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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Póvoa de Lanhoso: a escolha entre continuidade e mudança nas próximas autárquicas

Póvoa de Lanhoso: a escolha entre continuidade e mudança nas próximas autárquicas:


Nos últimos quatro anos, a vida política da Póvoa de Lanhoso foi marcada por um modelo de governação centrado em eventos, comemorações e iniciativas festivas, que, embora possam ter um papel social, levantam a questão sobre a prioridade dada a obras e serviços essenciais.

O actual presidente, Frederico, destacou-se como promotor de convívios, festas e actividades públicas. No entanto, áreas estruturais como creches, lares, ensino superior, redes de abastecimento de água e saneamento básico continuam sem resposta. Promessas feitas desde 2021, como a expansão do saneamento em várias freguesias, permanecem por concretizar.

As intervenções no espaço público têm sido pontuais, como a remodelação de uma fonte ou a instalação de jardins em rotundas, contrastando com a ausência de investimentos de maior envergadura nas infra-estruturas locais. Acresce a contratação significativa de pessoal a recibos verdes para a Câmara Municipal, prática que levanta dúvidas sobre critérios e sustentabilidade, assim como um número elevado de assessores que reforça a imagem de uma máquina política pesada.

Do ponto de vista urbanístico, subsistem preocupações quanto a alegadas negociações pouco transparentes relacionadas com terrenos, bem como ao arrastamento de obras públicas prometidas, incluindo o anunciado complexo desportivo. A gestão política tem sido caracterizada por uma forte componente mediática e relacional, mas com fraca concretização material no campo das necessidades básicas da população.

A oposição, agora com a candidatura de Fátima Alves, apresenta um discurso que apela à “verdade” e à mudança, embora ainda não tenha detalhado um plano de acção concreto para o concelho. A disputa eleitoral coloca assim o eleitorado perante uma escolha: manter a actual gestão, apostada na proximidade social através de eventos e iniciativas culturais, ou optar por uma nova liderança que se comprometa com uma estratégia mais orientada para as infra-estruturas e serviços essenciais.

Quanto a outras forças políticas, e falando politicamente, surge mais uma vez uma equipa vinda de Braga, quando o povo local não se entendeu. A terra da Maria da Fonte poderá perder por isso. Um candidato da Póvoa faria toda a diferença. Um não avançou por medo de perder o tacho que guarda noutro partido. Outro nunca foi verdadeiramente aceite na Póvoa para alcançar o tacho. Ainda outro, expulso de um partido, continua a sonhar com o tacho. Outro foi excluído noutro partido, onde nada fez nem deixou fazer, e assim não consegue tacho. Alguns, indecisos, diziam querer preparar as pessoas para vencer a Câmara. Não criaram um novo partido, nem formaram uma equipa do Chega, mesmo quando o partido abriu as portas aos da Póvoa. Assim, foi preciso que, mais uma vez, viessem de Braga, porque os da terra não souberam, ou não quiseram, agarrar a oportunidade.

Em Outubro, os munícipes decidirão se o rumo dos últimos quatro anos deve continuar ou se é tempo de alterar prioridades, focando a política local nas carências reais do concelho e não apenas na calendarização festiva.

autor: Quelhas 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Alexandra Cardoso, tudo o que quero é ser feliz a cantar o Fado


Alexandra Cardoso, tudo o que quero é ser feliz a cantar o Fado


"Alexandra Cardoso" cresceu no Bairro do Outeiro, na Cidade do Porto, na Freguesia de Paranhos. É assistente Técnica de Arquivo do Tribunal Judicial de Gondomar. Aos cinco anos nasceu o seu maior amor até hoje, a irmã "Patrícia", que veio ao mundo a "1 de Janeiro de 1982", tornando-se a melhor prenda de anos que podia receber. O seu bairro, como tantos outros, enfrentava os problemas sociais normais, e os pais sentiram sempre a necessidade de ocupar os tempos livres dos filhos.

Aos dez anos, integrou a equipa de Futebol Feminino do Grupo Desportivo Recreativo de Paranhos. Foi também nesse ano que nasceu o "Grupo Arte e Juventude", e Alexandra subiu pela primeira vez ao palco em "Dezembro de 1987". Foi amor à primeira vista: em palco, sentia-se plena e feliz.

Aos catorze anos, no aniversário da tia, o seu pai pediu à mãe para cantar o fado "Confesso". A mãe não teve coragem e encarregou Alexandra. Terrível, pois ela não gostava de fado e só sabia metade da canção, aprendida ouvindo a mãe em casa. Mesmo assim, cantou metade do fado e foi um sucesso. O Sr. Tony Gomes, que estava na viola, incentivou-a a aprender mais fados e a frequentar o "fado vadio". Seguiu o conselho, ouviu "Amália Rodrigues" nos discos dos avós e apaixonou-se pela música, sentindo, finalmente, que queria cantar fado para sempre.

Acompanhada pelo pai, começou a frequentar as casas de "fado vadio", absorvendo tudo o que podia. Aos quinze anos participou na sua primeira "Grande Noite de Fado" no Porto e conquistou o terceiro lugar. Era uma adolescente feliz a cantar fado, recebendo apenas um "Sumol de Ananás" e uma "sande mista" pelo seu talento, mas isso não lhe tirava a alegria.

Em 1995, entrou para a "Tuna Feminina da Universidade Fernando Pessoa", tornando-se solista e vivendo anos inesquecíveis, fazendo amizades para a vida. Em 1998, após cinco tentativas, venceu a "Grande Noite de Fado do Porto" no "Coliseu do Porto", concretizando um sonho. Mas rapidamente a realidade mostrou-se dura: entrevistas nas rádios, mais espetáculos, mas o pagamento continuava escasso. Confrontou a organização e ouviram-lhe que, para alcançar patamares maiores, teria de começar assim, mas nada aconteceu. O sonho de gravar um CD parecia distante, enquanto era convidada a cantar de graça.

O pai queria ajudá-la, mas era financeiramente impossível, pois a família vivia com o essencial. A mãe, sempre sua maior fã, dizia-lhe para não desistir e lutar. Alexandra lutou, mas em 2015 perdeu a mãe, a sua força e inspiração. Prometeram ir juntas ao "The Voice", mas a mãe não estava consigo quando participou nas provas cegas em 2016. A dor e a perda da força fizeram-na desistir do sonho de gravar um CD de fado.

Manteve-se ativa em palco com a "Tuna Musical de Santa Marinha" e no "Teatro de Revista", preservando a felicidade de cantar. Em 2022, uma amiga convidou-a para organizar uma noite de fado num restaurante, e este gesto levou à gravação do seu CD "O Meu Grito", realizando finalmente o sonho de uma família do Bairro do Outeiro. Participou na "Praça da Alegria" em Maio do ano passado, uma experiência linda, mas Alexandra sabe que nem tudo são rosas: a falsidade e a maldade rondam, e embora sofra, prefere não reagir na mesma moeda, apenas deixar ir.

Hoje, "Alexandra Cardoso" afirma que tudo o que deseja é ser feliz a cantar o fado.

("Texto baseado no depoimento de Alexandra Cardoso, adaptado por Quelhas")


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Passerelle Bülach: Arbeiten tagsüber, aber auch nachts und an Wochenenden

Passerelle Bülach: Arbeiten tagsüber, aber auch nachts und an Wochenenden:

Foto: Quelhas

Die Arbeiten an der Passerelle in Bülach schreiten zügig voran, bringen jedoch Tage und Nächte voller Arbeit sowie laute Wochenenden mit sich, die die Geduld der Anwohner auf die Probe stellen werden. Die Informationen wurden der Revista Repórter X von Gfeller auf Grundlage der Mitteilungen der Stadt Bülach übermittelt. Das Projekt zielt darauf ab, die bestehenden Gleise zu verstärken und die Bereiche für Treppen und Aufzüge vorzubereiten, während die alten Perrons abgerissen werden.

Aus Sicherheitsgründen finden die Arbeiten auch nachts statt, jeweils ab 20 Uhr, sowie an mehreren Wochenenden bis Ende September. Zwischen dem 17. und 31. August und im Verlauf des Septembers werden die Nacht- und Wochenendarbeiten in vollem Umfang stattfinden, wobei Lärm unvermeidlich ist.

Die Stadt Bülach erkennt die unangenehmen Auswirkungen für die Anwohner an und versichert, dass alle Anstrengungen unternommen werden, um den Lärm so weit wie möglich zu begrenzen, auch wenn es zu kleinen Änderungen im Bauplan kommen kann.

Weitere Informationen zum Projekt finden Sie unter www.buelach.ch/passerelle.

Quelle: Stadt Bülach, an die Revista Repórter X von Gfeller übermittelt.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Passerelle de Bülach: trabalhos durante todo o dia, mas também à noite e fins de semana

Passerelle de Bülach: trabalhos durante todo o dia, mas também à noite e fins de semana:

Foto: Quelhas

As obras da Passerelle em Bülach avançam a bom ritmo, mas trazem consigo dias e noites de trabalho e fins de semana ruidosos que irão testar a paciência dos moradores. As informações foram enviadas à Revista Repórter X pela Gfeller, com base nos comunicados da Stadt Bülach. O projecto visa reforçar os trilhos existentes e preparar as áreas para escadas e elevadores, enquanto os antigos perrons são demolidos.

As actividades, por motivos de segurança, decorrem também em horários nocturnos, começando sempre às 20h, e ao longo de diversos fins de semana até ao final de Setembro. Entre os dias 17 e 31 de Agosto e durante Setembro, os trabalhos nocturnos e de fim de semana estarão em pleno vigor, com o ruído a tornar-se inevitável.

A cidade de Bülach reconhece as incómodas consequências para os residentes e garante que todos os esforços estão a ser feitos para limitar o barulho, embora pequenas alterações no calendário das obras possam ocorrer.

Mais informações sobre o projecto estão disponíveis em www.buelach.ch/passerelle.

Fonte: Stadt Bülach, enviada à Revista Repórter X pela Gfeller.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O labirinto das prestações complementares na Suíça

O labirinto das prestações complementares na Suíça


Na Suíça, onde tanto se apregoa a justiça social e a protecção dos mais frágeis, esconde-se um sistema de apoios complementares que mais parece um campo minado.

Tomemos o exemplo de uma cidadã residente em Genebra, a quem chamaremos Susana. Depois de lhe ser atribuída uma pensão manifestamente insuficiente para sobreviver, viu-se obrigada a solicitar as chamadas prestações complementares junto da AVS/AI da cidade de Genebra.

O que se seguiu foi um verdadeiro percurso de obstáculos: formulários repetidos, assinaturas em duplicado, prazos apertados e ameaças veladas de caducidade do direito. A mensagem é clara — ou se tem forças para suportar este calvário burocrático ou simplesmente desiste-se.

Muitos desistem. E quem ganha com isso? O sistema. As instituições que deveriam zelar pelos cidadãos acabam por beneficiar com a desistência dos mais frágeis.

Em grande parte, os que se reformam ou são pensionados por invalidez acabam por regressar a Portugal, convencidos de que não vale a pena lutar ou sequer pedir ajuda suplementar. Outros partem sem sequer saber que podiam reclamar. Se setecentos e setenta francos na Suíça não chega, pensam, em Portugal chegará — fazem as malas e partem, perdendo direitos que lhes pertencem. A Suíça, essa, lá vai ficando mais rica com este sistema amaldiçoado, feito para que as pessoas desistam antes de receberem o que é seu.

Será este o retrato da famosa neutralidade suíça?

Revista Repórter X

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 12 de agosto de 2025

A tragédia silenciada dos emigrantes: uma denúncia necessária: prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero

A tragédia silenciada dos emigrantes: uma denúncia necessária: prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero


A Revista Repórter X ergue a sua voz em defesa dos emigrantes que, por décadas, construíram com o suor do corpo e da alma o progresso da Suíça e de Portugal. Estes homens e mulheres, que trabalharam durante, cinco, dez, vinte ou quarenta anos ou mais, enfrentam hoje uma injustiça profunda, perpetrada por um sistema que, ao invés de honrar o seu esforço, lhes rouba a dignidade e o direito a uma vida justa.

A exigência desumana de documentos infinitos para o acesso às prestações complementares e pensões transforma a esperança em desespero. Pedem-se papéis que muitas vezes são impossíveis de reunir, numa burocracia implacável que desgasta o espírito. Se disserem a verdade sobre o seu património, enfrentam a ameaça de exclusão e expulsão. Obriga-se o emigrante a ocultar bens, a omitir dinheiro, sob pena de serem tratados como inimigos do sistema.

Mais cruel ainda é a chantagem imposta pela obrigação de vender a casa própria — o último tecto seguro que resta para muitos. Mandam vender para que o valor da venda seja apropriado, como se fosse um roubo consentido, para pagar com o suor do emigrante o que lhes é devido em migalhas. Vender a casa significa ficar sem abrigo, sem raízes, sem segurança — reféns do sistema que os expulsa e ignora.

Para agravar a situação, proliferam os divórcios forçados. Cônjuges separados não por desamor, mas pela necessidade de maximizar benefícios, forçando famílias a dilacerar-se para sobreviver. É um mal que corrói a alma e destrói laços sagrados em nome de cálculos frios e desumanos.

Este pacto sombrio entre Suíça e Portugal é uma cumplicidade de abandono. Um jogo que transforma quem contribuiu durante décadas em meros números, descartáveis e invisíveis. Aumenta-se o sofrimento, amplia-se o isolamento, separa-se famílias, reduz-se o emigrante à pobreza e ao silêncio.

A consequência mais terrível deste abandono é a dor invisível que corrói o coração. Muitos vivem na miséria, outros entregam-se à desesperança extrema e chegam ao suicídio. São vidas partidas, histórias silenciadas, lágrimas invisíveis que a sociedade prefere não ver.

Os emigrantes não escolheram adoecer, nem desejaram abandonar os seus lares. Foram pilares do crescimento, alicerces do progresso. Mas hoje veem-se tratados como lixo, ameaçados por um sistema que exige omissão da verdade, que utiliza o medo da expulsão para silenciar a voz daqueles que mais precisam de ser ouvidos.

A Revista Repórter X denuncia esta realidade com a coragem que a verdade impõe. Exige uma pensão digna, justa e condigna, que acompanhe a inflação e permita uma vida livre e segura após décadas de trabalho árduo.

Não se pode aceitar que quem ajudou a enriquecer estes dois países seja agora condenado a uma existência de privações, ameaças e humilhações. É uma luta pela dignidade, pela justiça, pela humanidade que não pode cessar.

A voz dos emigrantes, tantas vezes calada, encontra aqui um eco firme e lírico, um grito que reclama justiça e respeito. Porque negar estes direitos é negar a própria história, é trair a memória dos que construíram o futuro.

A Revista Repórter X compromete-se a manter esta denúncia viva, a dar voz a quem não tem voz, a resistir contra o silêncio e a exigir a verdadeira justiça social.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Reagrupamento familiar em Portugal: o sonho que se revela desafio para as famílias migrantes

Reagrupamento familiar em Portugal: o sonho que se revela desafio para as famílias migrantes:


Em terras lusas, o desejo de reunir a família sob um mesmo teto é um fio de esperança que muitos trabalhadores estrangeiros carregam no coração. Porém, a lei dos estrangeiros, rigorosa e implacável, impõe condições que não são fáceis de cumprir, especialmente para quem ganha o salário mínimo ou trabalha precariamente.

O reagrupamento familiar permite que um cidadão estrangeiro, residente legalmente e com contrato de trabalho, traga para Portugal o seu cônjuge e os filhos menores, mesmo que estes ainda não tenham emprego. Basta comprovar casa e rendimentos suficientes para sustentar a família, uma exigência que vai muito além do salário mínimo nacional.

Para um casal com dois ou três filhos, a soma dos rendimentos deve ultrapassar os valores mínimos estabelecidos pela lei, calculados segundo o Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Em 2025, isto significa cerca de mil e quinhentos euros por mês, valor que muitos trabalhadores não atingem, forçando-os a buscar soluções alternativas, como segundas fontes de rendimento ou apoio familiar.

Quando o reagrupamento ocorre em fases, a lei também permite que o cônjuge chegue primeiro, estabeleça-se no trabalho e só depois solicite a vinda dos filhos. Este caminho, embora mais lento, traz consigo a segurança de garantir meios para toda a família.

A verdade, nua e crua, é que esta legislação, que se diz justa, acaba por ser um muro que separa famílias, deixando muitos a lutar sozinhos por direitos que, no fundo, deveriam ser universais.

Na serenidade da tradição e com os olhos postos no futuro, urge repensar as regras para que o sonho do reencontro não seja apenas um poema distante, mas uma realidade possível para quem escolhe Portugal como nova pátria.

Prof. Ângela Tinoco


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

JUSTIÇA NA SUÍÇA: PRAZOS CURTOS, CARTAS SEM REGISTO E CIDADÃOS À MARGEM

JUSTIÇA NA SUÍÇA: PRAZOS CURTOS, CARTAS SEM REGISTO E CIDADÃOS À MARGEM

Que confiança pode ter um cidadão num tribunal que lhe envia decisões importantes sem registo e com datas que não batem certo?

Foi o que aconteceu a José Manuel, cidadão residente na Suíça, que recebeu, apenas sete dias após a data oficial, uma carta do Tribunal Cantonal de Seguros Sociais de Zurique. A decisão, longe de trazer clareza, limitava-se a informar que documentos seriam enviados à parte contrária e que prazos estavam a contar — sem mencionar a que pedido se referia, qual o objectivo ou qual a base legal.

José Manuel, perplexo, pergunta: “Como pode o tribunal fixar prazos de trinta dias sem garantir que o destinatário teve conhecimento atempado? E se a pessoa estiver ausente por razões familiares ou profissionais? Isto não é justo nem democrático, parece feito para afastar quem procura justiça.”

Mais do que um incidente isolado, o caso levanta questões sérias sobre a forma como certos tribunais tratam os cidadãos. Práticas formais que parecem servir mais para intimidar ou cansar os que reclamam do que para garantir a verdade e a justiça.

A Revista Repórter X seguirá a par deste caso, reafirmando o seu compromisso com todos os que recusam ser tratados como meros números em processos frios e desumanos.

autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Doze quilómetros de engarrafamento no túnel do Gotthard marcam o regresso das férias de Verão

Doze quilómetros de engarrafamento no túnel do Gotthard marcam o regresso das férias de Verão:



No Domingo à tarde, entre Giornico e Airolo, o sul da Suíça ficou preso numa fila de doze quilómetros que paralisou o acesso ao túnel rodoviário do Gotthard. A espera chegava a duas horas, um cenário repetido ao fim das férias, quando milhares regressam ao norte do país.

A alternativa sugerida pelo Touring Club Suisse, a travessia pelo túnel de San Bernardino, também não escapou à sobrecarga. Ali, o trânsito arrastava-se e somava atrasos de até vinte minutos. Mesmo a norte, no portal do Gotthard, três quilómetros de viaturas obrigavam a mais meia hora de paciência.

No Sábado, a situação já se tinha revelado difícil, com filas de onze quilómetros e quase duas horas de atraso para os que viajavam rumo ao norte. As previsões do TCS alertam para novos congestionamentos nos próximos fins-de-semana de Agosto, sobretudo até 23 e 24, coincidindo com o regresso às aulas em vários cantões.

A Revista Repórter X faz, todos os anos, quatro ou cinco vezes este trajecto pelo Gotthard, em direcção ao cantão do Ticino ou à Itália. As rotas já levaram a nossa equipa a cidades como Milão, Veneza, a lendária Verona – terra do amor de Romeu e Julieta – entre outras, e a muitos outros destinos.

Mas não só, pois as viagens da Repórter X passam também pelo caminho para França, quando a equipa se dirige a Mónaco, Nice, ou a Cannes – terra dos Óscares e do Festival de Cinema –, entre outros lugares encantadores.

A experiência diz-nos que, passada uma boa tarde, este cenário é frequente: filas intermináveis, o ritmo quebrado, a paciência testada pela estrada e pela espera.

O Gotthard, espinha dorsal da ligação entre norte e sul da Europa, volta assim a provar que a estrada nem sempre é caminho, mas por vezes prisão sobre rodas, onde o tempo se mede não em quilómetros, mas em minutos perdidos no alcatrão quente do Verão.

autor: Quelhas 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 10 de agosto de 2025

Atletismo amador, anos 80 - Sobradelo da Goma - Quem identificam?

 Atletismo amador, anos 80 - Sobradelo da Goma
Quem identificam?
(Ganhamos a taça do 1° lugar por equipa!)


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

St. Gallen – Entre o encanto de ontem e a tragédia de hoje, com Zurique em festa:

St. Gallen – Entre o encanto de ontem e a tragédia de hoje, com Zurique em festa:



Um dia antes da tragédia, a Revista Repórter X passara por St. Gallen em busca de boas novas. A ocasião fora luminosa, falámos de gastronomia na Casa Dão Lafões em Schmerikon, num cenário pintado pelo reflexo do lago e pela harmonia dos transportes públicos. Havia no ar um perfume de celebração, de encontro e de pertença.

Mas a noite seguinte trouxe um corte abrupto nessa narrativa. Na madrugada de sábado, a Langgasse tornou-se palco de sangue. Um homem de cinquenta e quatro anos, natural do Sri Lanka e residente no cantão, tombou mortalmente ferido, apesar dos esforços de reanimação da polícia e do serviço de emergência. Ao seu lado, um cidadão italiano de quarenta anos, também residente em St. Gallen, jazia gravemente ferido. Levado ao hospital, acabou detido. As autoridades investigam o que terá levado a este confronto letal.

St. Gallen, que horas antes nos mostrara o seu rosto mais belo, acordou neste dia com a sombra da violência. A mesma cidade que guarda um lago espelhado e ruas ordenadas lembra-nos que a paz é frágil e que a vida, por vezes, muda de cor entre o pôr-do-sol e o amanhecer.

E, enquanto em St. Gallen a madrugada tingia de vermelho as pedras da rua, Zurique enchia-se de sons e cores. No calor intenso de agosto, a Street Parade 2025 trouxe liberdade, excessos e personagens de todo o género: corpos pintados, homens em cuecas, mulheres fantasiadas de noivas ou diabos, máscaras e brilhos, música que ecoava sobre a bacia do lago. Comboios abarrotados chegavam de todos os cantos, despejando multidões para a maior festa techno do mundo.

Cerca de oitocentas mil pessoas dançaram entre Bellevue e o porto de Enge, ao ritmo de vinte e nove “móbiles do amor”. Apesar do calor sufocante, muitos encontraram refúgio nas águas do lago ou sob jatos refrescantes de irrigação, enquanto a polícia e a Zurich Protection & Rescue atendiam centenas de casos – desde cortes e escoriações a intoxicações por álcool e drogas, passando por problemas circulatórios e quedas perigosas. Houve cinquenta e quatro hospitalizações, uma delas em estado crítico.

Houve também prisões, sobretudo por furtos e tráfico, e até um alarme provocado por um homem que atravessou a Ponte Quai com o que se pensou ser uma arma, afinal apenas um spray de pimenta.

Assim se escreveram, no mesmo dia, duas histórias distintas: em St. Gallen, a madrugada da violência; em Zurique, a tarde da euforia. Entre ambas, o mesmo país, a mesma data, e o contraste eterno entre a sombra e a luz.

autor: Quelhas

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Revista Repórter X – Agosto em alta: grandes reportagens, sabor à portuguesa e números que falam por si

Revista Repórter X – Agosto em alta: grandes reportagens, sabor à portuguesa e números que falam por si

Notícia:

O mês de agosto chega com sabor, força e impacto na Revista Repórter X Editora Schweiz. Mais do que uma publicação, é já um palco de grandes entrevistas, reportagens e campanhas publicitárias de peso, com João Carlos Quelhas como rosto e figura pública de referência.

Os números no YouTube confirmam o alcance: 3.524 visualizações e 10.971 minutos vistos no último mês, consolidando a presença digital e reforçando o prestígio de um trabalho que não é apenas jornalismo — é também comunicação estratégica e marketing inteligente.

Entre os destaques, brilha a cobertura especial da Área da "Casa Dão Lafões em Schmerikon, St. Gallen — onde o leitão no forno e o frango assado" e "Dr. Rui Rebelo fala nos 100 anos do S. C. Maria da Fonte na entrevista ao 'Quelhas'." conquistam não só o paladar, mas também o imaginário de quem procura a essência da gastronomia portuguesa na Suíça. Um convite irresistível para vir de carro, comboio ou até de barco, sempre com a certeza de encontrar tradição e qualidade.

Combinando investigação jornalística rigorosa, presença pública forte e uma linha editorial que dá voz a quem precisa, a Revista Repórter X continua a ser o espelho de um mês intenso e marcante. Agosto prova que estamos perante um projeto que não pára, que se reinventa e que sabe transformar cada reportagem num acontecimento.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sábado, 9 de agosto de 2025

Subsídio Familiar; Suíça mantém injustiça contra trabalhadores estrangeiros sem acordos bilaterais

Subsídio Familiar; Suíça mantém injustiça contra trabalhadores estrangeiros sem acordos bilaterais:


Na Suíça, país que se orgulha da sua neutralidade e da sua igualdade de oportunidades, há uma desigualdade que corrói silenciosamente a justiça social. Um trabalhador que venha de Portugal, de Espanha, da Itália ou da União Europeia tem direito ao subsídio familiar para os filhos que ficaram no seu país de origem. Mas um trabalhador que venha, por exemplo, da República Dominicana, do Brasil, de Angola, de Moçambique, de Timor-Leste, das Filipinas, da Austrália ou da Nova Zelândia, ainda que viva e trabalhe legalmente na Suíça, pagando todos os impostos e contribuições, não tem esse direito se os seus filhos permanecerem no país de origem.

O esforço é o mesmo, o suor é igual, o sacrifício é partilhado. No entanto, a lei suíça ergue uma barreira de papel, o chamado “acordo bilateral” que decide o destino do direito de cada um. A diferença não está no amor que o pai ou a mãe têm pelos filhos, nem no peso do trabalho que carregam, mas sim na existência ou ausência de um tratado entre dois governos.

A consequência é cruel: filhos de trabalhadores de países sem acordo são invisíveis aos olhos da política suíça, privados de um apoio que poderia aliviar a distância e a dificuldade. E tudo isto numa terra que, em nome da justiça, deveria tratar de forma igual quem contribui de forma igual.

Não basta dizer que “a lei é assim”. A lei também é feita de escolhas políticas, e estas escolhas revelam, com clareza desconfortável, quais são as vidas que se consideram merecedoras de proteção e quais se deixam cair no esquecimento. A igualdade que se proclama nas praças e nos discursos não pode ser só para quem nasceu no lugar certo ou tem a nacionalidade certa.

A Suíça, que se ergue entre montanhas como símbolo de estabilidade e imparcialidade, deveria recordar-se que a justiça verdadeira não conhece fronteiras, nem precisa de acordos para reconhecer o valor do trabalho humano. Literalmente a este caso de injustiça, chama-se discriminação social, laborsl e racismos...

autor: Quelhas

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O MÉDICO DE FAMÍLIA NA SUÍÇA — QUANDO A OBRIGAÇÃO SE TORNA UM FARDO

O MÉDICO DE FAMÍLIA NA SUÍÇA — QUANDO A OBRIGAÇÃO SE TORNA UM FARDO


Na Suíça, todos os residentes são obrigados a ter um seguro de saúde. E, com ele, a estarem vinculados a um médico de família, seja a título permanente ou provisório. Esta regra, imposta pelas Krankenkassen, parece à primeira vista uma medida sensata, destinada a garantir o acompanhamento contínuo e próximo de cada cidadão.

No entanto, a realidade mostra-nos outra face deste sistema.

Quando um médico de família falha com o seu doente, seja pela perda de confiança, seja por atitudes negligentes ou mesmo por práticas de conivência com um sistema que nega baixas médicas a quem delas precisa — o paciente fica encurralado. Perde-se a confiança, rompe-se o vínculo e... começa o calvário de procurar um novo médico.

A liberdade de escolha torna-se uma miragem. As clínicas fecham as portas ou respondem com listas de espera eternas. Quando, em desespero, alguém tenta encontrar um médico que fale uma das línguas nacionais, como o italiano, para evitar a humilhação de ter de ser acompanhado por um tradutor, recebe respostas frias e descartáveis: "Procurem outra clínica."

Na Suíça, um país com quatro línguas oficiais, procurar um médico que fale italiano deveria ser tão legítimo como procurar um médico que fale alemão. Mas na prática, o sistema mostra-se cego à diversidade linguística e às necessidades humanas.

E assim, a obrigação legal de ter um médico de família transforma-se, para muitos, numa cruz pesada, que não assegura nem proximidade, nem compreensão, nem sequer humanidade.

Uma obrigação que, afinal, não serve quem deveria servir: o doente.

autor: Quelhas


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Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado



Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado
Schmerikon St.Galen
(pode vir de carro, comboio ou barco).

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Férias e encontros além do mar e gastronomia

Férias e encontros além do mar e gastronomia 


A cidade de Bülach está deserta, as ruas ecoam passos raros e o vento quente varre o pó que o verão levanta. Enquanto muitos procuram horizontes de mar ou montanha, há quem, como eu, permaneça, guardando o ritmo diário que não conhece férias. Mas mesmo àqueles que partiram, deixo um recado que o sol pede e a prudência aconselha.

As férias não são apenas descanso, são também reencontros e celebrações. Há quem aproveite para baptizar um filho, casar-se, ou participar noutras cerimónias religiosas que unem famílias e amigos. É tempo de abraçar os que vivem longe, de ir às festas da aldeia e aos arraiais onde a música popular aquece a noite e as luzes se misturam com o cheiro a sardinha assada. É também oportunidade para visitar os melhores restaurantes da região, matar saudades das iguarias tradicionais, ou sentar-se em bares e tascas onde se bebe um bom whisky ou um vinho regional digno de memória.

Na praia, usem protector solar, evitem o sol entre as onze e as quinze horas, e deixem que o mar vos alimente com peixe fresco, marisco e até as tradicionais bolas de Berlim que adoçam a alma. Entre mergulhos e passeios, há quem prefira o cinema ou as discotecas, prolongando a festa noite dentro.

As montanhas chamam ao ar puro, aos piqueniques à sombra das árvores, ao campo onde as colheitas pintam a paisagem e onde um gole de água cristalina de um fontanário sabe a vida simples. Outras tradições permanecem vivas: jogar cartas na esplanada, ouvir histórias dos mais velhos, participar nas procissões ou simplesmente caminhar por caminhos antigos.

Eu, por exemplo, tiro férias de oito dias, quatro vezes por ano, e tenho dividido o meu tempo entre Algarve — Albufeira, Quarteira e Faro — Póvoa de Lanhoso, Braga e Porto. Já estive em Itália, entre Forte dei Marmi, Marina di Massa e Pisa; e em França, passando por Cannes, Nice e Mónaco, além das viagens por várias cidades suíças e arredores.

Aconselho viajar num carro familiar, pois é mais económico do que ir em dois: as portagens são mais baratas, gasta-se menos gasolina e todos chegam juntos, sem receio de se perderem pelo caminho. É também uma forma de partilhar conversas, gargalhadas e até o silêncio. Comer várias gastronomias, próprias de cada país, é um prazer maior do que passar um mês inteiro no mesmo lugar. As férias, afinal, não são apenas destino, são caminho, encontro e memória.

Com estes desencontros de férias, enquanto eu trabalho na gráfica, a maior parte das entrevistas ficaram por fazer sobre a pré-visão do que vai acontecer nos eventos onde se junta principalmente arte e artistas. Quero referir dois exemplos: o encontro de cantores na Praça da Póvoa de Lanhoso, na festa da rádio Terras De Lanhoso de Abílio Novais Terrasdelanhoso e da locutora Susana Pinho, e o evento no Hotel Onix, em Viseu, na festa da rádio Total Fronteiras TO Ferreira Offcial Cantor, cantor e radialista. Um especial abraço a todos, especialmente ao José Dos Santos, Ana Parrinha, Isabel Batista, Tody Moreira, Mariazinha Paris, Paula Da Silva Pires entre outros.

autor: Quelhas.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

João Carlos Quelhas Rumo à Presidência: Agosto chega com novas vitórias e mais voz para o povo

João Carlos Quelhas Rumo à Presidência: Agosto chega com novas vitórias e mais voz para o povo:


Notícia:
Em pleno mês de agosto, João Carlos Quelhas, pré-candidato à Presidência da República Portuguesa, anuncia o novo Boletim Informativo, trazendo consigo uma mensagem clara: a caminhada continua firme, o povo está a ouvir e a responder.

No YouTube, a voz de Quelhas ecoa cada vez mais longe. Foram 10 novos vídeos publicados, 98 novos inscritos, 15.083 visualizações acumuladas e milhares de minutos assistidos. Entre os conteúdos mais vistos, destaca-se a simplicidade com sabor de raízes: “A neta mistura outros alimentos ao feijão e batatas colhidos no jardim para uma sopa” e "Cantor João Seabra", um retrato vivo da ligação à terra e aos valores que moldam a visão de futuro do candidato.

O crescimento é constante e sustentado, mostrando que a mensagem encontra terreno fértil nos corações de quem procura verdade, clareza e coragem. A cada novo seguidor, não é apenas um número que aumenta, mas sim mais um cidadão a juntar-se ao movimento de mudança.

“Não é apenas sobre ganhar eleições, é sobre devolver dignidade, voz e respeito a quem o sistema esqueceu”, afirma Quelhas. E agosto prova que a chama está acesa, iluminando o caminho até 2026.


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Raízes que a Câmara ignora: a injustiça contra os artistas da terra

Raízes que a Câmara ignora: a injustiça contra os artistas da terra



A Póvoa de Lanhoso vive um momento que revela muito do que se passa quando o poder se distancia do que verdadeiramente importa. Dois espetáculos, marcados para a mesma hora e no mesmo local, expõem uma realidade amarga: o brilho que chega dos artistas de fora é exaltado, enquanto o talento que nasce aqui é deixado à sombra, esquecido pelas luzes oficiais.

O concerto da Cuca Roseta tem sido amplamente divulgado pelos canais do Município, inundando redes sociais e espaços públicos com o seu nome. Por outro lado, o espetáculo do Diogo Marinho, filho desta terra e representante vivo da nossa cultura, é relegado ao silêncio institucional, divulgado apenas por ele e pelos amigos do Grupo Cénico Povoense. Porquê este silêncio? Será por ser povoense? Por ser mais modesto? Ou simplesmente porque, para este executivo, o que é nosso não merece atenção?

Este executivo penaliza claramente os autores da terra, vendo-os com desconfiança e favorecendo uns enquanto ignora outros. A uns oferece apoios generosos, a outros deixa quase sem nada. Esta desigualdade não é fruto do acaso, mas de uma escolha consciente que prefere o brilho fácil ao calor autêntico da comunidade.

Quem hoje dirige a Câmara desconhece o valor que tem o que nasce do nosso chão. Para eles, a cultura é uma linha do orçamento, um custo a administrar, um ordenado garantido pelo dinheiro dos contribuintes povoenses, do Estado e do IMI. Esquecem-se, porém, que a cultura é o que mantém viva a memória, que dá sentido e esperança a um povo.

Não faz sentido gastar fortunas em artistas que vêm de fora, enquanto se fecha a porta aos nossos próprios talentos. Investir no que é nosso não é despesa, é riqueza que permanece, é preservar a identidade que nos distingue.

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso falha no seu dever fundamental: proteger e valorizar a cultura que é a base da nossa comunidade. Com esta postura, afasta-se do povo e cria um clima de desânimo e afastamento. Haveria espaço e obrigação para apoiar todos, mas escolhe-se quem deve brilhar e quem deve ser esquecido.

Neste cenário de silêncio e favorecimentos, há também uma voz que tentaram calar: a da Repórter X. Penalizada por recusar submeter-se às regras de quem pretende calar as críticas, a Repórter X escolheu a liberdade de dizer a verdade, mesmo que isso significasse perder apoios. Os artigos que denunciavam falhas do poder foram proibidos porque incomodavam, mas a voz resistiu, porque a verdade não se dobra.


Este é o retrato de uma cultura fragmentada, sufocada por um executivo que não quer reconhecer a força dos que são daqui. A Póvoa merece mais: justiça, apoio igualitário, respeito e uma Câmara que veja a sua verdadeira alma. Sem isso, seremos apenas espectadores de um espectáculo vazio e sem futuro.

autor: Quelhas

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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

A obrigação do médico de família na Suíça e as sombras que lança sobre as famílias

A obrigação do médico de família na Suíça e as sombras que lança sobre as famílias


No recente contacto telefónico com uma seguradora de saúde suíça, foi reiterada uma norma que afecta todos os residentes no país: a obrigatoriedade de ter um médico de família. Esta figura, no papel, deveria ser o porto seguro do doente, o profissional que não só passa receitas, mas também escuta, aconselha, encaminha e ampara nos momentos de fragilidade, sendo também responsável por reconhecer quando uma baixa médica se justifica.

Mas, na realidade, muitos doentes vivem um conflito profundo com esta obrigação. Em certas famílias, cada elemento está inscrito em seguros de saúde distintos, com regras próprias e KrakenKasses diferentes, o que implica múltiplos médicos de família para uma mesma unidade familiar.

Neste caso, um dos membros da família perdeu completamente a confiança no seu médico de família, o Dr. Reys, após uma ruptura que não foi apenas pessoal, mas carregada de consequências graves, sobretudo quando um pedido de baixa médica legítima foi recusado, vítima de um sistema que muitos denunciantes apontam como corrupto e pouco sensível à verdadeira necessidade do doente.

Por outro lado, existe um número significativo de pessoas que, por questões de saúde, já são acompanhadas directamente por especialistas. Para estas, o médico de família é uma formalidade pouco útil, uma obrigação legal que, na prática, pouco serve, e que pode transformar-se numa barreira quando os cuidados médicos deviam ser, acima de tudo, um acto de humanidade.

A obrigação imposta, apesar de justificada pela ideia de coordenação dos cuidados e contenção de custos, acaba por desvirtuar o verdadeiro papel do médico de família e fragilizar a relação de confiança essencial entre paciente e profissional de saúde.

Este fenómeno não é uma simples questão administrativa, mas uma ferida aberta no tecido social e familiar, que a Revista Repórter X continuará a desvendar, dando voz aos que enfrentam diariamente as contradições de um sistema que deveria cuidar, mas que por vezes divide e condiciona.

Autor: Quelhas


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Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado Schmerikon St.Galen

Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado
Schmerikon St.Galen
(pode vir de carro, comboio ou barco)



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Resposta aos leitores, sobre o texto “A Suíça diz que é um país soberano…”

Resposta aos leitores, sobre o texto “A Suíça diz que é um país soberano…”


A todos os que comentaram, com raiva, com memória, com gratidão ou com comparação, aqui fica a resposta de quem escreveu com a coragem de dizer o que muitos calam.

Primeiro, aos que insultam:
Responder com palavrões a um texto crítico é sinal de que a ferida existe, mesmo que neguem que dói. Chamarem “azeiteiro” ou “bandalho” a quem escreve é tentar matar o mensageiro para que a mensagem não pese. Mas não mata. Porque a verdade tem raízes que não se arrancam com insultos.

Depois, aos que viveram o passado e nele ficaram:
Sim, os anos 80 foram diferentes. Sim, a Suíça deu oportunidades. Mas o que se denuncia hoje não é um ataque ao que foi. É um alerta para o que é agora. O texto não é contra a Suíça, é contra o que a Suíça se tornou em certos corredores do poder: fria, tecnocrática, distante, por vezes injusta. Quem vive do passado corre o risco de ser cúmplice do presente.

Aos que comparam com Portugal:
A crítica a um país não é automaticamente um elogio ao outro. Há quem não queira voltar a Portugal, como há quem não queira mais estar na Suíça. Mas comparar misérias não cura nenhuma. Não é por Portugal estar mal que devemos aceitar tudo na Suíça de olhos fechados. A exigência deve ser proporcional àquilo que a Suíça promete ser. E a promessa foi grande.

Aos que venceram cá e se sentem realizados:
Aplaudimos. A vossa história é verdadeira. Mas também é verdadeira a história dos que perderam tudo, dos que foram mal tratados em hospitais, humilhados por instituições, silenciados em tribunais, excluídos de apoios por uma vírgula mal preenchida. Há mais de uma Suíça. E o texto deu voz àquela que raramente aparece nos postais.

Este não é um manifesto de ódio. É um grito de justiça.
Não nega que há ordem, progresso, qualidade, até dignidade em muitos aspectos da vida aqui. Mas há também um sistema cínico e duro, com rosto de neutralidade e coração de pedra, onde o cidadão comum não é ouvido, apenas processado. Onde quem protesta é acusado, isolado ou declarado “inadequado”.
Não é o povo que decide. É uma aristocracia moderna, vestida de democracia.

Por fim, aos que ainda sabem ouvir:
Este texto não é contra a Suíça. É por uma Suíça melhor, mais honesta, mais humana. Não queremos regressar ao passado, queremos que o futuro esteja à altura das promessas escritas na bandeira.
Liberdade, sim. Mas verdadeira. Unidade, sim. Mas com justiça. Soberania, sim. Mas com o povo a decidir de verdade.

autor: Quelhas

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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A minha primeira-Comunhão!

A minha primeira-Comunhão!
 

João Carlos Veloso Gonçalves
Autor: Quelhas

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Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado Schmerikon St.Galen

Dão Lafões - Leitão no forno e Frango assado
Schmerikon St.Galen
(pode vir de carro, comboio ou barco).


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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

IMI — Terceira vez que envio comprovativos de pagamento — Exijo resolução imediata

IMI — Terceira vez que envio comprovativos de pagamento — Exijo resolução imediata

Exmos. Senhores,


No dia 15 de Maio de 2025, às 11:05, comuniquei através do e-balcão a situação do pagamento do IMI das minhas filhas, remetendo a cópia bancária do pagamento efectuado por transferência.

Expliquei, com toda a clareza, que uma das notas de cobrança não chegou ao seu representante em Portugal e, por isso, o pagamento foi feito numa só operação, em valor duplicado, para garantir que o IMI de ambas fosse liquidado.

Desde então, já por três vezes vos enviei a documentação e a explicação, mas o vosso serviço continua a fingir que não percebe.

Ou seja:
Sabem cobrar, porque aceitaram metade do valor.
Sabem ignorar, porque fingem não entender que receberam o dobro do devido.
Sabem adiar, porque pedem documentos que já vos enviei.

Esta postura não é apenas um sinal de incompetência, é um desrespeito directo pelo cidadão contribuinte.

Não aceito mais respostas automáticas nem manobras dilatórias. Exijo a devolução imediata do valor pago em excesso.

Se não me responderem com a resolução definitiva, sigam por certo que remeto este caso para a Provedoria de Justiça, a Inspecção-Geral de Finanças e para denúncia pública.

Fico a aguardar. Mas não por muito tempo.

18 de Julho de 2025


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𝗣𝗮𝗱𝗿𝗲 𝗔𝗻𝘁ó𝗻𝗶𝗼 𝗟𝗲𝗶𝘁ã𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗱𝗲-𝘀𝗲 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗽𝗼𝘃𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗹𝗵𝗵𝗲 𝗱𝗲𝘃𝗲 𝘁𝗮𝗻𝘁𝗼.

𝗣𝗮𝗱𝗿𝗲 𝗔𝗻𝘁ó𝗻𝗶𝗼 𝗟𝗲𝗶𝘁ã𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗱𝗲-𝘀𝗲 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗽𝗼𝘃𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗹𝗵𝗵𝗲 𝗱𝗲𝘃𝗲 𝘁𝗮𝗻𝘁𝗼:



Faleceu, na Terça-Feira, 5 de Agosto de 2025, o Padre António Leitão da Silva, figura discreta e veneranda da freguesia da Esperança, concelho da Póvoa de Lanhoso, onde durante décadas serviu como pároco, educador e pregador da Palavra.

Nasceu a 1 de Dezembro de 1929 e foi ordenado sacerdote em 3 de Julho de 1955. Chegou à Esperança em Setembro de 1962, e ali permaneceu como pastor fiel, companheiro de vida, conselheiro silencioso e presença constante.

Diz-se – e diz-se com respeito – que também ensinou na Escola Secundária da vila. Que não se limitava ao altar, mas deixava rasto de sabedoria na sala de aula, entre cadernos e consciências. Era também pregador respeitado, chamando à atenção dos fiéis com a palavra justa e o tom sereno que não precisava de elevar-se para ser ouvido.

Além da Esperança, terá deixado marca noutras paróquias, que o tempo talvez já não recorde com nitidez, mas que lhe devem, como todas, o que só o sacerdote sabe dar: presença, sacramento e escuta.

Houve quem o tivesse por Arcipreste em certo tempo. E se a memória nos prega partidas, também é verdade que quem dá tanto durante tanto tempo, espalha-se por muitos lugares sem que o saibamos com precisão. Assim são os que servem em silêncio.

Partiu aos noventa e cinco anos. Deixou-nos, mas não se apaga. O seu nome ficará inscrito na história íntima das famílias que acompanhou, dos jovens que orientou, dos crentes que consolou. A Esperança, que era a sua freguesia, ficou mais só. A Póvoa, que era seu chão, ficou mais pobre.

Que descanse em paz aquele que foi padre, mestre e servo.

autor: Quelhas.

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Parkieren in Neu-Bülach – Zwischen Busse und dem Recht auf Raum

Parkieren in Neu-Bülach – Zwischen Busse und dem Recht auf Raum

BÜLACH, SCHWEIZ – REPORTAGE DER ZEITSCHRIFT REPÓRTER X


In Neu-Bülach, zwischen den Quartieren Im Guss und Glasi, herrscht ein urbanes Paradox, das täglich sichtbarer wird: Parkieren bedeutet hier entweder Freiheit – oder eine Busse.

In einem lebendigen Umfeld voller kultureller Vielfalt und sozialem Miteinander – mit Kindergärten, Musikschulen, Geschäften, Cafés, Ateliers, Barbierläden und dem allgegenwärtigen Supermarkt Coop – pulsiert das tägliche Leben. Doch beim Thema Parkplätze stösst diese Lebensfreude an eine unsichtbare Mauer aus Vorschriften, Schildern und Strafen.

Gleich an der Schaffhauserstrasse 106 und 108, vor dem Geschäfts- und Dienstleistungszentrum im Guss, steht ein deutliches Schild: „PRIVAT“, begleitet von zwei Verbotssymbolen – Einfahrt und Parkieren untersagt. Gemäss Verfügung vom 20. August 2019, im Namen der Stadt Bülach, dürfen unbefugte Fahrzeuge weder einfahren noch stehen bleiben. Verstösse können mit einer Busse von bis zu 2 000 Franken geahndet werden. Die juristische Sprache ist streng – doch wer genau der Eigentümer des Geländes ist, bleibt unklar: Ist es die Stadt, die Coop, oder eine der ansässigen Firmen?

Gerade diese Unklarheit sorgt für Kritik. Der Raum wirkt öffentlich – ist aber privatisiert durch juristische Konstrukte und Drohgebärden. Wer die Angebote von Bistro, Musikschule, Kinderkrippe Lichtpunkt, MyOffice, WePINK AG oder Coop nutzt, wähnt sich in einem offenen Zentrum. Doch das Parkieren wird schnell zur Falle: ein Moment der Unachtsamkeit reicht, und schon droht die Busse.

Besonders in die Kritik gerät dabei die Coop-Filiale, die zwar werktags vom regen Zulauf der Kundschaft profitiert, am Sonntag jedoch geschlossen bleibt – samt Parkplätzen. Weshalb dürfen jene, die wochentags für Umsatz sorgen, nicht auch sonntags dort parkieren, um Bekannte zu besuchen oder das Quartier zu beleben?

Wenn Coop wirklich ein Teil der Gemeinschaft sein will, dann sollte sie auch Parkmöglichkeiten am Sonntag ermöglichen – als Zeichen des Respekts gegenüber den Bewohnern und als Beitrag zu einem offenen Miteinander. Denn wer seine Tore verschliesst, während der öffentliche Raum gebraucht wird, schliesst sich selbst aus der Nachbarschaft aus.

Dieses urbane Modell aus juristischen Schildern, städtischer Genehmigung und privater Abschottung passt nicht zu einem Quartier, das durch Vielfalt und Begegnung lebt. Statt Angst vor einer Busse, sollte Vertrauen in die Besucher wachsen. Statt leeren Parkplätzen am Sonntag, könnten offene Begegnungsräume entstehen.

Die Zeitschrift Repórter X ruft deshalb zur Reflexion auf: Stadtentwicklung ist mehr als Verwaltung – sie ist Dienst am Menschen. Ein offener Parkplatz ist keine Einladung zur Anarchie, sondern ein Zeichen des Willkommens.

Denn eine Stadt, die ihre Besucher bestraft, straft sich letztlich selbst.

autor: Quelhas
Zeitschrift Repórter X – Offizieller Verlag Schweiz


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Estacionamento na Nova Bülach – Entre a Multa e o Direito ao Espaço

Estacionamento na Nova Bülach – Entre a Multa e o Direito ao Espaço



BÜLACH, SUÍÇA – REPORTAGEM DA REVISTA REPÓRTER X

Na vibrante Nova Bülach, entre os bairros de Im-Guss e Glasi, vive-se um paradoxo urbano que se torna cada vez mais visível e criticável: estacionar pode significar liberdade ou uma multa.

Num cenário marcado pela diversidade cultural e pela energia social, com creches, escolas de música, lojas, cafés, ateliers, barbeiros e o inevitável supermercado Coop, o dia-a-dia pulsa ao ritmo de quem vive, trabalha e visita este espaço. Contudo, a lógica do estacionamento revela-se um entrave à convivência e um reflexo de uma gestão fria e inflexível do território.

Ao lado da Schaffhauserstrasse 106 e 108, há uma placa afixada com toda a pompa legal. A sinalização indica, em letras bem visíveis, a palavra “PRIVAT”, acompanhada de dois símbolos de proibição: o de circular e o de estacionar. Com base numa ordem de 20 de Agosto de 2019, a entrada de viaturas não autorizadas pode resultar em multas de até 2 000 francos, com o respaldo da própria autoridade municipal de Bülach, o Stadtrat. A linguagem jurídica é clara e ameaçadora, apesar de não se saber com certeza se o terreno pertence à cidade, à Coop ou às empresas instaladas no complexo im Guss.

Esta ambiguidade é precisamente o cerne da crítica. O espaço parece ser semi-público por vocação e privado por imposição. Os moradores e visitantes, ao acederem ao bistrô, à escola de música, ao infantário Lichtpunkt ou às lojas listadas no próprio totem da entrada, acreditam estar num espaço acolhedor e acessível. Porém, ao mínimo descuido, são presenteados com avisos ou coimas sem apelo nem agravo.

A Coop, nome maior ali implantado, tem contribuído para essa contradição. Apesar de gerar movimento e lucro com os habitantes da região ao longo da semana, fecha as portas ao domingo e recusa ceder o seu estacionamento, mesmo que o espaço fique visivelmente vazio. Uma decisão que, aos olhos da comunidade, se traduz em indiferença e falta de sensibilidade social.

É legítimo questionar: se os parques pertencem à Coop, por que razão não abrem ao fim-de-semana, como forma de retribuir àqueles que durante os dias úteis garantem os lucros da empresa? Se os parques pertencem ao município, por que razão se privatiza e ameaça quem apenas procura visitar um familiar, apoiar um pequeno negócio local ou partilhar um café ao sol?

Este modelo de urbanismo fechado, blindado por placas e multas, contraria o espírito de um bairro vivo e comunitário. Em vez de promover o encontro e a partilha, promove o medo de parar, o receio de ser penalizado, e a crescente desconfiança entre cidadão e cidade.

A Revista Repórter X deixa o alerta: há que repensar o uso do espaço, sobretudo nos domingos, dias de visita e convívio. Liberdade de estacionamento não é desordem, é acolhimento. E um parque aberto ao povo não é prejuízo, é investimento na coesão e na memória de uma cidade que se quer plural e justa.

Porque uma cidade que multa quem a visita, está a multar-se a si mesma.

autor: Quelhas

Revista Repórter X – Editora Schweiz Oficial



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𝗢𝗕𝗥𝗜𝗚𝗔𝗗𝗢, 𝗗𝗥. 𝗟𝗘𝗦𝗧𝗥𝗔 – 𝗣Ó𝗩𝗢𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗧𝗔, 𝗠𝗘𝗠Ó𝗥𝗜𝗔 𝗘𝗧𝗘𝗥𝗡𝗔:

𝗢𝗕𝗥𝗜𝗚𝗔𝗗𝗢, 𝗗𝗥. 𝗟𝗘𝗦𝗧𝗥𝗔 – 𝗣Ó𝗩𝗢𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗧𝗔, 𝗠𝗘𝗠Ó𝗥𝗜𝗔 𝗘𝗧𝗘𝗥𝗡𝗔:



Tinha apenas trinta e sete anos o jovem advogado José Afonso Lestra Gonçalves quando, em Novembro de 1974, assumiu o leme da Primeira Comissão Administrativa da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Foi nomeado nos dias de incerteza que se seguiram ao 25 de Abril, e guiou o concelho até Maio de 1976 com a coragem serena de quem acredita no bem comum e no serviço à terra que o viu nascer.

Os mais velhos recordam-se bem. Não apenas da figura esguia, do semblante sério e da voz clara, mas do tempo novo que começava. O Dr. Lestra não era homem de discursos fáceis, era de actos. De princípios. De uma ética limpa que, nos primeiros passos da liberdade, foi bússola para um povo ainda perplexo com o fim da noite longa da ditadura.

Foi antifascista, humanista, democrata – e acima de tudo, um povoense inteiro. A sua acção nunca foi feita de ruído, mas de presença firme e palavra justa. Mais do que político, foi cidadão exemplar.

Meio século depois, em 2024, com oitenta e sete anos, aceitou integrar a Comissão de Honra das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, deixando ainda gravado o seu testemunho no documentário “Memórias de Abril”. A sua voz, já envelhecida, continuava lúcida como no tempo da juventude: esclarecida, comprometida, fiel.

Partiu em 2025, com oitenta e oito anos de idade. A Câmara decretou luto municipal por dois dias, mas o verdadeiro luto será no coração dos que sabem reconhecer os que, em vida, foram pilares da dignidade pública.

Descanse em paz, Dr. Lestra. A Póvoa de Lanhoso não o esquecerá.

autor: Quelhas.

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terça-feira, 5 de agosto de 2025

AS FINANÇAS PORTUGUESAS, UM CIRCO DE DESRESPONSABILIZAÇÃO

AS FINANÇAS PORTUGUESAS, UM CIRCO DE DESRESPONSABILIZAÇÃO


Desde 15 de Maio de 2025, tenho comunicado oficialmente com a Autoridade Tributária e Aduaneira de Portugal, denunciando uma situação tão simples quanto vergonhosa: paguei o IMI das minhas filhas, por transferência bancária, com valor duplicado, facto que expliquei e comprovei por escrito, com documento bancário em anexo.

O motivo? Uma das notas de cobrança não chegou ao representante legal em Portugal e, para não falhar, efectuei o pagamento do valor a dobrar, assumindo a boa-fé do sistema fiscal português.

O que recebi em troca?
Respostas automáticas, pedidos sucessivos dos mesmos documentos, fingindo que não percebem o caso e, pior ainda, cobrando sem hesitar o que lhes convém… mas recusando-se a devolver o que lhes não pertence.

Esta é a face da Administração Fiscal portuguesa, eficiente a sacar, surda e muda a devolver.

Os cidadãos emigrantes, que continuam a cumprir os seus deveres fiscais apesar da distância, são tratados como números descartáveis.

Não espero mais respostas formais.
Espero justiça e já não em privado.
Esta denúncia segue para todos os leitores, para que se saiba o que vale o respeito da Autoridade Tributária pelos contribuintes.

Não me calo.
E não deixo de exigir o que é meu.


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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Bremgarten BE – Mulher agredida na margem do rio Aare

Bremgarten BE – Mulher agredida na margem do rio Aare



Na manhã de domingo, 3 de agosto de 2025, uma mulher foi atacada física e sexualmente enquanto passeava com o seu cão na margem do rio Aare, entre a ponte Felsenaubrücke e a Seftausteg, na localidade de Bremgarten, perto de Berna. O agressor, vestido de preto, fugiu a pé em direcção à Felsenaubrücke. Pouco depois, a vítima cruzou-se com um corredor que poderá ser testemunha importante.

A polícia continua a investigar e apela a quem tenha visto algo suspeito nessa manhã que contacte as autoridades.

Alerta Repórter X
Este caso recorda-nos que a segurança nas ruas exige atenção permanente. O risco não está apenas em ataques de cariz sexual: há também ameaças ligadas a droga, roubos, burlas e comportamentos suspeitos que podem escalar rapidamente.

Hoje mesmo, um dos nossos repórteres presenciou dois jovens, de aparência claramente identificável, a fazer transmissões em directo no telemóvel, com o aparelho encostado e apontado à passagem de transeuntes. A cena obriga as pessoas a passar pelo meio da gravação, ficando a sua imagem exposta sem consentimento. Por mais inocente que possa parecer, vivemos tempos em que de pequenas provocações podem nascer incidentes sérios. É sempre de se suspeitar, porque nunca sabemos o que pode sair dali.

Em situações duvidosas, a prevenção pode passar por registar imagens ou vídeos discretamente e enviá-los a alguém de confiança, como medida de segurança. Dessa forma, caso se confirme uma ameaça, haverá provas concretas do local, das pessoas e do momento, facilitando a acção das autoridades.

A mensagem é simples: circule atento, evite situações que lhe causem nervosismo ou insegurança, e se notar algo estranho, registe mentalmente os detalhes ou recolha provas e afaste-se. O respeito por si próprio começa na prevenção.

autor: Quelhas

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