tempo é agora.

autor: quelhas
Pré-candidato à Presidência da República Portuguesa


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